O que tomar para enjoo

O enjoo, ou náusea, é um sintoma bem comum, que pode ocorrer por diferentes fatores. Muitas vezes é associado exclusivamente à gravidez, mas as pessoas também podem sentir-se enjoadas ao ingerir um alimento que não fez bem, ao exagerar no consumo de bebidas alcoólicas ou durante uma viagem.

Nem sempre o enjoo é acompanhado de vômito, mas é muito comum que essas duas condições ocorram juntas. Quando a pessoa também apresenta vômito, ainda pode haver outros sintomas como febre, desmaio, fraqueza e suor frio.

Para ajudar a parar ou prevenir o sintoma, há quem recorra ao uso de remédios. Abaixo listamos algumas opções de medicamentos indicados para enjoo por ressaca, em viagem, na gravidez e para uso infantil. Confira:

O que tomar para enjoo

Vários fatores podem desencadear um enjoo.Pode ser um sintoma relacionado a uma condição física, como intoxicação alimentar, consumo alto de bebidas alcoólicas, alterações hormonais e problemas gástricos. Pode ser também consequência de problemas emocionais, como transtornos de ansiedade, estresse e depressão.

Ler em um veículo ou apenas estar em um veículo em movimento também pode causar enjoo. É bem recorrente que algumas pessoas sintam esse mal-estar em viagens. Isso acontece porque o cérebro acha que o corpo está em movimento, quando na verdade está em repouso (sentado).

O labirinto (estrutura interna do ouvido relacionada ao nosso equilíbrio) manda informações para o cérebro de que a pessoa está movimentando-se, pois conforme o veículo acelera, freia ou faz curvas, o líquido dentro do labirinto se mexe.

Isso deixa o cérebro confuso e consequentemente pode causar enjoo. Esse enjoo sentido em carros, barcos e aviões, por exemplo, é chamado de cinetose ou enjoo de movimento.

Qual o melhor remédio para enjoo?

Para saber qual o melhor remédio para enjoo é preciso descobrir a causa do sintoma. Por isso, antes de buscar algum medicamento na farmácia, é importante se consultar com um médico, especialmente gestantes, que possuem maiores restrições no uso de remédios.

Confira abaixo qual remédio para enjoo tomar de acordo com as diferentes condições:

O que tomar para enjoo

É comum que as gestantes sintam muito enjoo no início da gestação. Nem sempre esse sintoma é passageiro, por isso, pode causar bastante desconforto e atrapalhar o dia a dia da mulher.

Elas podem, portanto, querer alívio imediato com o uso de medicamentos. Contudo, como  precisam ter um cuidado maior com o uso de remédios, não devem usá-los sem orientação médica.

Entre as opções que podem ser consideradas seguras à gestante está o Dramin. Porém, o ideal é sempre amenizar as náuseas de outras formas.

Hábitos saudáveis, evitar cheiros muito fortes e remédios caseiros também podem ser uma opção. 

Leia mais: Por que Dramin causa sono?

Em viagem

Antes de uma viagem, as pessoas que sentem esse tipo de enjoo podem se prevenir ao buscar medicamentos específicos para isso. Alguns remédios utilizados para isso são os que possuem princípios ativos como Dimenidrinato, conhecidos por nomes comerciais como Dimenidrin, Dramin Comprimido, Dramavit e Emebrid.

Em crianças (infantil)

As crianças só devem tomar medicamentos para enjoo quando o médico pediatra receitar. É mais comum a orientação quando o(a) paciente apresenta enjoo e vômito, pois este outro sintoma pode causar desidratação.

Por isso, se não houver prescrição, deve-se evitar o uso de medicamentos. Alguns remédios caseiros, como soro, chás e água de coco, por exemplo, podem ser usados para evitar a desidratação.

Para enjoo e vômito

Nesses casos, medicamentos como  Plavom, Vomistop, Plasil, Dompgran, Domperix Suspensão, Dompliv, Molidon, Motiridona, Motilium e Peridona podem ser receitados.

Esses remédios possuem princípios ativos como Domperidona, Metoclopramida e Ondansetrona, que ajudam a melhorar o enjoo e vômito.

Porém, a automedicação pode agravar o quadro e dificultar o correto diagnóstico.

Remédios caseiros para enjoo

Além dos medicamentos farmacêuticos para amenizar o enjoo, há algumas receitas e técnicas caseiras que podem ajudar a amenizar o sintoma.

Gengibre

O gengibre é considerado um poderoso remédio natural, com potencial para ajudar a prevenir e amenizar diversas condições de saúde. Um dos benefícios inclui o alívio de enjoo e vômito.

Pode ser consumido em chá ou em pedaços, chupado como se fosse uma bala de gengibre.

Aliás, por ser natural, muitas vezes é utilizado por pacientes em tratamento de quimioterapia e gestantes, que sentem bastante enjoo no início da gravidez. No entanto, antes de ser utilizado nesses casos, é importante conversar com um especialista para verificar em qual quantidade é segura.

Chá de gengibre: para que serve, benefícios, como fazer, emagrece?

Aromaterapia

A aromaterapia é uma terapia alternativa que busca o tratamento de sintomas e condições através da inalação de determinados aromas.

Para ajudar a amenizar o enjoo, algumas pessoas podem optar pelo uso de óleos essenciais para a aromaterapia, como os de gengibre, erva-doce, limão, cravo, camomila e canela. 

Acupuntura e acupressão

A acupressão e a acupuntura são técnicas da medicina tradicional chinesa. Ambas são usadas para promover o bem-estar e a saúde como um tratamento alternativo para muitas condições.

A acupuntura é feita através da inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo do paciente. Já a acupressão é uma pressão feita sem o uso de instrumentos, feita apenas com as mãos.

Essas duas técnicas são boas para ajudar a amenizar sintomas como enjoo porque elas estimulam fibras nervosas que transmitem sinais ao cérebro e à medula espinhal. 

A respiração profunda pode ser uma aliada em muitos momentos da vida, como quando estamos ansiosos e nervosos. No entanto, acaba sendo útil também quando não estamos bem fisicamente.

Por isso, inspirar lentamente pelo nariz e expirar pela boca pode ajudar a melhorar o enjoo. Essa técnica de respiração pode ser combinada com a aromaterapia, com a inspiração de aromas como dos próprios óleos essenciais.

Os benefícios mentais (e físicos) da respiração profunda

Respirando fundo, tomando um chazinho ou recorrendo ao uso de um medicamento, existem várias formas de ajudar a melhorar a sensação de enjoo.

Reconhecer qual a causa também é importante para conseguir prevenir ou encontrar formas de amenizar a condição.

Obrigada acompanhar nosso texto e, para mais informações de saúde e bem-estar, continue lendo os artigos do Minuto Saudável!

Estão muitas vezes associados, mas não são a mesma coisa. As náuseas caracterizam-se pela sensação de mal-estar e desconforto na zona do estômago, que pode provocar uma vontade urgente de vomitar. Contudo, não quer dizer que a pessoa o faça. Já os vómitos são o ato voluntário ou não de esvaziar o conteúdo do estômago através da boca.

Nenhum deles é em si uma doença, mas sim sintomas, e normalmente não são nefastos para a nossa saúde. Contudo, podem ser sinal de que existe algum problema mais grave, especialmente quando associados a outros sintomas.

Saiba o que pode fazer para acabar com as náuseas ou vómitos sem sair de casa e em que situações é que deve falar com o seu médico assistente.

Quem tem maior probabilidade de ficar maldisposto?

Ambos os sintomas podem ocorrer tanto nas crianças como nos adultos. As náuseas e vómitos são comuns em pessoas que estejam a fazer tratamentos oncológicos, como radioterapia ou quimioterapia, persistindo durante algumas horas ou até dias após a administração. Contudo, hoje em dia, a equipa médica do doente conta com recursos que permitem evitar estes efeitos secundários. Também podem ocorrer durante o primeiro trimestre da gravidez, conhecidos vulgarmente por enjoos matinais.

O que pode provocar náuseas e vómitos

A ocorrências destes sintomas pode ser sinónimo de outras condições clínicas de gravidade variável. Algumas delas são:

  • Enjoo de movimento
  • Dor intensa
  • Infeções
  • Primeiro trimestre de gravidez
  • Intoxicações alimentares
  • Indigestão
  • Comer demais
  • Apendicite
  • Bloqueio intestinal
  • Concussão
  • Danos cerebrais
  • Enxaquecas
  • Ataque cardíaco (enfarte do miocárdio)
  • Distúrbios dos rins ou do fígado
  • Distúrbios do sistema nervoso central
  • Tumores cerebrais
  • Alguns tipos de cancro
  • Exposição a químicos
  • Stress emocional (medo)
  • Problemas de vesícula biliar

Cuidado com a desidratação

Quando se tem vómitos, é importante ter o cuidado de evitar a desidratação. Este risco é menor nos adultos, que conseguem detetar os sintomas, como sensação de sede e boca ou lábios secos.

Nas crianças a probabilidade de ocorrer desidratação é maior, sobretudo quando associada aos vómitos está a diarreia. É importante que os adultos estejam atentos aos sinais nas crianças, como lábios e boca secos, olhos encovados, respiração ou pulsação acelerados, ou, nos bebés, diminuição da produção de urina ou uma fontanela (zona macia na parte de cima da cabeça) encovada.

Como aliviar as náuseas e vómitos

Existem algumas medidas que o doente pode adotar e que ajudam a minimizar as náuseas:

  • Prefira alimentos leves (por exemplo, pão simples).
  • Coma devagar e refeições mais pequenas, mas várias vezes ao dia.
  • Evite comida frita, com muita gordura ou doce.
  • Não misture alimentos frios com quentes.
  • Beba líquidos devagar e faça-o entre refeições em vez de durante.
  • Evite atividade física depois de comer.
  • Não escove os dentes depois de comer.
  • Ingira bebidas gaseificadas frescas e com gelo.
  • Se se sente nauseado quando acorda de manhã, coma algumas crackers ou alimentos ricos em proteína, como queijo, antes de se levantar.
  • Se faz quimioterapia, durante a administração do tratamento, tende distrair-se, lendo, ouvindo rádio, vendo televisão ou conversando.
  • Apanhe ar fresco, abrindo uma janela ou usando um ventoinha.
  • Consuma gengibre, quer em chá ou cristalizado.

Já para tratar os vómitos, algumas estratégias que pode adotar são:

  • Aumentar gradualmente a quantidade de líquidos que ingere.
  • Evitar alimentos sólidos até que o episódio de vómitos tenha passado.
  • Descansar.
  • Interromper temporariamente a toma de fármacos orais, que podem irritar o estômago e agravar os vómitos.

Se os vómitos e diarreia durarem mais de 24 horas, deve tomar uma solução de hidratação oral para prevenir e tratar a desidratação.

Se está a fazer tratamentos

Atualmente existem medicamentos antieméticos muito eficazes que permitem prevenir ou limitar, consideravelmente, os efeitos das náuseas e a vontade de vomitar. Estes serão administrados no início de cada tratamento de forma intravenosa ou em comprimidos ou supositórios.

Fale com o seu médico se…

Quando as náuseas duram há mais de uma semana ou se existe a possibilidade de se deverem a uma gravidez, a pessoa deve consultar o seu médico assistente. Normalmente, os vómitos começam a melhorar após seis a 24 horas e podem ser tratados em casa. Se os cuidados que tem em casa não forem suficientes, se está desidratado ou se tem algum tipo de lesão (por exemplo, na cabeça ou uma infeção) deve consultar o seu médico assistente.

Nos mais novos, se a criança tem menos de 6 anos, leve-a ao médico se:

  • Os vómitos já se prolongam há várias horas
  • Existe diarreia associada
  • Estão presentes sinais de desidratação
  • A febre é superior a 37,8º
  • Não urina há mais de seis horas

Em crianças com mais de 6 anos, é motivo para ir ao médico se:

  • Os vómitos duram há mais de um dia;
  • A diarreia e vómitos ocorrem há mais de 24 horas;
  • Existem sinais de desidratação;
  • A febre é superior a 38,9º;
  • Não urina há mais de 6 horas.

Independentemente da idade, deve ir imediatamente ao médico se ocorrem sintomas como:

  • Sangue no vomitado
  • Dores de cabeça fortes ou rigidez no pescoço
  • Letargia
  • Confusão
  • Diminuição do estado de alerta
  • Dor abdominal forte
  • Vómitos com febre superior a 38º
  • Diarreia associada aos vómitos
  • Respiração ou pulsação acelerada