Por que o coito interrompido é o metodo contraceptivo inseguro

Por que o coito interrompido é o metodo contraceptivo inseguro

Em geral, os métodos que utilizam hormônios para impedir a ovulação – e, por conseqüência, a gravidez – são considerados os mais confiáveis. A pílula anticoncepcional, por exemplo, tem eficácia superior a 99% quando tomada corretamente. Fazem parte da mesma família o anel vaginal e o adesivo transdérmico, que libera hormônios ao ser aplicado na pele. Entretanto, esses métodos têm um ponto fraco: nenhum deles barra as chamadas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), especialmente a aids. Por enquanto, a única forma de se prevenir é usar as camisinhas masculina e feminina, que têm uma eficiência para evitar a gravidez em torno de 95%. Bem menos confiáveis são os chamados métodos “naturais”. O primeiro deles, o coito interrompido, consiste em retirar o pênis da vagina antes da ejaculação – o problema é que o líquido que lubrifica o pênis já pode conter espermatozóides.

O segundo, a “tabelinha”, depende que a mulher menstrue sempre em um período determinado, mas isso muitas vezes não acontece e põe por terra todo o planejamento. Há ainda um último grupo de anticoncepcionais bem mais radicais: as cirurgias. Elas podem interromper o caminho do óvulo ao útero (a ligadura das trompas, no caso da mulher) ou evitar que haja espermatozóides na ejaculação (a vasectomia, para o homem). “São opções definitivas, porque a operação de reversão é difícil e nem sempre bem-sucedida”, diz o ginecologista Jorge Villanova Biazús, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS).

Opções não faltam De todos os métodos, as camisinhas são as únicas que protegem também contra a aids

DIU

O que é: Plástico com cobre em forma de T, inserido no útero através da vacina. Ele dificulta a passagem do espermatozóide e impede que o óvulo fecundado se fixe na parede do útero

Vantagens: Inibe a menstruação em 80% dos casos. Pode ser uma boa opção para mulheres que sentem enjôos com pílula

Desvantagens: Não protege contra DSTs e pode sair do útero sen que a pessoa se dê conta. Para algumas mulheres, a colocação incomoda

MÉTODOS “NATURAIS”

O que são: Os mais famosos são o coito interrompido, quando o homem retira o pênis da vagina antes da ejaculação, e a “tabelinha”, que consiste em não fazer sexo durante o período fértil da mulher

Vantagens: São métodos naturais, sem a presença de hormônios ou barreiras físicas

Desvantagens: Não protegem contra DSTs e são muito pouco confiáveis. No caso do coito interrompido, pode haver espermatozóides antes da ejaculação no líquido que lubrifica o pênis. Para a tabelinha, margem de erro do período fértil é grande e as falhas são comuns.

ANEL VAGINAL

O que é: Um anel colocado no fundo da vagina que lidera hormônios para impedir a gravidez. A cada mês, o anel é removido por uma semana, permitindo menstruação normal.

Vantagens: Alta eficiência. Os efeitos colaterais e a ocorrência de sangramentos irregulares são pequenos

Desvantagens: Não protege contra DSTs. Algumas mulheres podem apresentar irritação na vagina, com aumento de secreção

DIAFRAGMA

O que é: Anel com película de borracha que barra a entrada dos espermatozóides do útero. É inserido na vagina antes da relação e retirada até 12 horas depois

Vantagens: Não exige pausa na relação sexual para ser colocado. A mulher pode pôr o diafragma horas antes do encontro

Desvantagens: Não protege contra DSTs. Tem baixa eficiência se não for usado com outro anticoncepcional, como um espermicida (que mata espermatozóides)

PÍLULA

O que é: Comprimido que interrompe a ovulação por meio da ação de dois hormônios. As mais comuns são a pílula de uso contínuo, tomada por três semanas a cada mês, e a pílula do dia seguinte, usada até 72 horas após a relação sexual

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Vantagens: Quando bem utilizada, possui eficiência superior a 99%, além de diminuir o sangramento durante a menstruação

Desvantagens: Não protege contra DSTs. Algumas mulheres têm dores de cabeça e enjôos, especialmente com a pílula do dia seguinte, que contém uma dose mais forte de hormônios

CAMISINHAS OU PRESERVATIVOS

O que são: Capas de lâtex que impedem o contato do espermatozóide com o óvulo

Vantagens: Se bem utilizados, impedem a gravidez em 95% dos casos, também protegem contra DSTs , como a aids

Desvantagens: Perdem a eficiência quando aplicadas de forma inadequada. Se a camisinha for colocada no pênis com ar na ponta, ela pode estourar e raspar.

ADESIVO TRANSDÉRMICO

O que é: Adesivo de 20 cm que libera hormônios para evitar a ovulação. É trocada a cada sete dias por três semanas. Na quarta semana, não se usa o adesivo

Vantangens: Colocação simples. Outra opção contra os efeitos colaterais da pílula

Desvantagens: Não protege contra DSTs e não pode ser retirada nem na praia

IMPLANTE SUBDÉRMICO

O que é: Bastonete inserido sob a pele dp braço, que lidera um hormônio anti-ovulação. Seu efeito dura até cinco anos

Vantagens: Além da alta eficiência (o risco de gravidez é de apenas 0,05%), interrompe a menstruação, as cólicas e a tensão pré-menstrual (TPM)

Desvantagens: Não protege contra DSTs. Para retirar o implante, é preciso fazer uma pequena cirurgia

Leia também:

– Como funciona a pílula do dia seguinte?

– Como é feita a camisinha?

– Como não engravidar se a camisinha estourar?

– Como funciona a pílula masculina?

O coito interrompido é um método contraceptivo, que embora desaconselhado pelos profissionais da saúde, pode reduzir as chances de engravidar, já que consiste na retirada do pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação, diminuindo o risco do espermatozoide fecundar o óvulo e acontecer a gravidez.

Embora esse método seja ainda muito usado, não é totalmente seguro na prevenção da gravidez e, além disso, também não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis (IST's), como sífilis, gonorreia e clamídia, por exemplo.

Por que o coito interrompido é o metodo contraceptivo inseguro

É possível engravidar?

O coito interrompido tem 78% de eficácia, ou seja, cerca de 2 em cada 10 mulheres que praticam este método, podem engravidar. Mesmo que o pênis seja retirado da vagina, há sim possibilidade de gravidez, o que se pode dever a dois motivos:

  • O homem pode ter dificuldade de controlar o momento da ejaculação e ela acabar acontecendo quando o pênis ainda estiver dentro da vagina;
  • Mesmo antes da ejaculação, o homem ainda pode ter uma pequena quantidade de espermatozóides na uretra, de uma ejaculação recente anterior, que podem chegar até o óvulo e fecundá-lo, dando início à gravidez.

Caso o casal deseje utilizar o coito interrompido como método contraceptivo, é recomendado que o homem urine entre cada ejaculação com o objetivo de eliminar os espermatozoides que ainda estariam presentes na uretra.

Além disso, também é importante que o homem tenha capacidade de controle para retirar o pênis no momento certo, de forma a não ejacular dentro da vagina. Caso isso aconteça, a mulher deve ir ao ginecologista, porque pode ser necessário tomar o anticoncepcional de emergência. Veja como funciona a pílula do dia seguinte.

Por que o coito interrompido não é recomendado?

O coito interrompido não é recomendado pelo fato de ser pouco eficaz e por não prevenir contra infecções sexualmente transmissíveis, e por isso a sua prática é totalmente desaconselhada.

O ideal é que o casal use uma camisinha para cada contato íntimo para prevenir não só a gravidez, mas também as doenças que podem ser transmitidas via sexual. Conheça os principais métodos contraceptivos.

Quando pode ser uma boa opção

Quando a mulher tem um ciclo menstrual muito regular e consegue saber exatamente quando é o seu período fértil todos os meses, o coito interrompido pode ser uma possibilidade caso o casal não tenha acesso a nenhum outro método contraceptivo, ainda que seja muito arriscado, e haja a possibilidade de engravidar.

Saiba quando é o seu período fértil colocando seus dados a seguir:

Dentre os métodos contraceptivos conhecidos, existe um que é frequentemente utilizado: o coito interrompido. Classificado, assim como a tabelinha, como um método comportamental, ele consiste na retirada do pênis da vagina, segundos antes do orgasmo e, consequentemente, da ejaculação. Desta forma, a liberação do sêmen, contendo grandes concentrações de espermatozoides, acontece externamente, impedindo que ocorra a gravidez.

Pesquisas recentes, conduzidas pela Dra. Rachel K. Jones, do Instituto Guttmacher de Nova Iorque, especializada em assuntos referentes à reprodução humana, apontam que, se utilizado corretamente, esse método é tão eficaz quanto a camisinha. Entretanto, tal constatação foi feita com base em estudos com pessoas adultas e com relacionamento estável; e não foi avaliada a questão de que nem sempre é prazeroso para o homem proceder dessa forma, ao fim da relação sexual, e de que não são poucas as vezes em que a mulher deixa de alcançar o orgasmo.

Durante a relação sexual, o homem libera, aos poucos, o líquido prostático: um lubrificante natural que pode conter, a cada gota, cerca de cem mil espermatozoides! Esse fator, aliado ao fato de que nem sempre há como se ter o controle total sobre essa etapa da relação sexual, caracteriza o método em questão como inseguro para pessoas que desconhecem, de forma profunda, o próprio corpo e as funções biológicas. Além disso, assim como todos os outros métodos contraceptivos, com exceção da camisinha, o coito interrompido não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.