Falando em tipos de sujeito, já estudamos um pouquinho sobre eles. Caso não se lembre, acesse o texto “oração: sujeito e predicado”. Mas não se preocupe, pois juntos relembraremos o conteúdo analisando o exemplo a seguir: Show
Pedro é um bom garoto. Neste caso, temos: Sujeito: Pedro Dessa forma, temos que o sujeito é o termo sobre o qual informamos algo (Pedro), e predicado é o termo que informa algo sobre o sujeito (é um bom garoto). Pois bem, a partir de agora iremos ficar um pouco mais craques nesse assunto, pois conheceremos quais são os tipos de sujeito. Vamos lá então? O sujeito está dividido em cinco categorias Sujeito simples Denominamos de sujeito simples aquele que possui somente um núcleo. E você sabe o que é o núcleo? Quando falamos “núcleo”, logo pensamos em “centro”. Então, o núcleo do sujeito é a palavra mais importante que existe dentro do sujeito, ou seja, se ela for retirada, a informação ficará sem sentido. Assim, voltemos ao exemplo anterior: Pedro é um bom garoto. Nesse caso temos um sujeito simples, cujo núcleo (a palavra de maior valor) é Pedro. Sujeito composto É aquele que possui mais de um núcleo, isto é, ele pode ter dois, três, ou até mais núcleos. Observe o exemplo, que tão logo entenderá: Eu e meus amigos fomos ao cinema. Percebemos que há dois núcleos nessa oração (eu e meus amigos). Sujeito oculto Como o próprio nome já nos indica, o sujeito oculto é aquele que não está claro, aparente, na oração. Mas será que podemos identificá-lo por meio de uma outra pista? Primeiro, vamos ao exemplo: Acordei feliz. Constatamos que a terminação do verbo acordar (acord – ei) se refere à primeira pessoa do singular (no caso, “eu”) do pretérito perfeito do modo indicativo. Sendo assim, mesmo que o sujeito não esteja expresso, podemos percebê-lo por meio da terminação verbal, ou seja, assim identificamos a qual pessoa ele faz referência. Sujeito indeterminado Mais uma vez estamos diante de um sujeito que também não aparece de forma clara, e ele somente se relaciona a dois casos específicos. Que tal conhecê-los? * Quando o verbo está na terceira pessoa do plural e não se refere a nenhuma palavra já mencionada na oração: Estudaram para as avaliações. (quem? – eles) Agora, perceba este outro caso: Os alunos mostraram que são aplicados. Estudaram para as avaliações. Será que o sujeito é o mesmo do anterior? Certamente que não, pois o verbo estudar agora está se referindo a um sujeito que já existe, que no caso é “os alunos”. * Quando o verbo se encontra na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome “se”. Perceba: Necessita-se de jogadores mirins. Oração sem sujeito ou sujeito inexistente Esse tipo é assim denominado pelo fato de o predicado não fazer referência a nenhum tipo de sujeito. Outra questão é que ele está relacionado a alguns casos específicos, aos quais devemos ficar atentos. Perceba quais são eles: * Quando o verbo da oração indicar fenômeno da natureza, como por exemplo: chover, trovejar, relampejar, nevar, entre outros. Choveu muito ontem. Trovejou bastante. * Quando o verbo “haver” indicar ideia de existir ou quando indicar a noção de um tempo que já se passou. Para ficar ainda mais claro, vejamos alguns casos: Há garotos jogando no pátio. (Existem garotos jogando no pátio) Há dois meses não visito meus avós. (dois meses já se passaram) * No caso dos verbos “fazer” e “estar” quando indicarem tempo ou clima. Vamos ver? Faz alguns anos que me mudei daquela cidade. (passaram-se alguns anos que não moro mais lá) Está frio hoje. (clima) * Com o verbo “ser” indicando data, hora e distância. Veja: São dez de outubro. (data) São duas horas. (hora) São quatro quilômetros daqui até lá. (distância) Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:
I 12 2. Leia o trecho a seguir, também extraído do conto de Tolstói.É por isso que, sem falar das outras vantagens que temos sobre eles, já podemos dizer sem va-cilar que, na escada dos seres vivos, estamos acima das pessoas; a vida das pessoas - pelomenos daquelas com as quais convivi -- traduz-se em palavras; a nossa, em atos [...]a) Qual é o sujeito a que se refere o predicado "estamos acima das pessoas"?b) Transcreva os predicados das duas orações destacadas nesse trecho e classifique-os.c) Que estratégia você usou para classificar esses predicados? resposta
Olá, queridas e queridos! Tudo certo? Nosso artigo versará, mais uma vez, sobre dúvidas comuns sobre a língua portuguesa. Você sabe quais são os tipos de sujeito e como utilizá-los corretamente? Esse será o nosso tema de hoje. Vamos lá? O que é sujeitoO sujeito é um dos dois componentes dos termos essenciais da oração: sujeito e predicado. As orações são estruturadas em volta desses dois termos: o sujeito é o elemento que estabelece a relação de concordância com o verbo. O predicado é tudo aquilo na frase além do sujeito, tudo o que resta quando o retiramos. Sujeito é aquele sobre o qual, dentro de uma oração, se declara algo. O predicado é o que se declara sobre o sujeito. Vejamos um exemplo: O rapaz de boné azul estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai. Sobre quem estamos declarando algo nessa frase? Sobre “o rapaz de boné azul”. Dessa forma, esse é o sujeito. Tudo aquilo que não é sujeito, é predicado. Assim, o predicado é “estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai”. Núcleo do sujeitoPara entrarmos nos tipos de sujeito, é necessário que tenhamos conhecimento sobre o núcleo do sujeito. O núcleo é aquela palavra que possui maior importância/força dentro do sujeito. Voltando ao exemplo acima, em que o sujeito era “o rapaz de boné azul”, qual você pensa ser o núcleo? Exato, “rapaz”! Sabemos que se tratava de um exemplo simples, em que o núcleo do sujeito poderia ser detectado com facilidade. Há casos mais robustos, em que a relação de importância entre o núcleo e os demais termos do sujeito não fica tão clara. Entretanto, em provas de concurso, não é costumeiro que exemplos complicados de sujeito sejam utilizados. Isso acontece porque pode haver uma certa subjetividade na definição do núcleo, o que não é desejado pelas bancas. Tipos de sujeitoChegamos ao tema principal de nosso artigo: os tipos de sujeito. Nesse tópico, iremos somente citá-los e, logo à frente, iremos trazer suas características e algumas peculiaridades:
Sujeito simplesTrata-se do sujeito que possui somente um núcleo. É muito comum que muitos pensem que o sujeito simples é aquele composto por somente uma palavra. Não caia nessa pegadinha, porque é algo costumeiro em provas. Em nosso exemplo, o sujeito “o rapaz de boné azul” é simples, já que possui somente um núcleo: “rapaz”. Mesmo se tratando do tipo de sujeito mais utilizado no dia a dia, é aquele que possui as maiores peculiaridades. Tais peculiaridades são relacionadas à concordância entre o sujeito e o verbo. Há de existir uma correlação de número, singular ou plural, e pessoa entre ambos. No exemplo apresentado, o sujeito realiza duas ações. Primeiro, “estava atravessando”, que é uma locução verbal. São dois verbos que remetem a uma única ideia de ação. Em um segundo momento, “viu”, verbo simples. Ambos estão no singular para concordar com o grau unitário do sujeito. Sujeito CompostoSujeito composto é aquele que possui dois ou mais núcleos. Fique atento, pois estamos falando de núcleos e não de palavras. Pedro e Maria fizeram a prova juntos e foram aprovados. -> Sujeito: Pedro e Maria. No exemplo acima temos dois núcleos: primeiro, Pedro, e segundo, Maria. Dessa forma, estamos diante de um sujeito composto. Em relação à concordância verbal dos sujeitos compostos, há duas possíveis situações. 1) Frase na ordem diretaA frase está na ordem direta quando temos a seguinte sequência: Ordem diretaQuando o sujeito composto estiver disposto em uma frase na ordem direta, o verbo sempre deve se flexionar no plural. O projeto e a lei hão de ser revistos. Sujeito: O projeto e a lei. Núcleos: projeto, lei. 2) Frase na ordem indiretaA ordem indireta é o oposto da direta. Qualquer ordem que não seja a descrita acima (Sujeito -> Verbo -> Complemento) classifica-se como ordem indireta. Nesse caso, há duas opções para a concordância: plural, como na direta, ou referindo-se ao núcleo mais próximo ao verbo. Hão de ser revistos o projeto e a lei. / Há de ser revisto o projeto e a lei. Na primeira frase, o verbo se flexiona no plural. Já no segundo caso, o verbo concorda somente com o núcleo mais próximo, que no caso é “projeto”. Vale notar que mesmo a concordância sendo realizada, no segundo caso, somente com o termo mais próximo ao verbo, o sentido é o mesmo do primeiro caso, onde a concordância é realizada no plural. Dessa forma, em ambas as frases, o projeto e a lei necessitam ser revistos. Sujeito OcultoSujeito oculto ou elíptico é aquele que não está visível na frase, mas que pode ser identificado pelo contexto. Dessa forma, o sujeito existe, consegue ser identificado, mas não está expresso na oração. Comi um lanche ontem. -> Sujeito: Eu. Entendeste a ideia do projeto. -> Sujeito: Tu. Passamos pela sua casa no domingo. -> Sujeito: Nós. Sujeito IndeterminadoEnquanto o sujeito oculto é aquele que existe e pode ser determinado pelo contexto, o indeterminado também existe, porém, não consegue ser determinado. Há três casos em que podemos encontrar o sujeito indeterminado: 1) Verbo flexionado na 3ª pessoa do pluralEsse é o caso mais popular de sujeito indeterminado. Há a flexão do verbo na 3ª pessoa do plural, sem que exista um referente citado anteriormente. Falaram que a prova será muito difícil. Trouxeram uma apostila muito boa de estudos. Nesse caso, o verbo está conjugado em relação ao referente eles/elas, porém, não existe a certeza de que o real sujeito realmente seja “eles/elas”. Explicamos: em ambas as frases, não é possível saber se mais de uma pessoa realizaram as ações de “falar” ou “trazer”. É possível que mais de uma pessoa, ou seja, eles/elas, tenha realizado as ações ou pode ser que tenha sido uma única pessoa. Dessa forma, não é possível determinar o sujeito, já que não possui um referente e também não possibilita uma análise de seu número: está no plural, mas não sabemos se o sujeito realmente é plural. 2) Verbo seguido do pronome seEsse é um caso muito peculiar, em que o pronome “se” atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa forma ocorre com verbos que não são complementados por objeto direto: verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação. É uma obrigatoriedade que o verbo esteja flexionado na terceira pessoa do singular. Vejamos os exemplos: Necessita-se de uma ajuda do professor para a resolução do exercício. (Verbo transitivo indireto) Vive-se plenamente em momentos de clareza. (Verbo intransitivo) Nas provas, sempre se fica preocupado. (Verbo de ligação) O caso do verbo transitivo indireto é o preferido pelas bancas em provas de concursos. Costumeiramente, as bancas colocam um termo plural após o verbo e também flexionam o verbo transitivo indireto no plural. Segue o exemplo abaixo, adaptado da primeira frase dos exemplos acima: Necessita-se de algumas ajudas do professor para a resolução do exercício -> Correto. Necessitam-se de algumas ajudas do professor para a resolução do exercício -> Errado. 3) Verbo impessoal no modo infinitivoNesse caso, os exemplos são a melhor maneira de demonstrar a impossibilidade em determinar o sujeito. Era muito difícil passar os finais de semana estudando. Ter um pensamento crítico é essencial à evolução. Sujeito inexistenteO sujeito inexistente também é conhecido como oração sem sujeito. Como trouxemos no início do texto: os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Como não há sujeito, a oração é composta somente por predicado. Há três casos clássicos em que isso acontece, vejamos abaixo: 1) Verbos que indicam fenômenos da naturezaChoveu muito ontem à noite. Amanheceu de maneira esplendorosa. Uma observação importante é que, quando esses verbos, que indicam fenômenos da natureza, são utilizados de maneira figurada, o sujeito existe e há concordância com o verbo. O clima da turma esquentou com certas acusações. Sujeito -> clima. Choveram recursos naquela prova. Sujeito -> recursos. 2) Verbos que indicam fenômenos meteorológicos e tempo decorridoFaz três horas que o ônibus passou. Está muito tarde! Há tempos não fazia tanto calor. Faz calor durante o dia e frio durante a noite. 3) Verbo haver no sentido de existir e acontecerHouve um acidente na avenida no período da noite. Havia muitos computadores para serem comprados. Nos casos de sujeito inexistente, aquele candidato que “pergunta” para o verbo quem é o autor da ação, encontra uma resposta errada. Isso acontece porque, em muitos casos, o verbo consegue “responder”. Entretanto, essa “resposta” do verbo é errônea, tendo em vista que são casos classificados como oração sem sujeito. Dessa forma, é necessário ter esses três casos bem sedimentados e levá-los para a prova. Tipos de sujeito: conclusãoO objetivo foi apresentar todos os tipos de sujeito existentes na língua portuguesa, trazendo muitos exemplos. É um tema que sempre está presente nas provas de português: faz-se essencial que a parte conceitual esteja clara e que sejam realizadas muitas questões. Desejo ótimos estudos a todos e um grande abraço! https://www.youtube.com/watch?v=ooHMOLIInYUCursos de Português Assinatura Anual Ilimitada* Prepare-se com o melhor material e com quem mais aprova em Concursos Públicos em todo o país. Assine agora a nossa Assinatura Anual e tenha acesso ilimitado* a todos os nossos cursos. ASSINE AGORA – Assinatura Ilimitada Fique por dentro de todos os concursos: Concursos abertos Concursos 2020 |