Guia de estudo bíblico evangélico

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“Jejuar não muda o Senhor, pois Ele é o mesmo antes, durante e depois do seu jejum, mas transformará e ajudará você a se manter mais suscetível ao Espírito de Deus”.

Kenneth E. Hagin, Guia para o Jejum Equilibrado

O efeito do jejum não tem a ver com Deus ou o mundo espiritual, mas conosco e a nossa percepção dele, porém, essa poderosa disciplina espiritual nos afeta de forma abrangente. Ao longo do livro A Cultura do Jejum e do curso com o mesmo nome na escola.orvalho.com o pastor Luciano Subirá apresentará os efeitos que o jejum exerce em nós.

Lucas 5.33-38 é um relato da parábola de Jesus que fala sobre o jejum e se repete em todos evangelhos sinópticos: Mateus, Marcos e Lucas. Livros que têm em comum sua estrutura e uma grande quantidade de histórias em comum, ou seja, não podemos desassociar essa parábola do contexto do jejum.

1- A cultura do jejum: a sua estrutura

A parábola ressalta que o novo de Deus não pode ser adaptado a uma estrutura velha de vida, as boas novas do evangelho não poderiam ser ajustadas em uma velha estrutura. Ao falar de roupas, Jesus fala da condição do homem diante de Deus. Em Efésios 4.22-24 Paulo fala que devemos nos despir do velho homem e nos revestir do novo homem, as roupas velhas devem ser descartadas para que possamos usar as roupas novas.

Ao falar do vinho novo Jesus passa a mesma ideia e conceito, o vinho novo era o suco da uva recém feito, o vinho velho já estava fermentado. Ao citar os odres Jesus mostra a importância de não se guardar o vinho novo em um odre velho, porque este ainda não fermentou e ao fermentar a antiga vasilha de couro não suportaria a pressão. Além de perder o odre se perde o vinho. O novo que Deus oferece não pode ser adaptado ou recebido em uma estrutura velha de vida.

Pastor Luciano Subirá aponta que Jesus associou a prática do jejum com a forma correta de se receber o evangelho. Jesus não falou apenas o que seus discípulos fariam e quando fariam, mas o porque nós jejuaríamos e os benefícios dessa disciplina espiritual em nós.

Em Romanos 12.1-2 Paulo faz uma associação entre sacrifício e culto e fala do corpo como um sacrifício vivo, não matando o corpo literalmente, mas fazendo morrer a natureza pecaminosa (Colossenses 3.5). Para essa transformação é preciso uma mudança de mentalidade em três passos: refrear a carne, quebrar o molde de comportamento mundano e renovar a mente.

O jejum é um grande exercício do domínio próprio, e também é um promotor tanto do sacrifício vivo quanto da contenção da carne. Não há remédio para natureza carnal, a não ser a mortificação. O jejum e o domínio próprio são ferramentas para conter a força da velha natureza e nos impedem de tentar adaptar o evangelho aos padrões da carne.

Luciano Subirá enfatiza que mesmo quando Jesus não define o papel do jejum na morte do velho homem, Ele relaciona a prática com isso. Nós não precisamos entender o processo, apenas praticá-lo.

2- A cultura do jejum: o ser completo

O jejum afeta a integralidade do ser humano, ou seja, no aspecto espiritual, emocional e físico. Em 1 Tessalonicenses 5.23, Paulo fala sobre a santificação completa do homem, mantendo a integridade até a vinda do Senhor.

Nosso espírito foi regenerado por meio do novo nascimento, nos tornamos participantes da natureza divina e como crianças recém-nascidas precisamos do puro leite espiritual, afim de crescermos para salvação (1 Pedro 2).

Nossa alma é restaurada por meio da palavra do Senhor, desprendendo do acúmulo de maldade e hábitos pecaminosos, para que andemos na prática da palavra de Deus.

Nossa carne ainda carrega uma natureza pecaminosa, o novo nascimento se deu em nosso espírito, uma luta do espírito contra a carne que é vencida através do fortalecimento do espírito, que por intermédio do jejum se torna possível.

3- A cultura do jejum: o impacto em nosso espírito

Nosso espírito é despertado na busca a Deus, por isso o jejum é associado à oração (Atos 14.23). Nosso relacionamento com Deus se dá na dimensão espiritual, Jesus declarou: “Deus é espírito, importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” João 4.23. Toda conexão com Deus é espiritual.

O jejum remove o entulho da carne, da alma e dos sentimentos, nos faz mais perceptíveis as realidades espirituais. As palavras de Deus são espirituais (João 6.33), logo, devem ser recebidas em nosso espírito e não só em nossa razão. Paulo afirma em 1 Coríntios 2.14 que a pessoa natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura. O jejum coopera com nosso entendimento espiritual, e com nossa sensibilidade espiritual.

Pastor Luciano Subirá ressalta que o jejum ao afligir a alma nos deixa mais sensíveis a dimensão espiritual, tira tudo que é errado para que o Espírito de Deus possa fortalecer a nossa fé.

4- A cultura do jejum: o impacto em nossa alma

Nossa alma é humilhada pelo jejum, afetando nossas vontades, razão e sentimentos. O jejum tira nossa alma do controle de nosso corpo para que o nosso espírito seja fortalecido e o Espírito de Deus possa fluir em nós.

O jejum nos leva ao reconhecimento de nossa incapacidade, trazendo à tona nossas limitações e fraquezas, dependendo apenas da graça e capacitação divina (2 Coríntios 3.5-6). Todo cristão deve andar dependendo de Deus, o jejum é uma forma de expressarmos essa dependência.

A frequência dessa disciplina espiritual, especialmente por períodos prolongados, traz à tona o pior de nós, aquilo que se encontra escondido, e dessa forma nos permite ser transformados pelo Senhor.

5- A cultura do jejum: o impacto em nossa carne

Luciano Subirá cita Clemente, bispo de Roma, um dos líderes antigos, que se refere ao jejum de Moisés como tempo de mortificação, assim como Urigenes comenta sobre o jejum de Jesus no deserto. Martinho Lutero diz: “A respeito do jejum eu digo o seguinte: é correto jejuar com frequência com a finalidade de subjugar e controlar o corpo.”

Ou seja, a disciplina na vida do cristão, bem como a mortificação da carne, não se dá apenas com o jejum. Embora o jejum seja de grande auxílio em relação a elas, o jejum tem começo e fim. Quando falamos do domínio próprio e a mortificação intencional da natureza carnal, deve ser um exercício contínuo e ininterrupto.

O jejum tem um efeito de mudança em nós, e nos afeta como um ser completo: espírito, alma e corpo.

Para saber mais sobre o livro e curso A Cultura do Jejum do Luciano Subirá:

Tenha acesso ao curso completo: A Cultura do Jejum em nossa plataforma virtual: escola.orvalho.com 

O livro A Cultura do Jejum está disponível para compra em: loja.orvalho.com. Adquira durante a pré-venda que vai até dia 12/jun/2022 e ganhe um curso online e mais o livro O Poder Secreto da Oração e do Jejum do Mahesh Chavda.

Conseguir uma rotina de estudo bíblico nem sempre é uma tarefa muito fácil, já que a falta de foco, a procrastinação e outros aspectos podem atrapalhar a criação desse hábito. Saber como estudar a Bíblia ajuda a evitar que distrações atrapalhem os estudos.

A leitura da Bíblia sem qualquer ordem ou objetivo pode trazer benefícios, porém, quando um plano é feito, é mais fácil conseguir estabelecer o hábito e tirar lições proveitosas. Portanto, busque maneiras de organizar os seus estudos bíblicos para extrair o máximo de conhecimento.

Para facilitar esse processo, traremos alguns passos que contribuirão para aperfeiçoar a forma como você estuda a Bíblia. Confira nossas dicas!

1. Leia a Bíblia

Sejamos sinceros: muitos de nós conhecemos alguns versículos, passamos os olhos em algumas páginas — mas nunca chegamos efetivamente a ler a Bíblia. Conhecemos alguns artigos e livros sobre ela, mas poucos realmente se dedicam a conhecê-la em sua integridade.

Como diz o grande teólogo John MacArthur, em seu livro “Como estudar a Bíblia”, nada substitui a leitura da Bíblia. É preciso se dedicar inteiramente ao estudo, de coração e mente aberta. O autor recomenda que as pessoas tentem lê-la ao menos uma vez por ano.

Não se trata de uma tarefa tão pesada assim. De acordo com MacArthur, é perfeitamente possível ler o Antigo Testamento uma vez por um ano. Isso porque ele conta com 39 livros: com 20 minutos por dia, é possível terminá-lo em 12 meses.

2. Defina horário, local e tempo de estudo

A melhor forma de estudar a Bíblia é separando um tempo diário para essa atividade. Quando isso não é feito, é normal que os afazeres do dia a dia e outras preocupações tomem todo o seu cronograma, não sobrando espaço para estudar as Escrituras.

Para evitar isso, separe um local calmo, um horário fixo e estabeleça o tempo desejado. Coloque isso como um compromisso diário, buscando sempre cumprir o que foi estabelecido, mesmo que em certos momentos não seja tão fácil. Escolha um período de estudo que seja ideal para você, pois depois que estiver adaptado é possível aumentá-lo.

3. Organize planos de estudo

Qual é o seu objetivo ao estudar a Bíblia? Você quer fazer a leitura completa? Quer aprender mais sobre determinado tema? Essas são algumas perguntas que ajudam a direcionar um plano de estudos bíblicos.

Defina qual é o seu objetivo antes de começar. Lembre-se que algumas partes são mais complexas e podem fazer você desistir do plano. Para evitar isso, busque equilibrar com leituras que são mais agradáveis para o seu gosto.

Você pode escolher começar pelo Novo Testamento, estudar algum tema específico, ler os textos históricos primeiro ou qualquer outra modalidade. Também existem planos para ler a Bíblia toda em um ano, o chamado ano bíblico, que também é uma forma interessante de estudo.

4. Intercale livros longos e curtos

Para não desanimar, é uma ótima ideia começar com um livro sucinto. O livro de João, no Novo Testamento, por exemplo, é curto e acessível, garantindo uma leitura agradável. Depois, é possível partir para Filipenses, outra leitura rápida.

Depois que você estiver se sentindo mais confiante, pode buscar Mateus, Colossenses, Atos. Assim, o revezamento fica assim: livro curto, livro longo, passagem curta, passagem longa. Segundo John MacCarthur, em menos de dois anos e meio você terá lido todo o Novo Testamento — sem atrapalhar a sua jornada com o Antigo.

5. Crie um caderno de estudo bíblico

Outro passo muito importante ao estudar é anotar as principais passagens. Uma boa sugestão é criar um caderno de anotações, pois ele é uma forma simples que pode ser utilizada para guardar as principais dúvidas, reflexões e descobertas durante o tempo de estudo.

Esse caderno também pode servir como fonte de consulta quando estudar temas parecidos e passagens que estão conectadas. Dessa forma, o que foi registrado no passado pode facilitar o que está sendo estudado atualmente.

Além das anotações, você pode separar uma Bíblia para sublinhar, colar post-its coloridos e facilitar o encontro de suas passagens prediletas. Algumas versões dão espaço para o leitor escrever, o que também pode ser muito útil e produtivo.

6. Prepare-se espiritualmente

A leitura da Bíblia não é a mesma coisa de ler outros materiais. Por isso, tenha o hábito de orar antes do estudo, peça que o Espírito Santo o ajude a entender o que está sendo lido e tirar lições importantes para a sua vida. A oração ajuda a nos conectarmos com Deus e, consequentemente, contribui para que ouçamos Sua voz durante as leituras.

Use esse tempo para se conectar com Deus, meditando nas palavras que foram lidas e exercitando a sua religiosidade. Busque sempre a compreensão correta de cada passagem estudada; se tiver dificuldade, coloque-se nas mãos divinas e peça entendimento.

7. Invista em ferramentas de apoio

Talvez você já tenha desistido de estudar a Bíblia por ter encontrado algumas dificuldades para compreender os textos. Isso é comum, mas não deve ser um motivo para desistir. Assim como podemos ter conteúdos de difícil compreensão em outras áreas da vida, também encontramos passagens complexas no texto bíblico.

Para superar esse impasse, o investimento em ferramentas de apoio que contribuem para facilitar o estudo é importantíssimo. A utilização de um dicionário bíblico é uma boa pedida, assim como livros e outros materiais que complementam o que foi estudado.

Outro investimento interessante pode ser feito em uma Bíblia com comentários. Elas vêm com notas explicativas que facilitam a compreensão do sentido do texto. Existem muitas opções no mercado, sendo que você pode pedir ajuda ao seu pastor ou líderes de sua comunidade para adquirir materiais de qualidade.

8. Analise o contexto

Outro ponto importante para entender melhor a Bíblia é fazer uma análise do contexto. Os livros não estão na ordem cronológica correta, portanto, algumas passagens podem parecer fora de lugar e dificultar a compreensão do leitor. É importante contextualizar cada texto bíblico.

Ao ler uma passagem bíblica é preciso analisar a cultura da época, os costumes locais e o idioma que foi escrito. Ao fazer essa análise, alguns textos que pareciam sem sentido serão compreendidos de outra forma, qualificando a sua leitura.

9. Leia mais de uma versão

A Bíblia não foi originalmente escrita em português, por isso, várias traduções foram feitas, dando origem a diferentes versões. Algumas são mais antigas e contêm palavras que podem dificultar a compreensão, enquanto outras são recentes e buscam utilizar um palavreado atual e moderno.

Ler mais de uma versão é uma forma de encontrar qual se adapta mais ao seu gosto de leitura. Além disso, as diferentes versões também ajudam a perceber aspectos que não estavam tão claros em outras leituras. Desse modo, é possível adquirir conhecimento de maneiras variadas, o que contribui para melhorar o estudo e trazer mais dinamismo e compreensão.

10. Complemente a leitura com outros livros

Caso você encontre dificuldades durante a leitura, busque outras referências. Além de ajudarem a clarear certas partes, alguns autores de renome acrescentam novos pontos de vista à discussão, tornando o estudo da Bíblia ainda mais rico.

Como exemplo, podemos citar o livro “A Cruz do Rei”, do pastor Philip Keller, que discute o Evangelho de Marcos, um dos mais marcantes. Combinando um nível de conhecimento invejável com uma escrita acessível a leigos, o autor consegue entreter e informar.

Outro exemplo interessante é “Tratado Sobre as Afeições Religiosas”, de Jonathan Edwards. Baseado em sermões sobre o primeiro capítulo do livro de Pedro, o autor argumenta que o cristianismo não é evidenciado pela intensidade das emoções religiosas, mas existe na transformação de um coração para o amor de Deus.

Inclusive, não deixe de conferir o nosso artigo sobre 7 opções de livros para compreender o amor de Deus e enriquecer ainda mais a sua biblioteca espiritual.

11. Aplique à sua realidade

O melhor de se dedicar à leitura do Livro Sagrado é que muitos versículos ficam com a gente após sermos apresentados a eles pela primeira vez. Por mais que a Bíblia seja uma fonte de conhecimento influente para toda a literatura e artes ocidentais, o principal diferencial é que ela é, sobretudo, acessível.

Assim, quando encontrar algum trecho que fale diretamente à sua alma, anote em um caderno separado e o releia ao menos uma vez por semana. Você certamente vai se deparar com ensinamentos preciosos para a vida toda.

Como diz o livro de Tiago, “aceite humildemente a palavra implantada”. Ou, de acordo com Pedro, “livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência”. São versículos que incentivam a humildade do espírito e o amor pelos seus semelhantes — lições bem-vindas para qualquer cristão que se preze.

Neste artigo, você conferiu algumas dicas de como estudar a Bíblia. Devemos reforçar que a leitura bíblica é muito importante para a vida do cristão, pois é uma forma de se aproximar de Deus e conhecer a Sua vontade. Por meio da leitura, conseguimos refletir sobre muito assuntos importantes e que farão diferença em nosso cotidiano. Coloque nossas sugestões em prática e aproveite bem o seu estudo bíblico!

Gostou das nossas sugestões? Então, deixe um comentário neste artigo e compartilhe conosco e com os nossos demais leitores suas experiências ao estudar o texto bíblico!

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