População que fala ingles no brasil

População que fala ingles no brasil
De acordo com a pesquisa, os dois principais obstáculos enfrentados por pessoas que pensam em aprender inglês é a falta do tempo (72%) e os preços altos dos cursos (65%) (Imagem: Pixabay)

O inglês, idioma considerado pré-requisito para diversos processos de seleção, ainda é um empecilho para muitos brasileiros. De acordo com a pesquisa do British Council e do Instituto de Pesquisa Data Popular, apenas 5% da população do país falam a língua, sendo 1% deles fluente.

De acordo com os dados, 91% consideram o idioma como a principal língua dos negócios, sendo considerado como um diferencial pelo RH das empresas. Por saberem da importância do inglês nas empresas, muitos mentem sobre o nível de conhecimento da língua para não perder a vaga.

“As empresas multinacionais que buscam profissionais bilíngues estão aplicando testes de proficiência para comprovar o grau de conhecimento dos candidatos. Não adianta colocar Inglês intermediário no CV”, explica Rodrigo Bucollo, educador há 20 anos e CEO da Best View.

As empresas tendem a requisitar domínios como a fala e a compreensão oral, que normalmente facilitam o contato com clientes, fornecedores e representantes em outros países. Sendo assim, é mais interessante investir em cursos práticos para dar vivência aos funcionários. “Para atender as necessidades do mercado, o curso precisa ser prático e oferecer situações relacionados ao cotidiano empresarial”, destaca Bucollo.

“Normalmente, a prioridade das pessoas é desenvolver a carreira na operação da empresa e acabam deixando o inglês para depois. Mas, ao chegar em cargos de gerência, não conseguem liderar uma reunião e, muito menos, apresentar os resultados obtidos no idioma”, exemplifica.

De acordo com a pesquisa, os dois principais obstáculos enfrentados por pessoas que pensam em aprender inglês é a falta de tempo (72%) e os preços altos dos cursos (65%).

População que fala ingles no brasil

Brasil tem baixo índice de pessoas com domínio da língua inglesa

Na hora de procurar uma vaga de emprego, o domínio do inglês faz falta.

A periferia de uma grande cidade brasileira é o lugar de onde o empresário Gustavo Fuga dos Reis veio e para onde ele quis voltar. Aluno de escola pública, Gustavo só descobriu que a importância do inglês quando fez falta. Ele quer mudar essa história com um modelo de negócio que torna acessível o ensino da língua.

“É um negócio de impacto porque, mais do que ensinar inglês, a gente acredita que, se a gente dá a oportunidade para as pessoas que mais precisam, elas mudam o mundo”, explica o fundador da 4YOU2.

Na prova de inglês, a população brasileira vai mal. No ranking de proficiência com 112 países, o Brasil fica na posição 60, atrás da Argentina (30º), e do Chile (47º), e muito distantes de Portugal (7°), país que também fala português.

O inglês é a língua dos ricos ou muito ricos no Brasil, o que, segundo educadores, é resultado de uma história de erros de política pública.

A visão de que o inglês é essencial é da época do Império, 1809, mas, no começo dos anos 1960, o ensino de um segundo idioma deixou de ser obrigatório e foi assim por três décadas.

Ainda que, em 1996, o inglês tenha voltado para a grade curricular, especialistas dizem que ainda não temos um método eficiente de ensino acessível a todos. Ficar de fora de um mercado cada vez mais global é o preço que o país paga.

“Verdade seja dita, o Brasil nunca lecionou bem a segunda língua, porque nós não temos professores em número suficiente, e nós também não desenvolvemos metodologias que estruturem a política pública de ensino de língua estrangeira. Estamos muito atrasados, mas a boa notícia é que isso dá para ser revertido. Existem várias alternativas, metodologias novas, muitas ideias que surgiram no ensino de idiomas que podem ser aproveitadas pelo país”, ressalta o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da USP.

Quem fala a língua dos recrutadores sai na frente. Dados de uma agência de recrutamento revelam que o estagiário ou o trainee com inglês fluente ganha mais que o dobro do que o colega de função com inglês básico. Profissionais com diploma de curso superior recebem 65% a mais e, se for diretor, 90% a mais.

“As empresas buscam os profissionais que tenham a capacidade técnica para fazer aquela função e que também consigam se comunicar com os outros países e com os profissionais que estão alocados em outros países, especialmente no trabalho remoto, e isso exige que o inglês faça parte dos requisitos das vagas que são publicadas”, afirma Fernando Morette, presidente da Catho.

O mais jovem editor de um site americano de tecnologia alcançou um lugar no mercado internacional sem sair do Paraná.

“Se eu for comparar com um cargo parecido aqui no Brasil, o salário comparado com a cotação, chega a ser cinco, seis vezes maior do que uma pessoa, no mesmo cargo que eu, ganha aqui no Brasil. Se eu não tivesse um domínio da língua para escrever os textos, eu não conseguiria ter esse trabalho que eu faço hoje”, diz Filipe Espósito.

População que fala ingles no brasil

De acordo com levantamento recente realizado pelo British Council, apenas 5 por cento da população brasileira sabe falar inglês. Com os olhos do mundo voltados para o Brasil por causa da Copa, a falta de fluência na língua inglesa representa risco de perda de oportunidades para estudantes, profissionais e empresas.

Um estudo do site Vagas.com feito com 37.389 candidatos em 12 estados mostrou que 51% informam ter inglês avançado ou fluente para escrita e leitura. Porém, destes, ficou provado, após teste de proficiência, que somente 36% podem ser considerados avançados ou fluentes.

A Global English, empresa especializada em fornecer soluções corporativas para o ensino de inglês, fez uma pesquisa com 108 mil empregados de multinacionais em 76 países. Os 13 mil brasileiros que responderam ao teste tiraram nota 2,95 (em um total de 10), deixando o país em 67º lugar.

*Ilustração/Divulgação.

O Brasil é um dos poucos países do mundo cuja maior parte da população só fala uma língua. Já no resto no mundo, bilinguismo é regra. Ou a criança aprende um dialeto com os avós, ou aprende na escola outra língua. A maioria das pessoas do mundo é bilingue. Estima-se que 43% da população mundial seja bilíngue enquanto menos de 40% fala uma só língua.

O Brasil também tem um dos números mais baixos do mundo de pessoas que podem se comunicar em inglês. Segundo o British Council, só 5% da população consegue se comunicar e só 1% é fluente. Em um estudo divulgado em 2017 realizado pela empresa especializada em ensino de idiomas EF Education First, o Brasil ficou em 41º colocado no ranking de proficiência em inglês. Foram 80 países analisados, e ficamos abaixo do Equador, Chile, Peru, México, Turquia, Indonésia, e Vietnã, dentre muitos outros.

De acordo com Roberta Maldonado, mestre em ensino de inglês pela Universidade de Londres, indiferente à idade e circunstância, qualquer pessoa pode se tornar proficiente em uma segunda língua, independente de apresentar ou não um sotaque. “Bilíngue é quem se vira na segunda língua nas situações nas quais precisa se virar. Uma pessoa não precisa ser capaz de ler e escrever na segunda língua para ser considerada bilíngue, por exemplo”, explica.

A especialista também explica quais as vantagens de ser bilíngue. “A partir da hora que ela tem duas línguas à disposição, tanto para pensar, quanto para falar, a pessoa bilíngue precisa fazer escolhas constantes: usar esta estrutura ou aquela naquela outra língua? E é essa “musculação” constante que faz o cérebro ficar mais apto. Mas isso é comprovado cientificamente? Pesquisadores encontraram diferenças de peso, aspecto e de funcionamento entre cérebros de monolíngues e cérebros de bilíngues em repetidos experimentos e já são dezenas de artigos científicos reiterando esta diferença”, ressalta.

Roberta diz que, de acordo com esses estudos, tudo indica que pessoas que falam mais de uma língua, desenvolvem melhor as suas habilidades multitarefa, tem melhor memória, tomam decisões mais rapidamente e tem uma capacidade de observação mais aguçada. E, como se não bastasse, de acordo com estudo de 2013, quem fala duas línguas tem um cérebro saudável por mais tempo. Este estudo foi realizado pelo doutor James Mortimer, da Universidade do Sul da Florida, nos Estados Unidos e concluiu que falar uma segunda língua aumenta em até quatro anos e meio o tempo de cérebro sem demência, incluindo Alzheimer.

Para adultos que só falam uma língua, a idade média para os primeiros sinais de demência começarem a se manifestar é 71. Entre adultos que falam duas ou mais línguas, os sintomas só começam, em média, aos 75,5. A pesquisa também considerou fatores como escolaridade, nível de renda, sexo e saúde física, mas esses aspectos não alteraram os resultados. O determinante aí foi a segunda ´língua. E não importa em que idade a pessoa tenha aprendido a segunda língua.

Uma diferença significativa na idade de início foi encontrada na incidência da doença de Alzheimer, bem como demência senil e demência causada por acidente vascular, e também foi observada em pacientes analfabetos. Não houve benefício adicional em falar mais de dois idiomas. O efeito bilíngue na idade de início da demência foi demonstrado independentemente de outros fatores. Este é o maior estudo até o momento documentando o início tardio da demência em pacientes bilíngues e o primeiro a mostrá-lo separadamente em diferentes subtipos de demência. É o primeiro estudo que relata uma vantagem bilíngue entre os analfabetos, sugerindo que, mesmo sem escrita e leitura, a segunda língua afeta positivamente o cérebro.

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