Você gostaria de conhecer o sistema de crenças de alguma outra religião que não a sua qual

Pós-doutorado em História da Cultura (Unicamp, 2011) Doutor em Ciências da Religião (Umesp, 2001) Mestre em Teologia e História (Umesp, 1996) Licenciado em Filosofia (Unicamp, 1992)

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Bacharel em Teologia (Mackenzie, 1985)

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Politeísmo é a crença em muitos deuses ou sua adoração. Resulta de crenças em espíritos, demônios e forças sobrenaturais, definidas vagamente em crenças como o animismo, totemismo e culto aos ancestrais. As forças sobrenaturais são organizadas e personificadas em uma família cósmica que é o núcleo do sistema de crenças de um povo ou etnia. O politeísmo se espalhou pelo mundo antigo e em muitas culturas antigas existiu a prática do politeísmo e seus deuses tinham características humanas (antropomorfismo) e funções específicas, como na Grécia e Roma antigas, onde havia um intrincado sistema mitológico e diversas divindades que interferiam nas atividades humanas (mitologia grega): Zeus, Hera, Palas-Atena, Poseidon, Ares, Apolo, Afrodite etc. O Império Romano assimilou o politeísmo grego e de outras culturas que conquistara (mitologia romana): Júpiter, Juno, Minerva, Netuno, Marte, Apolo, Vênus. No Egito antigo os deuses tinham formas híbridas de objetos da natureza, animais e humanos num sistema de crenças bem desenvolvido e que era a base de sua cultura. Os faraós eram as personificações de deuses na terra e seus deuses eram o sol (Amon-Rá), a fertilidade (Isis), a fecundidade (Osíris) e outros.

Conforme os sistemas de crenças politeístas se desenvolviam, se estabeleciam sistemas de hierarquia entre essas divindades e as famílias de deuses explicavam os fenômenos naturais e sua relação com o universo. Raramente admite uma verdade absoluta como no monoteísmo e o politeísmo praticado em muitas antigas culturas asiáticas, africanas, europeias e entre indígenas nas Américas, ainda hoje é a crença de muitos povos. Politeístas são as religiões e crenças popularmente praticadas em todo o mundo atual, ou seja, no Hinduísmo, Budismo Mahayana, Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo e nas religiões tribais africanas e americanas. As ideias politeístas de moral e ética são relativas à cada cultura e aos seus indivíduos, sendo cada qual livre para adorar os deuses de sua escolha e para agir à sua própria maneira. Faltam aos politeístas responsabilidades, senso de propósito e esperança como a de salvação e vida eterna, típicas dos monoteístas, com maior relativismo e flexibilidade entre o relacionamento de pessoas e divindades.

Ainda que se admita que o politeísmo é conciliável com o monoteísmo inclusivo ou outras formas de monismo religioso, a incidência histórica do monoteísmo é tão rara e dificilmente se admite a teoria da evolução natural das religiões do politeísmo ao henoteísmo e monoteísmo. Mas, certas doutrinas politeístas modernamente foram chamadas de neopaganismo, porque combinam elementos de várias religiões anteriores ao cristianismo e há quem defenda uma graduação entre o politeísmo e o monoteísmo – o henoteísmo - que adota a crença em vários deuses, mas com a preponderância de um sobre os outros e que somente este maior é que recebe a adoração dos seus crentes, fiéis ou seguidores. Com isso, há antropólogos que defendem a teoria de que as sociedades antigas passaram do politeísmo para o henoteísmo e finalmente chegaram ao monoteísmo. Portanto, a distinção entre monoteísmo, henoteísmo e politeísmo não é objetiva ou clara.

Referências bibliográficas:

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.

FERNÁNDEZ-ARMESTO, Felipe. Milênio: Uma história de nossos últimos mil anos. Rio de Janeiro: Record, 1999.

HAUGHT, James A. Perseguições religiosas. Trad. Bete Torii. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

A crença religiosa refere-se a atitudes em relação aos aspectos mitológicos, sobrenaturais ou espirituais de uma religião.[1] A crença religiosa é distinta de ritual religioso e de comportamento religioso - com alguns crentes que não praticam religião e alguns praticantes que não acreditam em religião. Crenças religiosas, geralmente se relacionam à existência, características e adoração de uma ou mais deidades, à ideia de intervenção divina no universo e na vida humana ou nas explicações deontológicas para os valores e práticas centrados nos ensinamentos de um líder espiritual ou de um grupo espiritual. Em contraste com outros sistemas de crenças, as crenças religiosas são geralmente codificadas.[2]

Uma visão popular sustenta que diferentes religiões têm conjuntos de crenças ou credos identificáveis ​​e exclusivos, mas pesquisas sobre crenças religiosas freqüentemente descobriram que a doutrina oficial e as descrições das crenças oferecidas pelas autoridades religiosas nem sempre concordam com as crenças daqueles que se identificam como membros de uma religião específica.[3]

  • Convicção
  • Certeza

  1. Unknown. «What does religious belief mean?». www.definitions.net (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2019 
  2. Wittgenstein, Ludwig (2007). Lectures and Conversations on Aesthetics, Psychology and Religious Belief. [S.l.]: University of California Press. 53 páginas. ISBN 978-0-520-25181-6 
  3. Braithwaite, R.B. (1975). An empiricist's view of the nature of religious belief. [S.l.]: Norwood Editions (Norwood, Pa.). ISBN 978-0-88305-955-5 

  • «Beliefnet» (em inglês) 
  • «Compare Different Beliefs» (em inglês) 
  • «Think without Beliefs» (em inglês) 
  • «Religious Beliefs» (em inglês) 
  • «Ethics of Belief» (em inglês) 

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Crença_religiosa&oldid=58381016"

Religião é uma palavra de origem latina (religio) e pode significar rigidez, releitura, reeleger e/ou religar.

Assim, a religião seria aquilo que nos religa ao sagrado.

Resumo

Desde os tempos mais primitivos, os primeiros seres humanos sentiram necessidade de explicar fenômenos naturais como a chuva, vento, eclipses, etc.

Da mesma forma, queriam entender os acontecimentos como o nascimento e a morte.

É esta necessidade de explicação que vai gerar a busca por um mundo metafísico, ou seja: além da física, além daquilo que posso ver e tocar.

Assim, como um fenômeno inerente à cultura humana, as religiões se configuram como conjunto de sistemas culturais e crenças.

Possuem conteúdo Metafísico, nos quais se busca relacionar a humanidade com o mundo espiritual.

De toda forma, esta é uma definição ocidental. Isso porque não existe uma palavra equivalente na cultura oriental (no hinduísmo e budismo, Dharma é o conceito mais aproximado).

História

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Símbolos de diferentes religiões

De modo geral, as religiões possuem seus credos similares conforme a proximidade geográfica.

Os gregos e os romanos foram os primeiros a sistematizar reflexões religiosas.

Nos primeiros séculos do cristianismo, novas reflexões teológicas surgiram e se desenvolveram a fim de conciliar a filosofia grega ao cristianismo.

Durante a Idade Média, predominava a Filosofia Escolástica quando o Teocentrismo será valorizado. Será durante o Renascimento que este modelo começará a ser questionado.

Vale destacar também o advento da expansão europeia pelos continentes levou a religião ocidental pelo mundo.

Contudo, também travou contato com culturas e religiões muito distintas daquelas conhecidas até então.

Atualmente, nos países da Europa, há certo declínio da religião, sobretudo cristã.

Por outro lado, o Cristianismo cresce nos Estados Unidos, na América Latina e na África.

O Islamismo se expande pelo sudeste asiático e Europa; e o Hinduísmo, Budismo e Xintoísmo ainda são a maioria no Extremo Oriente.

Importante destacar também o Protestantismo, em sua vertente pentecostal, que vem crescendo na América Latina.

Por fim, enquanto componente fundamental da cultura humana, a Religião foi motivo de inúmeras guerras.

Além disso, estruturou sociedades e definiu o conhecimento científico, filosófico e artístico durante muitos séculos.

Sistemas Religiosos

As religiões possuem em comum alguns aspectos como:

  • caráter público,
  • hierarquias clericais,
  • reuniões regulares,
  • estabelecimento de limites entre o sacro e profano,
  • a sacralização de determinados locais, veneração de divindades,
  • escrituras sagradas ou tradição oral,
  • sacrifícios, festas, serviços funerários e matrimoniais,
  • meditação, arte, calendários religiosos e
  • um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente explicando a vida após a morte ou a origem do Universo.

A palavra “seita”, designa o segmento minoritário nas religiões, enquanto “heresia” é todo conteúdo contrário a estrutura teórica da religião dominante.

Tipos de Religião

Você gostaria de conhecer o sistema de crenças de alguma outra religião que não a sua qual

Da esquerda para direita: um padre católico, um rabino, um muçulmano, um hare-khrisna, uma mãe-de-santo, um índio e um pastor protestante

  • Panteístas: as mais primitivas manifestações religiosas, não possuem livros sagrados, divinizam elementos naturais como o vento, a água, o fogo, os animais, dentre outros.
  • Politeístas: “substituem” as panteístas quando os elementos divinos são personificados e humanizados, havendo uma equivalência entre deidades femininas e masculinas nos cultos.
  • Ateístas: negam a existência de um ser central e supremo (o qual, para elas, seria o Vazio ou um Não-Ser). Não creem em deuses personificados, mas acreditam em forças invisíveis, como fenômenos da natureza inexplicáveis. Deste modo, prega-se a interdependência harmônica do Universo, equilibrado por meio do Tao ou encontrado no Nirvana. São exemplos, o Budismo, na Índia e na China, o Taoísmo e o Confucionismo.
  • Monoteístas: são as religiões mais recentes e populares (cerca de 50% da população mundial), possuem Livro Sagrado no qual está presente a verdade da Revelação Divina, onde se estabelece a divindade soberana e eliminam-se adorações independentes. É curiosa a escassez de representações do Deus supremo, enquanto as entidades menores (como os anjos) são muito retratadas. Outro detalhe é que o Deus único (Hebreu, Cristão e Islâmico) são masculinos e absorveram os elementos femininos como a bondade.

No Brasil

No Brasil, a maioria das pessoas pratica alguma religião.

A religião predominante é o cristianismo com 86,8%. Destes 64,6% se declaram católicos e 22%, evangélicos.

Os espíritas correspondem a 2% da população brasileira.

Apesar de muito populares, as religiões de matriz africana como candomblé e umbanda sempre aparecem com percentuais muito baixos nos censos.

Isto se deve à perseguição histórica a que estas crenças estiveram submetidas fazendo com que seus praticantes tivessem que esconder sua identidade.

Igualmente, as pessoas que se dizem espiritualistas alcançou a cifra de 4,4%. São pessoas que não tem uma religião específica, mas creem em diferentes manifestações metafísicas.

Outra religião que tem crescido no Brasil é o Islamismo, seja pela chegada de imigrantes como dos próprios brasileiros que estão descobrindo esta doutrina.

Ateísmo

Normalmente, as pessoas que não tem uma religião específica são chamadas de "ateus".

Esta seria uma definição imprecisa porque a palavra designa aqueles que não acreditam de Deus. Assim: Theos - deus e "a" seria a negação.

Igualmente, existem aqueles que se declaram "agnósticos". Gnose - conhecimento. Portanto, agnose seria a negação do conhecimento. Se Deus existe, não se sabe e é indiferente.

Outra vertente surgiu com o Cientificismo, o socialismo e o anarquismo. Todos esses movimentos negavam a existência de Deus e queriam destruir a religião como instituição. Marx afirma que a religião é o "ópio do povo", no sentido que ela o deixava anestesiado e sem iniciativa para lutar contra as injustiças sociais.

Para saber mais: