Por quem os sinos dobram sinopse


Por quem os sinos dobram sinopse

A cena final de Por quem os sinos dobram mostra Robert Jordan, prestes a morrer por uma ideia, escondido pronto para matar um oficial do exército franquista, um gesto simbólico que para seu grupo de guerrilheiros representa muito: ferir uma figura de alto escalão era visto como um duro golpe contra um exército muito mais bem equipado em número e em recursos materiais. A cena em si não mostra o momento da morte, mas não precisa. Ela está ali no romance o tempo todo, no ritmo seco e pujante de Ernest Hemingway, cuja reflexão central no enredo parece ser o luto inerente à própria guerra.

O terror existente nos conflitos bélicos é justamente o fato de estarmos diante da certeza de que do outro lado das trincheiras há também seres humanos. Matá-los é de certa forma matar a si mesmo, pois estamos matando um pouco da humanidade. Jordan, cuja missão no livro é destruir uma ponte importante para o exército de Franco, aos poucos se apercebe disso e chega a demonstrar relutância diante da missão a que foi confiado. Ainda assim, chega ao momento da explosão, quando algumas coisas saem erradas e ele precisa encarar a dura certeza de que morrerá na guerra civil espanhola.

Na cena em questão, Jordan está prestes a matar Berrendo, oficial franquista que demonstra profunda humanidade no momento em que Hemingway relata a morte do grupo de El Sordo, outro importante braço guerrilheiro da resistência. Berrendo não assume a postura mecânica e cruel de outro oficial morto pelos guerrilheiros, cuja posição ele assumirá após o dito conflito. Assim, o oficial com espírito profundamente cristão que ora pelos inimigos acaba servindo para o autor mostrar como do outro lado do campo de batalha há seres que assim como os republicanos lutam por uma causa, não sendo necessariamente criaturas sanguinolentas e demoníacas.

Tal fato acaba se mostrando bastante provocativo nos tempos atuais, quando cada vez mais nos vemos com pessoas normais defendendo ideais fascistas. Devemos entender o caos ao nosso redor como um convite do medo ao ódio: a violência leva muitos de nós à defesa de posições extremas do fortalecimento estatal no sentido de garantir a segurança pública. Temos a impressão de que a escola não funciona na sua missão de tornar os cidadãos em “pessoas de bem” que se contentem em procurar empregos com baixo rendimento e a viverem uma vida de trabalho duro e honesto. O fascismo usa do medo para convencer os cidadãos de que o discurso em prol dos direitos humanos é uma falácia gigantesca e devemos usar a rigidez e da força para garantir a paz pública.

Há os ideólogos do fascismo, os quais se usam sem receio do temor dos seres humanos para gerar raiva e ressentimento. Esses devem ser combatidos, pois suas ideias são assassinas. Porém quando na guerra cidadãos comuns passam a defender seus posicionamentos nos vemos diante da crueldade da realidade humana em sua essência mais crua e visceral: estamos matando humanos, irmãos. Assim, os sinos dobram não apenas pelos mortos, mas também por quem mata, pois este se vê destituído em grande escala de sua própria humanidade.

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No romance há uma longa cena em flashback na qual Pilar, uma guerrilheira, relata a tomada de determinada cidade e a morte por espancamento de diversos fascistas pelos soldados da resistência. Em dado momento, Pilar mostra como o ódio dos guerrilheiros se torna tão intenso que chega a lhe causar náuseas e o ato dos seus pares se torna monstruoso aos seus olhos. A guerra nos embrutece e em nomes de ideias cometemos crimes ferozes.

Mas Hemingway não parece usar este argumento como convite a uma mera luta no campo das ideias. Na obra, fica nítido que a guerra é provocada por quem busca usar do poder para torturar, matar e sacrificar a liberdade humana. A dor da guerra, de matar inimigos que na verdade são humanos como nós, está justamente nessa necessidade de resistência. A guerra nada mais é do que a política com armas, como diria Foucault em seu Em defesa da sociedade.

Na verdade, Por quem os sinos dobram assume um ar em nenhum momento moralista. O tom seco do autor deixa os fatos praticamente falarem por si, como um bom filme realista faria. Diante de nós há o terror da guerra, algo a ser lamentado, vilipendiado. A cena final é emblemática, pois temos os dois lados contrapostos e por um momento aquele que defende a posição mais humanitária, a república, está na posição de assassino, ainda mais se lembrarmos que Berrendo é um bom cristão o qual respeita os soldados de seu batalhão. Jordan e Berrendo se mostram como seres igualados nesse momento deixado em claro pelo escritor, como evidenciando com toda sua crueza o absurdo da existência e da morte.

Na guerra cotidiana de todos os dias, a narrativa acaba nos revelando como muitas vezes nos fechamos em um posicionamento nosso e paramos de ouvir o outro, vendo-o como uma monstruosidade. O livro causa no leitor essa estranha sensação de reconhecer no outro um similar que assim como nós defende seus posicionamentos. Tal estranha sensação é o pensamento acerca da imprecisão onde começa e termina o debate de ideias e os crimes de ódio contra a humanidade.

Destarte, a história de Jordan é de uma interpretação paradoxal, pois nos causa um estranho sentimento de termos muito a dizer, mas não conseguirmos, pois os fatos falam por si. Mesmo os monólogos são profundamente narrativos e as ações das personagens coordenam o enredo bem como a nossa visão sobre elas. O paradoxo existente nessa leitura nos remete aos nossos dias quando parece estarmos cada vez mais afundados em uma guerra e na qual o fascismo cresce a cada dia e não sabemos bem como enfrenta-lo. Talvez o primeiro passo seja reconhecer que os sinos dobram por todos nós e que de alguma forma é preciso ouvir o seu troar para começar a agir, vendo o outro não como monstro, mas como humano que de alguma forma precisa ser salvo de ideologias nefastas que o robotizam.

Rafael Kafka é colunista no Letras in.verso e re.verso. Aqui, ele transita entre a crônica e a resenha crítica. Seu nome é na verdade o pseudônimo de Paulo Rafael Bezerra Cardoso, que escolheu um belo dia se dar um apelido que ganharia uma dimensão significativa em sua vida muito grande, devido à influência do mito literário dono de obras como A metamorfose. Rafael é escritor desde os 17 anos e sempre escreveu poemas e contos, começando a explorar o universo das crônicas e resenhas em tom de crônicas desde 2011. O seu sonho é escrever um romance, porém ainda se sente cru demais para tanto. Trabalha em Belém, sua cidade natal, como professor de inglês e português, além de atuar como jornalista cultural e revisor de textos. É formado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará em Letras com habilitação em Língua Portuguesa e em Língua Inglesa pela Universidade Federal do Pará. Chama a si mesmo de um espírito vagabundo que ama trabalhar, paradoxo que se explica pela imensa paixão por aquilo que faz, mas também pelo grande amor pelas horas livres nas quais escreve, lê, joga, visita os amigos ou troca ideias sobre essa coisa chamada vida.



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CCataldi 31/05/2022

Vale quanto pesa


Não é a toa que Hemingway foi premiado por esse livro. Assim como em Adeus às Armas, esse título traz fortes reflexões sobre a guerra. É possível que seja uma autobiografia, já que alguns elementos da vida do autor estão inseridos no livro. Os questionamentos trazidos à tona não envelhecem nunca.



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spoiler visualizar

Jessy 26/05/2022

Que livro transformador!

Estou em êxtase. Esse livro é incrível. O Hemigway expressa em cada palavra, como não aproveitamos cada momento de nossa vida. Nos importando com coisas triviais. Eu ainda tive esperança, pelo Robert.

Agradeço ao Hemigway, por me mostrar.



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Henrieth Hasse 22/05/2022Acho um livro muito bom para uma experiência imersiva na guerra, com suas inconsistências, barbárie e atos heróicos. Os personagens são muito interessantes e fiquei com vontade de descrevê-los, como eu os vi. * Robert Jordan: o que um americano vai se meter numa dessas? Como sugere o poema que dá nome ao livro, a guerra é a questão de humanidade, é contra todos ...mas no caso dele, acho que é pra fugir da vida medíocre. Quando conhece Maria e o bando, ele começa a ser alguém e a enxergar valor na vida. * Velho Anselmo: Um cara humilde que compreendeu a vida encarando ela de frente. Estava ali porque não poderia fingir que nada estava acontecendo, mesmo não concordando com a forma que a guerra acontece. Grifei várias frases, adorei! * Pablo : bêbado, inconstante. Um animal acostumado a violência, sendo essa a sua língua nativa. Por ver e participar de tanta desgraça, pra ele é " tanto faz". * Pilar: o verdadeiro homem da história. Corajosa, coerente, rude mas com muito amor dentro de si. Não tem muito a perder porque já perdeu tudo e se agarrou a causa pq precisa de algo maior que ela pra continuar a viver. * Maria : um bichinho solto no mundo, pura, boba, sonhadora. Simboliza a esperança. É um livro lento, vários fluxos de pensamentos dos personagens; quem quer ler algo pra se distrair talvez não goste. O amor entre Robert e Maria, serve para mostrar o afeto no meio do lixo que é uma guerra, apesar de famoso, não é o foco principal.

Gostei e aprendi muito, por isso recomendo.



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João 18/05/2022

Eles dobram por ti


Nesta história acompanhamos Robert Jordan, Estadunidense, que luta na brigada internacional ao lado das tropas republicanas na Guerra Civil Espanhola. Durante três dias, acompanhamos Jordan e seus companheiros guerrilheiros em uma missão tida como crucial e, ao mesmo tempo, condenada. Em sua jornada somos apresentados - de forma muito pungente e com muita eloquência, característica muito presente na escrita do Hemingway - aos contextos desta guerra em suas questões culturais e políticas, e a relação dos homens com o matar e morrer. De forma geral, é uma leitura muito interessante, intensa e com personagens complexos e bem desenvolvidos.



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Breno 15/05/2022Não sei o que dizer sobre, talvez precise de tempo para fazer sentido. Não posso dizer que não gostei embora tenha partes insuportáveis, é um livro grande, demorei meses para ler, mas esse não é o problema, há momentos que valem a pena.

Já li melhores do autor. E o desenvolvimento da personagem que é o interesse amoroso do protagonista é péssimo.



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Vitor 06/05/2022

Mais do que a própria guerra.


Uma guerra é capaz de despertar o que existe de pior dentro do ser humano. E o que existe de melhor também. No final, o livro, com o miolo um tanto arrastado, é sobre isso: um exame de consciência perante essas duas situações tão extremas. A conclusão, óbvia, é que toda guerra é burra. Conforme as páginas vão sendo viradas, os planos e as ofensivas militares perdem importância perante o simples e sincero anseio do protagonista em continuar vivo. Nenhuma ideologia é, e nunca será, tão importante quanto um passeio despreocupado em Madrid durante uma tarde clara de verão.



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João 03/05/2022

bosta de livro


achei incrível como esse livro conseguiu ser insuportável em boa parte. cadê o editor pra tirar umas 200 páginas desnecessárias desse romance clichê e tosco que trava a história. única parte boa é a matança dos fascistas, não vale o esforço de ler esse calhamaço, terminei no ódio



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Yago.Fonseca 29/04/2022

Amor no caos

É possível achar paz em meio à guerra? O Hemingway retrata nessa obra que o amor e o afeto podem surgir dentro das circunstâncias mais extremas, como é o caso da guerra, e de forma repentina. Também consegue passar em seu texto, a importância da vida do semelhante para a humanidade, cada ser humano que morre leva um pedaço da humanidade consigo, leva um pedaço de mim e de você.

?Por isso, não pergunte por quem os sinos dobram, porque eles dobram por ti?.



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Lua 29/03/2022

Que livro incrível!!


Robert Jordan é o personagem desse livro. Especializado em explosivos, ele é chamado para lutar na guerra espanhola e explodir uma ponte que impediria os fascistas passarem com reforços. Mas para tal ação ele precisa da ajuda dos guerrilheiros que estão escondidos nas montanhas e acaba fazendo amizade com eles. Robert não só encontra bons amigos nos guerrilheiros como também conhece o amor. Para o início de uma guerra, todos ali vivem em constante tensão. Fica difícil imaginar ou criar expectativas para os personagens se já sabemos que na época a guerra estava só começando. Apesar de ser uma narrativa de 3 dias, a impressão que dá é que já faz uma eternidade que Robert está na missão da explosão da ponte. É um dos livros mais intensos desse escritor que já li e tem muita coisa para refletir. Super recomendo.


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Juruh 29/03/2022minha estante
?




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Felipe

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23/03/2022

Que?

Que? Foi a minha reação quando acabou. 700 páginas de lenga lenga pra acabar assim. Que? Um fim do nada!

Tem uns momentos bons no livro, mas é quase tudo lenga lenga. Acho que eu não estava no clima pra ler um clássico desse porte agora. Gostei não.



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nico 10/03/2022

não vou dizer que não gostei do livro, porque não é verdade, eu acho que só não estava no pique pra ler um livro desses, mas eu gostei, uma boa história.



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Rafael.Montoito 06/03/2022

Os sinos não poupam ninguém

A grandiosidade vem aos poucos: essa é a sensação que um leitor de "Por quem os sinos dobram" terá, ao avançar nos capítulos deste espetacular livro de Hemingway. Ao final, é difícil acreditar que o conhecido autor americano escreveu uma obra tão singular e impactante para contar uma história que se passa em poucos dias e, praticamente, no mesmo cenário. . Robert Jordan é um jovem norte-americano das Brigadas Internacionais que, estando na Espanha, aceita a missão de explodir uma ponte, durante a Guerra Civil Espanhola. Para isso, ele se une a um grupo de refugiados, que formaram base numa caverna. Os homens têm ânimos acirrados, se implicam e nem todos são confiáveis - aos espanhóis, a presença de um americano causa diversos atritos. . A cigana Pilar gerencia o grupo com punhos de ferro, impondo-se quase que masculinamente entre os homens. De personalidade forte, sua amargura e ressentimentos foram incrementados pelos anos duros e pelo que vira na guerra. Ela sabe, pois leu em sua mão, que a missão de Robert não será fácil. . A outra mulher do grupo é Maria, por quem Robert se apaixona. A diferença de culturas entre eles não parece fácil de ser superada, mas o amor que surge é arrebatador e pode, inclusive, prejudicar a missão do soldado. .

Os últimos capítulos do livro seguem um crescente de emoções que deixam o leitor sem fôlego, incapaz de se preparar para o que vem, e boquiaberto com a genialidade de Hemingway em, a partir da guerra, ser tão explicitamente notório quanto ao valor da vida humana.



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Raul 23/02/2022

Vida, amor, guerra, paz. Morte.

Por onde começar? Bom, o Hem é, de longe, o meu autor favorito. Esse livro foi o melhor dele que eu li até agora. Jamais imaginei que eu me apaixonaria tanto por uma leitura... A priori, o contexto da guerra é desenvolvido. Apesar do posicionamento dos personagens ser dado você sempre fica se questionando... Em meio ao caos, faz-se amigos. Em meio ao caos, perde-se amigos. Em meio ao caos, ama-se. Em meio ao caos, criam-se reflexões sobre a vida e a morte. Isso foi o que o Hemmingway me passou nessa obra. Não tem mais o que descrever sem estragar a experiência. Apenas leiam.

Leiam "Por quem os sinos dobram"!!!!!!!



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Nathalia Neri

Por quem os sinos dobram sinopse
19/02/2022

Por quem?


Confesso que fiquei o livro todo procurando por quem os sinos dobram. Um conto bem cru, impressão, de combatentes em um guerra, todo processo, toda doação, toda entrega ao que acredita e defende, e um pouco de romance, que confesso alguns capítulos achei maçante. Gostei de ler algo que não faz parte do que costumo ler, mas achei pouco difícil a leitura. Mas ok.



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Victória C. 04/02/2022

Alerta de textão pq pqp eu demorei demais pra concluir.

Para começo de conversa, preciso deixar claro que tive uma relação de amor e ódio com esse livro. Com um grande punhado de altos e baixos, eu consegui gostar bastante do livro, mas já adianto que não foi tarefa fácil. Muitas coisas me irritaram ? tanto no autor quanto na trama em si. E, ao passo em que o terminei (depois de meses de leitura, tempo demais para o meu gosto, mas não vou ficar dando desculpas), eu me encontrava num estado de letargia, em que minha mente havia sido anestesiada e a história, das duas, uma: ou era muito boa ou muito ruim. Na dúvida, o topo do muro me pareceu a posição mais sensata a adotar. Muito do meu receio em ?desgostar? dessa história em particular se deve ao fato de que esse é um dos livros mais incríveis do século XX, consagrado pela crítica e endeusado pelos hemingwaynianos. E, para falar a verdade, eu entendo e aceito esse fato. Sério mesmo. Mas parto do pressuposto de que um mesmo tom de cor pode ser visto de formas diferentes pelos olhos que o contemplam. Portanto, seja Hemingway um deus da literatura ou um demônio, concedi-me o direito de não gostar de várias coisas em seu livro. Minha primeira experiência com o autor aconteceu no ano retrasado creio eu, com O Velho e O Mar. Esse livro, sim, achei impecável, e de uma profundidade abismal. Mas sou madura o suficiente para entender que a constância de um escritor muda frequentemente, e isso não necessariamente se resume à experiência, mas, outros sim, a um conjunto de fatores ? tais como o contexto, a cultura, e o estilo de vida em que ele está inserido ?, que o inspira a escrever conforme aquilo que sente.

O engraçado é que o ?Sinos? me enganou. Comecei a lê-lo e o apreciei de imediato. Mas aí as coisas foram se desenrolando e eu percebia cada vez mais que tinha precipitado minha opinião sobre ele. Então, algo surpreendente acontecia, e me tirava o fôlego. Sempre assim, como os batimentos do coração de uma pessoa com problemas cardiovasculares. Por isso tive tanta dificuldade em organizar os pensamentos na minha cabeça sobre essa história.




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