Todos os anos, milhares de pessoas concorrem para o cargo de diplomata no Brasil. O diplomata é o profissional que representa o seu país em outras nações, estabelecendo acordos, dando suporte a viajantes e imigrantes, promovendo interesses de seu país, entre outras funções. Para ser diplomata, é preciso realizar um concurso público que ocorre anualmente, desde 1946, e é promovido pelo Instituto Rio Branco. Show A carreira exige formação em qualquer curso superior e, embora não seja obrigatório, muitas pessoas se formam em Direito ou Relações Internacionais visando esse objetivo profissional. Conheça um pouco mais sobre a carreira e veja também os diferentes olhares que os cursos de Direito e RI oferecem em relação a essa função! A carreira de diplomataSer diplomata é de fato um objetivo profissional bastante desafiador, tanto em relação ao processo seletivo, o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD), quanto às funções desempenhadas por esse profissional, que envolvem negociar com centenas de países e representar a sua nação nas diversas frentes internacionais que ele participa. Portanto, como é de se imaginar, é preciso alcançar um nível de conhecimento bastante profundo acerca dos temas que circundam esse trabalho. A começar pelo concurso público que se divide em três fases. São elas:
Diante disso, observa-se que é uma carreira que demanda bastante tempo de estudo, bem como uma formação acadêmica bem ampla. No entanto, percebe-se também que uma formação na área das Ciências Humanas possui mais relação com a ocupação, incluindo as próprias disciplinas referentes ao concurso. Tal fato pode se atribuir também ao próprio perfil vocacional dos profissionais. É comum ver vocações multidisciplinares na carreira diplomática, incluindo músicos, artistas e escritores. Um exemplo famoso é o poeta Vinicius de Moraes, que foi também diplomata, além de ter atuado em áreas como a literatura, música e teatro. Área das Ciências HumanasA carreira diplomática passa por diversas questões humanitárias importantes, exigindo do profissional uma visão de mundo bastante comprometida com as bases do desenvolvimento da sociedade, incluindo aspectos históricos, sociais, demográficos e simbólicos (como a linguagem). Sendo assim, há uma tendência maior de busca pela carreira entre estudantes e profissionais das áreas de Humanas. Logicamente, o fato de alguém ser formado em Engenharia não impede que ele preste o concurso público, pois o conhecimento nas áreas referidas é um patrimônio intelectual comum a todas as áreas de estudos, embora não seja necessariamente aprofundado nas ciências exatas. Portanto, uma pessoa que esteja interessada em ser diplomata precisa ter em mente que, independentemente da sua formação acadêmica, é preciso se dedicar aos saberes relacionados às Humanidades. Direito x Relações InternacionaisSendo duas das principais escolhas de futuros diplomatas, os cursos de Direito e Relações Internacionais oferecem uma base teórica sólida para o CACD. Como vimos acima, grande parte do conteúdo programático das provas cobre conhecimentos básicos e específicos de Direito e Políticas Internacionais. Logo, é de se esperar que os cursos estejam entre as preferências para quem escolhe esse caminho. No entanto, quando há dúvida entre as duas trajetórias acadêmicas, existem pontos importantes a serem esclarecidos a fim de facilitar a escolha. Veja alguns aspectos particulares dos cursos de Direito e RI em relação à carreira diplomática. DireitoTodos os ramos do Direito são passíveis de relacionamento com a diplomacia, principalmente, é claro, o Direito Internacional Público. Essa relação ocorre desde tempos remotos e se prolongou com a criação das embaixadas permanentes. Além de negociar, a diplomacia possui um compromisso com a proteção dos direitos de seu país e, portanto, transmite uma ideia bastante familiar ao Direito. Para uma compreensão completa e eficiente das funções diplomáticas, é de extrema importância o domínio do conhecimento da Teoria Geral do Direito no que se refere a conceitos como atos jurídicos, pessoas jurídicas, competência, responsabilidades, entre outros. Além disso, é comum existir também a necessidade pelo conhecimento de direitos civis nas missões diplomáticas e repartições consulares. É importante lembrar, também, que o próprio concurso cobra bastante conhecimento na área. Relações InternacionaisEmbora muitas pessoas pensem que o curso de Relações Internacionais seja quase uma preparação direta para a carreira diplomática, não é bem assim que o curso funciona. Há muitas outros assuntos englobados na carreira de RI. Além de seguir a carreira diplomática, que é, sim, uma possibilidade para quem faz o curso, o profissional pode se compremeter em diversas outras áreas como:
Dentro de cada atuação, há uma série de fatores contidos que possuem mais relação com escolhas pessoais, aptidões e vocações do que, necessariamente, com a decisão pelo curso. ConclusãoNão é difícil perceber que ambas as áreas têm muito a oferecer para quem deseja seguir a carreira diplomática, embora tenham enfoques diferentes. A escolha por um curso apenas direcionará o caminho, porém, como há toda uma preparação antes de ser realizado o processo de admissão e até mesmo após a aprovação, ela não determinará o rumo do futuro diplomata. A dedicação específica para o cargo pode ser conquistada tanto por um profissional formado em Direito quanto por um formado em RI, pois um e outro precisam ter os conhecimentos requeridos pela função. É preciso levar em conta que diante de uma escolha como essa, fatores pessoais exercem um peso importante para seguir com a carreira. Os objetivos individuais devem estar alinhados com as possibilidades e condições que ser diplomata oferece, principalmente, em relação às funções desempenhadas e às mudanças recorrentes que a profissão pode exigir. Gostou desse conteúdo e quer sempre receber textos atualizados como esse na sua caixa de e-mail? Assine nossa newsletter e mantenha-se informado! É exigido do profissional que deseja se tornar um diplomata curso superior completo em qualquer área. Além disso, deve ser aprovado em concurso público (Concurso de Admissão) realizado pelo Instituto Rio Branco, órgão responsável pela formação dos diplomatas brasileiros e que está ligado ao Ministério das Relações Exteriores. Ao ingressar na carreira de diplomata, o profissional terá um treinamento contínuo e intenso, para que ele seja capaz de representar o Brasil no exterior e lidar com as mais diversas situações da política externa e relações internacionais. Além disso, o diplomata precisa ser fluente em outros idiomas, principalmente inglês e a língua do país onde atuará. Se você gostaria de se profissionalizar como diplomata e fazer sua faculdade com uma bolsa de estudo em Relações Internacionais, por exemplo, veja as ofertas disponíveis na Quero Bolsa
As mudanças nas relações internacionais estão ocorrendo de maneira acelerada e intensa. A cooperação entre povos e países no século XXI demanda esforço e atenção contínuos. O Brasil, por sua história e tradições diplomáticas, tem autoridade para reivindicar papel ativo na construção de um mundo mais próspero, estável e justo. Em nome da sociedade brasileira e na defesa dos interesses nacionais, o Itamaraty tem importante contribuição a dar ao ordenamento futuro das relações internacionais. E você pode fazer parte desse trabalho.
O Itamaraty tem tradição de servir ao interesse público. José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, legou-nos um padrão de excelência que nos esforçamos em manter. Hoje, sucedem-se reuniões de Chefes de Estado e de Governo, congressos de parlamentares, encontros empresariais, seminários técnicos, conferências de organizações não-governamentais, numa indicação clara de que os temas internacionais interessam crescentemente um número maior de representantes da sociedade. Para o Itamaraty, tal evolução enriquece e pauta a atuação do diplomata. No exercício de suas funções de defender os interesses do Brasil no exterior e de contribuir para o entendimento entre os países, o diplomata tem de estreitar a coordenação também com a sociedade da qual provém. Essa noção de diplomacia pública, que orienta as atividades do Itamaraty, constitui a principal fonte de renovação e, ao mesmo tempo, de legitimidade da carreira diplomática. A vocação de serviço público do diplomata brasileiro pode ser também a sua.
O Ministério das Relações Exteriores é o órgão do governo encarregado de auxiliar o Presidente da República na formulação da política externa brasileira, assegurar sua execução e manter relações com governos estrangeiros – dimensão bilateral da diplomacia – e com organismos internacionais – dimensão multilateral. Dentre as funções principais do Itamaraty, destacam-se:
O nome Itamaraty vem da associação da sede do Ministério na Rua Larga, no Rio de Janeiro, desde 1899, a seu antigo proprietário, o Barão Itamaraty. O costume tornou-se lei em 1967. Em Brasília, na Secretaria de Estado das Relações Exteriores (SERE), a estrutura do Itamaraty foi concebida para permitir melhor coordenação, sem centralização, das questões de interesse para a política externa. Tal coordenação não se esgota dentro do Itamaraty, entre a SERE e os postos no exterior, fundamental, aliás, para garantir a coerência e a solidez das posições que o país deve assumir no plano internacional. Começa, na verdade, no estreito relacionamento que o Itamaraty mantém com os demais órgãos da Administração Pública nacional e, de maneira crescente, com os setores mais representativos da sociedade brasileira, com vistas a fortalecer a legitimidade de nossa política externa. O Instituto Rio Branco (IRBr) foi criado em 18 de abril de 1945, como parte da comemoração do centenário do nascimento de José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira. Em março de 1946, estabeleceu-se o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata do IRBr, cuja primeira turma foi composta de 27 Cônsules de Terceira Classe, como se chamavam então os Terceiros-Secretários de hoje. É desta data também a obrigatoriedade de concurso público pelo IRBr para o acesso à carreira. Os objetivos do IRBr são:
Ao longo de seus mais de 70 anos, as mudanças nas necessidades da atividade diplomática resultaram em ajustes regulares nas normas e nos programas do Instituto, com vistas a manter atualizada a formação do diplomata brasileiro. |