Por que acontece o infarto

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Popularmente conhecido como ataque do coração, o infarto agudo do miocárdio pode chegar de repente e levar o paciente à morte.

Ele acontece quando há a obstrução de uma das artérias coronárias que irriga o coração. “O mecanismo dessa obstrução é a formação de uma placa chamada de ateroma que é formado de gordura. Essa obstrução quando chega a um nível crítico, ou, quando se rompe espontaneamente alterando a coagulação local, formando um coágulo que fecha a artéria e reduz a circulação de sangue”, explica o Dr. Leopoldo Piegas, cardiologista e coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio do HCor.

Por conta desses bloqueios nas artérias coronárias, o fluxo de sangue acaba sendo bloqueado por um período de tempo prolongado, que faz com que o músculo cardíaco – um dos mais importantes músculos do corpo humano (veja infográfico) – fique sem oxigênio e as células cardíacas comecem a morrer. Dependendo do tempo de duração do infarto agudo do miocárdio e da importância da artéria comprometida, a não oxigenação do órgão pode comprometer totalmente o seu funcionamento ou até mesmo fazer com que ele pare de funcionar.

Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Infarto do miocárdio abaixo:

Em caso de sintomas de infarto, procure ajuda

Por que acontece o infarto

De acordo com o especialista, uma forte dor no peito, de aparecimento súbito, constritiva, que se assemelha a um aperto, pode ser um sinal de infarto. Dores que se irradiam para o braço esquerdo ou até mesmo para o queixo, acompanhadas de mal-estar, sudorese ou tontura também são sintomas do infarto agudo do miocárdio e precisam ser avaliados por um médico. No entanto, o infarto pode acontecer até sem a presença de uma dor forte, ou com uma dor que pode se localizar fora do tórax.

“Existem pessoas com diminuição de sensibilidade dolorosa que podem não sentir nada. É o chamado infarto silencioso, às vezes de diagnóstico mais difícil. O exemplo mais conhecido de paciente que sofre com esse tipo de infarto é o diabético, que pode apresentar quadros de infarto que não seguem o padrão comum e a dor não existe. Felizmente, esses quadros não são tão frequentes”, completa o cardiologista.

No entanto, embora o mais comum seja a manifestação de uma forte dor no peito, difícil de esquecer, quem já tem problema cardíaco e coronário e já vive com certa deficiência no coração, pode ter uma dor mais leve ou confundir com outras doenças, como uma dor ocasionada na coluna, no espaço entre as costelas, dor muscular, algo abdominal, ou algum problema do esôfago.

“Por isso, toda vez que houver algum desconforto diferente, e uma suspeita de infarto, deve-se levar a pessoa para um serviço de atendimento de emergência. Os exames são essenciais para diagnósticos corretos e atendimento precoce, que aumentam a possibilidade de revertermos o quadro de um infarto” esclarece o cardiologista do HCor.

O Dr. Leopoldo Piegas conta que há fatores de riscos que não podemos influenciar. Entre esses, a idade e o sexo são os principais. “Quanto mais idosa a pessoa, maior a possibilidade de ter um infarto. Além disso, as mulheres que entram na menopausa também estão mais sujeitas”.

Outros fatores de risco, como pressão alta, diabetes mellitus, obesidade, elevações do colesterol, sedentarismo e tabagismo colocam essas pessoas no grupo de risco. “A pessoa que tem um ou mais desses fatores de risco tem mais chance de ter infarto, aliás, a presença desses fatores até nos facilita no momento do diagnóstico, orientando os médicos para o caminho correto”, diz o cardiologista que completa: “muitos desses riscos podem ser evitados se a pessoa não fumar, o que talvez seja o risco mais latente e o mais fácil de controlar, manter alimentação saudável, realizar alguma atividade física, hábitos de vida que ajudam a proteger o coração, tratar corretamente a hipertensão arterial, diabetes mellitus e o colesterol elevado se estiverem presentes. Não tem segredo, a pessoa precisa ter hábitos saudáveis para evitar o infarto agudo do miocárdio”.

Tratamento do infarto agudo do miocárdio no HCor

Com a palavra coração no nome, o HCor está totalmente preparado para fazer os tratamentos mais modernos e recentes na área cardíaca, com uma equipe capacitada e experiente.

Para quem sofreu um infarto, o tratamento mais comum é o restabelecimento da circulação na artéria coronária atingida. Se a pessoa tem obstrução coronária e é atendida nos primeiros 90 minutos, e tratada por uma técnica de recanalização da artéria com implante de um stent, a qual o HCor é especialista e pioneiro no Brasil, e as chances de recuperação são muito grandes.

No entanto, se esse procedimento não acontecer nesse período, o tratamento pode já não ser mais 100%. “Por isso, reforço, havendo qualquer mínima suspeita de que o paciente está tendo um infarto, deve-se transportá-lo imediatamente, como dizemos tempo é músculo”, encerra o cardiologista.

Vale saber: o HCor – Hospital do Coração foi recertificado nos programas de Cuidados Clínicos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Insuficiência Cardíaca (IC) pela mais importante organização acreditadora do mundo, a Joint Commission International (JCI). O HCor foi o primeiro hospital do país em 2012 a receber a certificação da JCI para esses programas, sendo que o de IAM foi o quinto a nível mundial na época.

Por que acontece o infarto

Por que acontece o infarto

Por que acontece o infarto

Por que acontece o infarto

Por que acontece o infarto

Por que acontece o infarto

O infarto do miocárdio, infarto agudo do miocárdio ou apenas infarto é uma consequência da acumulação de camadas de gordura dentro das paredes de uma artéria coronária, o que cria uma barreira que impede a circulação sanguínea apropriada. Quando tal obstrução acontece, o sangue não consegue chegar de maneira suficiente naquela parte do coração. A seção do coração com falta de irrigação passa a sofrer um processo gradual de morte celular. Isso gera necrose e pode levar à insuficiência cardíaca ou até mesmo à morte súbita. Em 2014, o DATASUS – Departamento de Informática do SUS – declarou, com base em dados coletados durante o período, que o infarto é a causa número um de mortes no Brasil. São cerca de 100 mil óbitos registrados anualmente devido ao problema.

Causas

Os fatores de risco que podem levar a um infarto (ou ataque cardíaco, como também é conhecido) são divididos entre aqueles que podem ser alterados, como os hábitos que uma pessoa tem, e aqueles que não podem ser modificados (tais como idade, gênero, histórico familiar e raça). As mulheres, por exemplo, têm fatores de risco próprios. Exemplo: menopausa precoce, a diabetes gestacional e algumas outras complicações gestacionais, como a pré-eclâmpsia. O uso prolongado de anticoncepcionais hormonais também é um fator a ser considerado, pois tem comprovada relação com o aumento do risco de trombose sanguínea, que leva ao infarto e outras doenças cardíacas. Em contrapartida aos fatores genéticos, existe o estilo de vida de cada indivíduo, que pode conter hábitos que são grandes colaboradores do entupimento arterial:

Álcool

De acordo com um estudo feito pela Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, o consumo de álcool pode aumentar em até 40% o risco de infarto. O estudo, que avaliou mais de 14,7 milhões de pessoas, chegou a conclusões afrontadoras. Uma delas atestou que, ao contrário do que já foi dito anteriormente sobre pequenas quantidades de álcool prevenirem doenças cardíacas, até mesmo o consumo moderado da substância está diretamente ligado a danos no coração, como fibrilação atrial. Você pode ler mais sobre este estudo no artigo publicado pela UCSF, em inglês, aqui.

Tabagismo

O tabagismo é considerado por médicos e especialistas da área como uma epidemia. Em todo o mundo, são mais de 10 mil mortes por dia relacionadas ao fumo. No Brasil, são 10 pessoas por hora que morrem precocemente por conta desse hábito. Em relação ao infarto, ele é um fator de risco pois algumas de suas substâncias fazem com que seja mais fácil que placas de gordura se acumulem nas paredes dos vasos. Além disso, torna mais rápida a formação de coágulos. Independente de fatores genéticos, um fumante tem três vezes mais chance de ter um infarto do que um não fumante.

Obesidade

A obesidade pode levar a diversas doenças do coração. No que diz respeito ao infarto, ela é uma facilitadora. Em pessoas com sobrepeso excessivo, o coração tem um trabalho muito maior para conseguir bombear o sangue. Há ainda o fato de que a taxa de hipertensão arterial é até 5x maior neste grupo de pessoas. O aumento de gordura no sangue facilita o acúmulo da mesma nas paredes dos vasos, causando entupimentos e impedindo o sangue de circular livremente. Além dos fatores citados, existem outros que podem ser relacionados com a ocorrência de ataques cardíacos, tais como a diabetes, o sedentarismo, o colesterol alto e o estresse. De maneira geral, à parte as condições genéticas, um estilo de vida desregrado e despreocupado com a saúde causa um risco tremendo ao coração.

Como identificar o infarto

A identificação em tempo hábil dos sintomas do infarto é essencial para um tratamento adequado e a diminuição da fatalidade. É importante falar, porém, que nem todos os casos apresentam os mesmos sintomas. Como cada organismo é único, não existe uma regra que afete 100% dos casos e pessoas. Os sintomas identificados a seguir são baseados em coletas de informação de milhões de casos, o que representa uma tendência. Em caso de dúvida, é sempre importante que se consulte um médico.  

Dor no peito

Também conhecida como dor torácica, pode ser uma sensação de aperto, de pressão muito forte, como se houvesse um peso sobre a região. Sintoma comum, aparece principalmente nos homens, e pode se estender pelos braços, pescoço e coluna em alguns casos.

Tosse

Muitas pessoas relatam a presença de tosse contínua momentos antes do infarto acontecer, e em alguns casos há presença de sangue. Vale ressaltar que uma tosse excessiva também pode ser sintoma de muitas outras coisas, como pneumonia e bronquite. O mesmo ocorre com a presença de sangue, que pode ser sinal de outras situações. Por este motivo, mais uma vez, é importante que se procure um médico em caso de qualquer dúvida.

Suor frio

Suores frios e repentinos são sintomas muito comuns antes do infarto. A sensação é de como se você estivesse praticando uma atividade física intensa, suando muito, mas ao estar sentado no sofá, em dia fresco, assistindo televisão.

Infarto em mulheres: os sintomas são diferentes

A ocorrência de sintomas mais genéricos e incomuns em mulheres é alvo do estudo de médicos e pesquisadores. O fato é que nem sempre os sinais mostrados no corpo feminino são específicos e “comuns”, o que pode fazer com que o diagnóstico seja tardio, dificultando o tratamento.

Cansaço extremo

A sensação de fadiga constante e sem explicação pode ser sinal de um infarto iminente. De acordo com especialistas, ela pode preceder o episódio em uma questão de dias ou semanas e não deve ser levada levianamente.

Náuseas e dores na boca do estômago

Por serem coisas que geralmente não estão associadas ao infarto, muita gente não relaciona a dor com o ataque. Além disso, por aguentarem a dor por mais tempo, muitas mulheres acabam demorando mais para ir ao médico,  o que muitas vezes também prejudica a identificação do infarto.

Prevenção

Entender as causas é extremamente importante para conseguir se prevenir. Afinal, sem saber o que evitar, fica difícil se proteger contra o problema. Infelizmente, ou não, questões genéticas não podem ser alteradas. Mas felizmente, e desta vez com certeza, as questões comportamentais e de estilo de vida podem, e elas são sim o grande problema. Isso porque mesmo uma pessoa com propensões e histórico familiar, mas que mantém um estilo de vida saudável, tem menos chances de ter um ataque do que uma pessoa em situação oposta. Fique, então, com algumas dicas:

Alimentação

Cuidar do que se come é extremamente importante. Uma alimentação balanceada com muitos vegetais, proporções adequadas de proteínas e carboidratos e pouca gordura é o primeiro passo para um coração saudável. Alimentos muito gordurosos aumentam o nível de colesterol e colaboram para o acúmulo da gordura no corpo.

Exercício Físico

Fazer atividades físicas por pelo menos 30 minutos diariamente é uma excelente prática. Os exercícios ajudam a ganhar resistência, fortalecem os músculos (inclusive o coração, que é um músculo), queimam gordura e aumentam níveis de hormônios que causam a sensação de felicidade e calma.

Não consumir drogas

Não estamos nem falando das drogas ilícitas, que obviamente fazem mal. Aqui, o assunto diz respeito às próprias drogas liberadas, como o álcool e o tabaco. Como foi falado anteriormente, há comprovada relação entre o uso dessas substâncias e a ocorrência de doenças cardíacas, no caso o infarto.

Como reagir

A primeira coisa que se deve fazer caso alguém esteja tendo um ataque do seu lado é chamar pelo socorro. Sabemos que, em muitas das vezes, pode demorar até que uma ambulância consiga chegar ao local onde a vítima está. Por isso, quanto mais rápido o reforço for chamado, menos tempo levará para que o paciente seja atendido. Caso você veja alguém apresentando os sintomas listados anteriormente, lembre-se de que existem algumas coisas que podem ser feitas enquanto o socorro não chega. Tome nota:

  • Primeiro, tente manter a pessoa calma. A dor é muito forte e a sensação pode ser de quase morte. Por isso, manter o ambiente calmo ajuda muito. Evite o acúmulo de pessoas ao redor, liberando o ar para que a pessoa possa respirar. Desabotoe as roupas, não deixando nada “apertando” a vítima;
  • Não dê nada para a pessoa comer ou beber, a não ser por orientação médica;
  • Caso a vítima desmaie, verifique se há respiração e pulso. Caso não haja, inicie imediatamente o processo de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e não pare até que o socorro chegue. Quanto mais cedo o coração é estimulado em uma parada cardíaca, maiores são as chances de sobrevivência.

Por que acontece o infarto

Além dessas orientações, elaboramos um Guia de Reanimação Cardiopulmonar. Acesse agora mesmo e faça o download gratuito do e-book e descubra como oferecer suporte a vítimas de parada cardíaca.