Pessoas que sentem quando vai chover

Há quem diga que é a idade a falar mais alto e há quem culpe a genética. A causa para as dores de cabeça em períodos de chuva ou trovoada não tem a ver com o organismo de cada um, mas sim com a atmosfera.

Como explica o The Mirror, algumas pessoas podem ficar com dores de cabeça mais ou menos intensas quando a temperatura muda, quando chove ou quando começa a trovejar e tudo à boleia da baixa pressão atmosférica que ocorre nestas situações, um dado provado cientificamente num estudo com mais de sete mil pessoas.

Na prática, a probabilidade de ter uma dor de cabeça aumenta à medida que a temperatura aquece e à medida que a pressão atmosférica baixa, sendo notório um ligeiro agravamento por cada queda de cinco milímetros na pressão barométrica.

Esta queda na pressão atmosférica - comum em condições climatéricas instáveis - causa uma maior diferença entre a pressão no seio paranasal e aquela que se sente na atmosfera, promovendo, assim, a dor de cabeça em algumas pessoas, como se lê na publicação.

De acordo com o site WebMD, além das mudanças de temperatura, as mudanças a nível de humidade, as condições extremamente secas e os ambientes empoeirados podem também desencadear a dor de cabeça, uma associação comum às pessoas com maior sensibilidade às mudanças no meio ambiente e com uma menor capacidade de resposta à dor.

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Pessoas que sentem quando vai chover

Pessoas que sentem quando vai chover
Pessoas que sentem quando vai chover

Se você sente mais dor quando está frio ou chovendo, saiba que não é apenas sua imaginação. Embora os estudos mostrem resultados variáveis, a maioria conclui que mudanças na pressão barométrica e diminuição da temperatura podem sim causar mais dor em algumas pessoas (especialmente portadores de artrite).

Posso dizer informalmente que muitos dos meus pacientes “sentem” uma mudança no clima quando algo dói principalmente se o local já foi operado. Quando o frio e a chuva estão a caminho, parece até previsão do tempo! A mudança no clima para o frio indica uma redução na pressão barométrica ou “baixa pressão” se movendo para determinada região. Quando o tempo esquenta, ou um “sistema de alta pressão” se move, o aumento da pressão barométrica pode trazer alívio. Curiosamente, vejo isso no mergulho também. Muitas pessoas que se queixam de dor nas articulações sentem conforto quando estão em profundidade durante o mergulho. Uma explicação razoável é o aumento da pressão ambiente.

Lembre-se de quando a vovó dizia: “A chuva está vindo, e eu posso sentir as minhas articulações doloridas” ela realmente sabia disso por causa do que acontece com nosso corpo quando ocorrem as mudanças de pressão barométrica. Isso significa que a pressão contra o seu corpo cai também, suas articulações e áreas lesionadas podem começar a inchar ou doer. Este inchaço causas aumento da inflamação e exigimos que os hormônios aumentem sua atividade para lidar com essa situação.

Algumas teorias para o aumento da dor:

1) Alteração hormonal – Temos no topo de cada rim uma pequena glândula que produz adrenalina e cortisona. Estes dois hormônios nos ajudam com a energia, o humor, a função imune, o controle da dor e a famosa “fuga ou luta” como resposta a algo que nos atinge.  A cortisona (esteroide) é fundamental no controle da dor, função imune e energia. Quando a pressão cai, a tendência é a produção deste hormônio diminuir.

Você já percebeu também como a sua dor pode piorar durante a noite? Isso porque os nossos corpos diminuem a produção de ambos, adrenalina e cortisona, à noite, para que possamos ir dormir. É parte do nosso ritmo circadiano.

2) Mudança na carga elétrica – Algo semelhante acontece quando uma tempestade está vindo. Você conhece alguém que diz poder “cheirar” a neve ou chuva antes que ela venha? O cheiro é uma mudança na carga elétrica no ar. Tem sido descrito como um cheiro “metálico” que algumas pessoas percebem e alteram a eletrostática corpórea, gerando contração neural e consequentemente dor.

3) Teoria dos receptores – Existem muitos receptores no nosso corpo com terminações nervosas, que podem detectar fatores como textura, temperatura e pressão. No entanto, essas terminações nervosas também podem detectar mudanças na pressão barométrica no ar e responder, em algumas pessoas, com uma reação de dor. O caso é pior em pessoas que estão cronicamente estressadas, física ou emocionalmente, e nos idosos.

4) Contração – Uma última hipótese é que a dor no frio seja causada por tensão e contração muscular ao redor dos nervos e articulações, devido a vasoconstricção que a baixa temperatura causa.

Fato é que a maioria de nós não precisa de mapas e previsões meteorológicas para saber a dor que sente, mas talvez possamos tomar medidas para diminuir o sofrimento. Podemos comer corretamente, fazer exercícios e alongamentos, evitar os efeitos negativos das drogas ou álcool, aquecer o corpo e protegê-lo durante a exposição na rua. Se a dor persistir, procure um especialista.

Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

A chuva faz parte do nosso mundo outdoor. Ela cria novos desafios, exige equipamentos adequados e até mudanças de planos, mas o que seriam das aventuras sem ela? Certamente mais previsíveis e até certo ponto mais sem graça. Eu e você não teríamos que planejar o que fazer em caso de chuva e com certeza as nossas histórias perderiam um pouco da emoção que só uma chuva pode acrescentar.

Se as chuvas estão por ai, não tem jeito, o negócio é se preparar para uma aventura molhada. E a melhor maneira de se preparar é sabendo quando irá chover. Hoje as previsões do tempo são muito acuradas e fornecem dados com até 97% de chance de acerto. Mas nem sempre temos acesso à tecnologia quando estamos em um lugar remoto ou, as vezes, estamos em uma área de grande instabilidade climática, onde as mudanças do tempo não são acompanhadas pelas previsões. Então, o que fazer nessas horas para saber se vai chover?

O Desviantes traz para você alguns métodos tradicionais para prever se vai chover ou não. Alguns vêm de saberes populares e não foram comprovados cientificamente, mas pode ser o sinal que faltava para você ver que uma chuva se aproxima.

Relaxe e preste atenção aos sinais a sua volta:

1. Bolhas na espuma do café: Olhe com atenção para as bolhas que se formam ao despejar café em uma xícara. Se as bolhas de café se moverem para o canto da xícara, é sinal de que não irá chover. Mas se pelo contrário as bolhas ficarem concentradas no centro, nuvens de chuva devem estar no caminho. Uma pressão atmosférica elevada puxa as bolhas para os cantos e pressão atmosférica alta é sinal de que não irá chover.

2. Pássaros voando baixo: Se você avistar pássaros que normalmente voam em alta altitude voando em altitudes baixas, pode ser sinal de que uma tempestade está a caminho.
Acredita-se que quando a pressão cai, voar em altas altitudes torna-se difícil para os pássaros. A queda na pressão parece causar desconforto aos pássaros, fazendo com que eles voem em baixas altitudes e migrem para outras regiões onde a pressão atmosférica é maior.

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3. Halo em torno da lua: Um halo é um anel que se forma em torno da lua. Não é um fenômeno muito comum de ser visto. Mas caso você se depare com isso, saiba que provavelmente vem chuva por ai, pois esse fenômeno ocorre quando a luz da lua reflete em nuvens muito altas, caracterizadas por ar quente e umidade, dois compostos básicos para a ocorrência de chuvas.

4. Canto do grilo: O metabolismo dos grilos é muito sensível à mudanças de temperatura. Quando o canto dos grilos se torna mais acelerado é sinal de que a temperatura está em queda. Preste atenção se por acaso a quantidade de “crics” aumentou em certo período de tempo. Muitos grilos cantando aceleradamente é sinal de chuva a caminho.

5. Vacas deitadas no pasto: Gados deitados no pasto pode ser sinal de chuva. Assim como os pássaros, os gados parecem ser sensíveis à mudanças de pressão. Os gados sentem a queda na pressão e procuram deitar em lugares abrigados da chuva. Apesar de se basear em um conhecimento popular, é uma observação que pode ajudar você a se questionar do tempo.

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6. Canto das cigarras: Se você notar que as cigarras pararam de cantar logo após um momento em que elas estavam fazendo uma algazarra, pode significar que a chuva está por perto.
O canto das cigarras é resultado do movimento de suas asas. Mas as cigarras não podem mover suas asas quando a umidade está muito alta. Alta umidade é sinal de que está prestes a chover.

7. Arco-íris: A presença de arco-íris é sinal de umidade no ar. Você já deve ter percebido a relação entre arco-íris e chuva, eles normalmente aparecem minutos antes ou depois de ter chovido. O arco-íris se forma quando as luzes do sol refletem em gotículas de água no céu e por isso são um bom indicador de alta umidade e de que a chuva está por perto.

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8. Formato das nuvens: Procure por nuvens em formato de torre, ou seja, que se estendam verticalmente da baixa até as altas altitudes. Esse tipo de nuvem é chamado de Cumulonimbus e normalmente indica tempestades a caminho.

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9. Sinais de umidade: Você pode notar a umidade de uma maneira simples. Algumas plantas enrolam suas folhas em caso de alta umidade. Outra forma é você observar o estado de cabelos encaracolados, se o cabelo ficar frisado, é sinal de que a umidade está alta. Este método é bastante antigo, o primeiro instrumento de medição da umidade do ar foi feito a partir de um fio de cabelo tensionado.

10. Sentidos humanos: Os próprios sentidos humanos também são importantes. Apesar de termos perdido parte destes, somos capazes de notar alguns sinais de chuva. Você pode sentir na pele o aumento da umidade e através do olfato o “cheiro da chuva”, que é na verdade o cheiro de ozônio, gás que desce para as baixas altitudes durante períodos de baixa pressão e que tem aroma levemente adocicado.

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ica Desviante:

Na dúvida, sempre se prepare para a chuva. Leve em sua mochila roupas impermeáveis, e se for acampar, tenha certeza de que sua barraca possui coluna d’água superior a 1200 mm. A coluna d’água mede o quanto de água o material da barraca suporta. Quanto maior esse valor, mais resistente à penetração da água será a barraca. Uma barraca com coluna d’água superior a 1200 mm suportará chuvas por tempo considerável.

Você conhece alguma outra forma de prever se vai chover? Se conhecer, conte para os outros Desviantes.

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icionário Desviantes:

Pressão atmosférica: pressão exercida pela camada de moléculas de ar sobre a superfície. Se a força exercida pelo ar aumenta em um determinado ponto, consequentemente a pressão também aumentará.

Cumulonimbus: tipo de nuvem de desenvolvimento vertical que é densa, atinge grandes altitudes e está associada a eventos meteorológicos extremos como raios e pancadas de chuva.

Ozônio: Gás formado por três moléculas de oxigênio, encontrado em altas altitudes da atmosfera.

Coluna d’água: medida da quantidade de chuva e de intensidade de chuva.