Para os gregos, a política tem como objetivo concretizar a vida justa e feliz

Análise comparativa das teses políticas e jurídicas de Platão e Aristóteles

 Para Platão (2000) e Aristóteles (2001) a ética e a política são as ciências por excelência. Todas as demais ciências estão subordinadas a elas e delas se servem. A ética é a doutrina moral do indivíduo e a política é a doutrina moral da sociedade.

Na Grécia antiga o indivíduo não era concebido individualmente, mas, apenas como um membro da cidade (pólis). Platão (2000) tinha a mesma visão. Somente como cidadão o indivíduo poderia participar das decisões políticas da cidade. E somente participando das decisões políticas da cidade ele teria uma razão de ser.

Para Platão (2000), todos os homens se julgam capacitados para exercer a política. Mas isso é um grande equívoco, pois, a arte da política é para poucos. Somente os mais capacitados intelectualmente (filósofos) estão preparados para bem exercer a administração da cidade em benefício de todos.

A má administração de alguns homens faz com que a injustiça prolifere na cidade. O objetivo da política, para Platão, é exatamente corrigir essa injustiça. É tornar justo aquilo que é injusto.

A concepção política de Platão, segundo Helferich (2006), é basicamente idealista. Ele idealiza uma cidade opulenta e saudável em que cada um atue conforme sua natureza e no momento oportuno. Esta seria sua cidade ideal. Esta seria sua cidade justa.

Para Platão (2000), a justiça nada mais é do que a harmonia que deve se existir entre as quatro virtudes: a moderação, a coragem, a sabedoria e a própria justiça.

Essas quatro virtudes (que devem estar presentes no Estado ideal) analisadas por Platão são uma continuidade do pensamento socrático a respeito da vida virtuosa. Aquilo que Sócrates analisa no indivíduo em particular, Platão estende ao Estado como um todo (HELFERICH, 2006).

A moderação coloca em equilíbrio as vontades e o poder de realizá-las. Ela faz com que o indivíduo evite excessos e aja de forma comedida e prudente. Além disso, harmoniza o indivíduo internamente e no seu convívio com os demais.

A coragem é atitude firme sem hesitação, sem temor ou sem fraqueza no enfrentamento de situações emocionalmente difíceis ou perigosas. Deve ser aplicada nas guerras e nas invasões ou defesas de cidades.

A sabedoria é a maior de todas as virtudes. É o conjunto de conhecimentos que constitui a própria essência da alma. É a virtude suma em que se baseiam as revelações divinas e por isso aproxima o indivíduo de Deus.

E a justiça é a virtude fundamental que deve ser comum a todos. Através da justiça ocorre o relacionamento harmonioso entre os indivíduos da (pólis) sociedade. É a justiça que faz com que todos os direitos sejam respeitados.

Cada cidadão tem naturalmente uma função a desempenhar na sociedade. Quando cada cidadão desempenha a sua função de maneira excelente, está realizando a perfeita justiça.

Platão (apud REALE; ANTISERI, 2005), quer descrever a cada habitante da pólis qual deve ser a sua atividade de acordo com o predomínio de uma ou outra virtude. Assim, a sociedade pode ser dividida em classes, melhor dizendo, em estamentos: o povo, os guerreiros e os filósofos.

O povo deve assegurar a subsistência da cidade através da agricultura, da pesca, do artesanato e dos pequenos comércios; os guerreiros devem fazer a defesa da cidade ou atacar outras quando isso lhes for determinado; os filósofos devem legislar e governar a cidade, pois, são os detentores da justa medida.

Quando cada habitante da pólis realiza da melhor maneira possível o seu dever, conforme a sua natureza o objetivo da cidade-estado é alcançado, ou seja, o bem comum e a felicidade.

Platão (apud HELFERICH, 2006) distingue cinco formas de governo, são elas: a aristocracia (governo de uma classe privilegiada), a timocracia (governo dos ricos), a oligarquia (governo de um pequeno grupo), a tirania (governo injusto, cruel e às vezes ilegítimo) e a democracia (governo do povo).

Na concepção de Platão a melhor das formas de governo é a aristocracia (governo dos privilegiados ou dos melhores).

Com relação a Aristóteles, pode-se dizer que ele foi o primeiro grande sistematizador da política. Aristóteles, ao contrário do seu mestre Platão, voltou suas atenções para o mundo físico, analisando a política de uma maneira muito mais realista do que seu mestre (HELFERICH, 2006).

Para Aristóteles (2001) o homem não se basta a si mesmo. Viver é relacionar-se; pais e filhos, marido e mulher, amigos, vizinhos. Logo, o homem está destinado a viver em comunidade, ou seja, o homem é um animal político por natureza.

Aristóteles foi muito feliz ao perceber que todo ser vivo tende, naturalmente, à vida comunitária e o homem, por ser também um animal, age da mesma forma. Segundo ele, o homem que não quer viver em sociedade ou é um Deus ou uma fera (REALE; ANTISERI, 2005).

No primeiro livro de Política, Aristóteles (2001) faz uma análise do surgimento do Estado a partir das relações existentes entre homem e mulher que constituem uma família, algumas famílias formam uma aldeia, algumas aldeias uma cidade (pólis), algumas cidades o Estado. Assim, o Estado surge de maneira natural, mas uma vez existindo ele passa a ter uma função: o bem-comum, a felicidade de todos. Da mesma forma que é impossível imaginar a mão sem o corpo é impossível imaginar o indivíduo sem o Estado.

Outro dado importante a ser citado é que Aristóteles (apud HELFERICH, 2006) aceita como sendo natural e, portanto, justa a divisão da sociedade em estamentos. Com relação ao problema da escravidão, Aristóteles afirma que a mesma é absolutamente natural. A natureza do escravo é servir e obedecer ao seu senhor ao passo que a do senhor é dar ordens aos seus escravos/subordinados. Isto é, aquele que é capaz de usar seu intelecto é por natureza o governante, enquanto que aquele que não possui essa capacidade é naturalmente o servo. Essa dominação que o senhor exerce sobre o escravo, portanto, é útil e necessária e natural.

O cidadão, para Aristóteles (2001), é aquele que após ter passado pelas etapas de uma boa educação (Paidéia), torna-se apto a participar da direção e administração da cidade. O cidadão probo, justo e um filósofo por natureza é o governante ideal para a pólis.

Podemos perceber melhor isso através do fragmento 1252 b (ARISTÓTELES, 2001)

O homem, quando perfeito, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando afastado da lei e da justiça, pois a injustiça é mais perniciosa quando armada, e o homem nasce dotado de armas para serem bem usadas pela inteligência e pelo talento, mas podem sê-lo em sentido inteiramente oposto. Logo, quando destituído de qualidades morais, o homem é o mais impiedoso e selvagem dos animais.

O objetivo da política para Aristóteles (2001) é investigar qual a melhor forma de governo para uma cidade-estado. Ele próprio faz essa investigação e chega à seguinte pergunta: o que é melhor? A monarquia (que é o governo de um só, cujo caráter e valor estão na unidade) ou a tirania (que é a degeneração da monarquia), a aristocracia (que é o governo de uma classe privilegiada, cujo valor está na organização) ou a oligarquia (que é a degeneração da aristocracia), a democracia (que é o governo de muitos, cujo caráter e valor estão na liberdade) ou a demagogia (que é a degeneração da democracia).

Aristóteles (apud REALE; ANTISERI, 2005) chega à conclusão de que a melhor forma de governo não é nenhuma dessas citadas acima, mas a timocracia (governo dos ricos). Nesta forma de governo o poder político estaria nas mãos de homens selecionados de acordo com a sua renda e eles deveriam governar para o bem comum. Mas, dentre as formas de governo existentes a melhor delas é a democracia.

Como podemos perceber, as teses políticas de Platão e Aristóteles são divergentes essencialmente no seguinte aspecto: Platão idealizava uma sociedade (pólis) justa e perfeita, que ele chama de opulenta ou saudável. Aristóteles já está mais preocupado com o mundo físico e analisou a política de uma maneira muito mais realista.

Podemos dizer, grosso modo, que Platão se preocupou mais em analisar como a política deve ser. Já Aristóteles se preocupou mais em analisar como a política é de fato.

Entre os pontos convergentes das teses políticas de Platão e Aristóteles podemos destacar o fato de ambos aceitarem que uma sociedade dividida em estamentos (em que cada indivíduo exerce da melhor maneira possível aquilo que lhe é determinado pela sua natureza) é uma sociedade justa.

Por fim, ambos também entendem que o objetivo primordial da política é a constituição de um Estado que privilegie a educação, a felicidade e o bem comum de seus membros.

Referências Bibliográficas:

ARISTÓTELES. Política. São Paulo: Martin Claret. 2001.

HELFERICH, Christoph. História da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret. 2000.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2005. v. 1.

A política é a atividade de organização da vida social através da elaboração de seu ordenamento jurídico, tomando por base o princípio ético universal de promoção da dignidade humana, gerador do bem comum. Assim, do ponto de vista formal, a política é por natureza ética, pois, ela se funda na ética para elaborar as leis que regem o meio social. Contudo, há uma falta de ética no exercício da política no meio social. Em que sentido se dá essa falta de ética? 

Com este fórum pretende-se discutir:

  •  As relações entre ética e política.
  • A natureza ética da política.
  • A falta de ética no exercício político.
  • A necessidade de se exercer eticamente a política.

Aspectos avaliativos do Fórum: 

1. Os participantes devem apresentar ao menos duas postagens, observando todos itens acima;

2. Comentar a postagem, de pelo menos um colega, de forma fundamentada.

3. Participar durante o período do Fórum, possibilitando a contribuição da tutoria a distância, bem como dos demais colegas.

Material complementar

 - Texto: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. Unidades III- Moral e IV- Política.

Sejam bem vindos ao nosso fórum temático. Vamos debater sobre ética e política, um tema fundamental para o bem comum e a dignidade humana, bens tão violados pelos gestores públicos, que deveriam, por princípio, primar por sua efetivação. Vamos ler o referencial teórico, analisar a charge e a nossa realidade, para discutirmos as questões propostas nesse fórum. Estou à disposição de todos para debater o tema, tirar dúvidas e contribuir para sua compreensão e produção das tarefas postadas. Vamos ao debate. .

Olá Turma!

Há muito o que refletir  no tema: ¨Ética e Política¨,  no Forum Temático.

Então vamos lá!  Que acham de dar uma boa examinada em todo o material  disponível de Filosofia e Ética, para que a participação de todos seja bem dinâmica e enriquecedora?  Vale a pena se envolver.

Até porquê é de suma importância leituras prévias e estudo individual como também em grupo. Se encantarão ao perceberem a importância do tema “Ética e Política” dentro da Filosofia: é fascinante!

Aristóteles disse que “o homem é por natureza um animal político” (zoon politikon) no seu livro Politica. A tendência para a realização daquilo que é seu bem o impele para a ¨polis¨. Na polis (cidade) o homem vive numa sociedade regida por leis e costumes. Aí desenvolve seu potencial e percebe seu fim natural – o contexto social. Nele busca a felicidade. No seu livro Ética a Nicômaco advoga que a felicidade suprema reside na busca da sabedoria (virtudes) para seu próprio bem.  É um estudo de escolha em ação: como o homem deve viver para viver melhor. Obviamente toda a Polis se beneficiará.

Outra coisa: você é um(a) administrador(a) em todo tempo – o tempo todo. Administre bem o seu tempo e bom estudo!

Enfim, vamos repensar isso tudo no âmbito Ético e Político¨!?

Que Deus nos abençoe..

Ceni Rangel de Almeida

Tutora a Distância

Olá turma!

Há um ditado popular que diz: ”o tempo voa”. Isto é; ele passa rapidamente.

Sabe, daqui a pouco termina o período estipulado para nossa disciplina.

Comece a estudar agora. Se você ficar adiando vai se prejudicar.

O Prof. Piccini diz o seguinte: “Comece onde está. Use o que você tem. Faça o que puder.”

Vamos lá? O tempo urge! Não deixe para última hora. Será bem melhor pra você.

Att. Ceni Rangel Almeida

Em nossas relações cotidianas, na atual sociedade em que vivemos onde o desejo obsessivo, a possessão de consumo de bens materiais é a nova ordem estabelecida pela sociedade, as pessoas querem a qualquer custo obter um prestígio social, e hoje "se da" através de seu status social, através de seus bens materiais. Prevalecem o desprezo ao tradicional, ao princípio da ética (respeito pelas pessoas, beneficência e justiça), que são os três princípios fundamentais da ética.

O Brasil vive uma crise profunda, no qual Canaã dos Carajás também está passando por uma crise na política, onde os valores éticos foram "esquecidos" e a política se tornou apenas um meio de benefício próprio e de prestígio social.

Aos poucos operações jurídicas estão sendo realizadas, julgando e punindo os corruptos, no intuito de reestabelecer a ética na política e garantir o princípio ético.

Vale ressaltar as palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello ao afirmar que " a lei não deve ser fonte de privilégios ou perseguições, mas instrumento regulador da vida social que necessita tratar equitativamente todos os cidadãos".

Mello, Celso Antônio Bandeira de. O conteúdo Jurídico do princípio da igualdade. São Paulo: Malheiros, 2000, p.10.

Oi Lauana.

Parabéns pela postagem no Forum Temático.

Foram colocações pertinentes.

No final do 1º parágrafo menciona três princípios fundamentais da ética, no entanto é necessário colocar a referência bibliográfica para respaldar o que diz.

Você acha que apenas a interferência jurídica será suficiente para restabelecer e garantir o princípio ético na gestão política da nossa sociedade?

Quero lembrar que é importante trabalhar bem os itens indicados para  discussão.

Parabéns! Continue!

Att. Ceni Rangel de Almeida.

Boa Tarde!

Para complementar o que minha colega Lauana disse em referência a crise ética na política em Canaã dos Carajás, aponto o que o G1 Pará noticiou essa semana: 

"O prefeito de Canaã dos Carajás, Jeová Gonçalves de Andrade (PMDB), foi afastado do cargo por até 180 dias a partir desta quarta-feira (28) por determinação judicial, após denúncia do Ministério Público de irregularidades na contratação de serviços de um escritório de advocacia. A Justiça também determinou o bloqueio de bens do gestor até o limite de R$1.479.127, 28."

Caso venha ser comprovada, tal denúncia evidenciara mais uma vez um caso clássico em que um gestor público é moralmente incorreto, ferindo a ética da administração pública. Uma vez que a contratação desse escritório era totalmente dispensada por já haver procuradores de justiça concursados fazendo esta função a qual o escritório foi contratado, deixando ainda mais subentendido que o verdadeiro motivo da contratação deste escritório era fazer fraude nos processos licitatórios e contratos das empresas contratadas.

(Em: //g1.globo.com/pa/para/noticia/prefeito-de-canaa-dos-carajas-no-pa-e-afastado-por-suspeitas-de-improbidade-administrativa.ghtml. Acessado em: 03 de março de 2018)

Oi Andréia, muito bom seu reforço às colocações feitas  pela Lauana,  adicionando essas citações.

Quero incentiva-la a desenvolver a temática proposta no Forum da disciplina  e  aprofundar mais a situação de sua cidade, se assim quiser.

 Será interessante pesquisar mais, tanto o tema quanto o problema, e colocar com suas próprias palavras. Obviamente haverá algumas citações necessárias.

Há muito o que refletir dentro da temática.

Continue, Vá em frente!

Att. Ceni 

Boa tarde!

Cara Colega Andréia, achei muito pertinente sua colocação em relação à situação do gestor de nossa cidade, onde nós vemos nada mais nada menos que o retrato não só da situação política do município de Canaã dos Carajás, mas do Brasil.

Infelizmente nossa situação atual não é boa! Pra falar a verdade é uma das piores que já aconteceu nesse país, e isso só reforça o que a matéria sobre Ética e Política nos propõe que é rever nossos conceitos, questionar sobre o que pode ser feito ou o que eu posso fazer para contribuir de forma positiva para que essa cultura tão erronia acabe e essa falta de ética tão comum na política e na sociedade mude.

Olá queridas tutoras, tudo bem?

As pessoas simplesmente vendem seus valores e perdem a ética pelo fato de se corromper politicamente em prol do poder. O sentido da corrupção esta ligado ao falso desejo de governar, ter mais e sempre mais, dando aquele “jeitinho brasileiro” pra varrer a sujeira pra debaixo do tapete, e iludir os cidadãos com o famoso termo “tapar o sol com a peneira” fazendo aquele meio termo para tentar se respaldar perante a população, mas o que esta acontecendo em nosso país é que o povo brasileiro não é mais tão bobo, pois o tapete não consegue guardar mais tanta sujeira, chega uma hora que transborda certo?

A política nasceu para ser exercida junto com a ética a moral e o comprometimento com a população, se ambas andassem juntas o nosso país seria de exemplo de integridade política e não seriamos motivos de chacotas nos jornais internacionais.

A ética tem que começar do eleitor, se nós cidadãos formos corruptos não teremos políticos éticos e não vamos ter o direito de cobrar os deveres do gestor, não venda seu direito, não troque seu voto por um saco de cimento ou por uma dentadura, não apoie um candidato em troca de um cargo de confiança, (Você já se perguntou se você tem ética e conhecimento pra assumir esse cargo? Já imaginou quantas pessoas serão prejudicadas se você não for um profissional qualificado para exercer essa função?)

“Não perca sua moral como cidadão”

“ A ética tem que partir de nos mesmos”

O cidadão eleitor é o principio da política e da ética.

Temos necessidades publicas, como saúde, educação, ruas pavimentadas, etc. Precisamos ser éticos desde o principio para que possamos ter direitos e saber reivindica-los.

Link da imagem: //canalcienciascriminais.com.br/vamos-falar-corrupcao/

 Fonte de inpiração:(CAPÍTULO 8 O mundo dos valores) do Livro de Maria Lucia de Arruda Aranha disponível nesta plataforma.

Olá  Scarlat

Você  abordou questões interessantes de acordo com o tema, Parabéns!

 No entanto  sinto que suas colocações, dentro de um mesmo parágrafo, tem dificuldade de transição. Como se passasse de uma idéia para outra sem a devida interligação .

Fique atenta a concordância verbal.

 Ex: se nós cidadãos formos corruptos não teremos políticos éticos –  no mesmo parágrafo pergunta: Você já se perguntou se você.... apesar de estar entre parênteses.

Esse alerta é a título de ajuda. Na correção final tudo isso é levado em conta.

 Att.Ceni

Verdade, Scarlet.

Muito bem colocada as suas palavras, quando você fala que as pessoas se corrompem politicamente em prol do poder. Alguns cidadãos até entram na politica com boas intenções, porém corrompem-se e acabam deixando a ética, moral e valores de lado.

Positivo nobre colega Leandro!

Alguns cidadãos nasce ético mas a politica o corrompe.

(Não estou generalizando) 

Pois acredito que ainda possa ter cidadãos éticos exercendo a politica e cargos públicos. 

Boa sua colocação, a ética tem que vir de nos de berço, para podermos cobrar ética temos que ter ética, infelizmente nossa sociedade na sua maioria das vezes é aética, tenta se beneficiar na primeira oportunidade, não vota por ideologia política mas vota por benefícios políticos, benéficos esse de interesse próprio e não do bem comum. e para se ter ética na política temos quer ter os dois dentro de nós.

“Os homens são geralmente ingratos, volúveis, fingidos e gananciosos...” (O príncipe- Maquiavél).

Uma marca característica da ética na antiguidade é sua indissociabilidade com a política.

A ética define as regras como nós convivemos, já a política define as regras como nós convivemos para agir. Não existe uma ética da mentira, a ética é a ciência da verdade, é a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade. Política é tudo aquilo em respeito aos cidadãos e ao direcionamento da cidade, a coisa pública; de interesse geral. Etimologicamente, a palavra política remonta “pólis”, termo de origem grega que referenda a concepção de comunidade, processo de participação na sociedade e interesse coletivo.

Para Platão, a ética é inata, são abstrações metafísicas que norteiam a nossa conduta. Aristóteles nos diz que a ética é potência, como um alinhamento de nossas condutas sociais e individuais, ou seja os homens são animais políticos. Já o mais atual, Kant, afirma que a ética é senso de dever, ou seja quando as nossas intenções se traduzem em gestos.

Para os gregos ética e política são a mesma coisa, mas atualmente percebemos que não há essa “união”.

No Brasil, diante dessa paradoxal sociedade, na qual a história deixou tantas marcas de injustiças, nos deparamos com cidadãos descrentes com a realidade política. Como nos diz Santo Agostinho, “O que seriam os reinos, ou seja os governos sem ética, senão um bando de ladrões”.

Quando o cidadão deposita seu voto, o legítimo “voto de confiança”, espera que a conduta política do seu representante esteja intimamente ligada àquilo que se almeja dele, entretanto não é bem isso que temos presenciado, pois os últimos acontecimentos políticos, aos quais o Brasil teve de assistir, não foram nada animadores no que diz respeito às mudanças realmente esperadas.

Assim, o povo brasileiro sofre desilusões em relação a quem confiaram as mudanças, e a partir dessas perspectivas, lembramos das palavras de Maquiavel, que na obra “O Príncipe” nos diz que “os homens são ingratos, volúveis, mentirosos, traiçoeiros, covardes, ávidos por dinheiro”.  Na época, seu pensamento foi considerado maldito pela forma de ver o homem, mas ele apenas adiantava tudo aquilo que nós veríamos um dia.

Na tentativa de criar uma condição de reconciliação da ética e da política no plano prático, precisamos urgentemente mudar de concepção e consequentemente de atitude. Devemos acabar com a percepção de que os nossos representantes fazem “favores para o povo” e muito menos pensarmos que eles são revestidos com uma blindagem de poder, trata-se de funcionários públicos, que são sustentados pelos impostos que pagamos e devem obrigações para a população.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Introdução à Filosofia. São Paulo: Ática, 2011.

SILVA, A.O. Ética na Política? Da sagrada ingenuidade dos céticos ao realismo maquiavélico. Revista Espaço Acadêmico, v.2, n.15, 2002. Disponível : www.espaçoacademico.com.br

Na teoria tudo é lindo, a verdade é que todo povo tem o governo que merece. Poucos brasileiros "depositam" seu voto esperando que seu governante representem bem os interesses do povo, parte, grande parte, votam por interesses pessoais, na esfera municipal, ou por troca de um beneficio de momento ou pela expectativa de um emprego ou algo parecido. 

assisti em um jorna local uma situação que reflete muito bem essa situação. 

O apresentador recebia mensagens da população falando de seus governantes, neste caso, vereadores e prefeito. 

Uma senhora manda uma mensagem reclamando de seu candidato. 

Segundo ela, ele prometeu a ela um emprego, ela votou e se esforçou pra ele ganhar e depois de eleito ele a teria abandonado, não cumprindo com o acordado. 

O apresentador deu um "esculacho" na cidadã, dizendo que bem feito, pois ela trocara seu  voto por uma promessa de emprego e por causa desse tipo de pessoas que todo o povo paga o preço, saúde precária, saneamento básico inexistente, entre muitas outras mazelas. 

O que m chamou atenção quanto a isso não foi o que a senhora fez, trocar seu voto por uma promessa de beneficio individual, isso, infelizmente, chega a ser natural,  mas o extraordinário é o fato de ela achar que estava certa ao ponto de reclamar, de se expor, falando tal situação absurda. Isso mostra que a população age dessa forma como se fosse natural. Vai perguntar uma pessoa como essa o que é ter ética na politica. 

“os homens são ingratos, volúveis, mentirosos, traiçoeiros, covardes, ávidos por dinheiro”.

(O príncipe- Maquiavél)

Ana Cecilia parabéns pela sua colocação.

A frase descrita acima me abriu um leque para reflexão, principalmente quando você citou: 

 "Devemos acabar com a percepção de que os nossos representantes fazem “favores para o povo” e muito menos pensarmos que eles são revestidos com uma blindagem de poder, trata-se de funcionários públicos, que são sustentados pelos impostos que pagamos e devem obrigações para a população " 

O servidor público como você citou tem dever de cumprir com suas obrigações, tanto é que servem a uma sociedade e não a si mesmo, são muito bem pagos através de nossos impostos e da riqueza mineral de nossa cidade para zelar dos interesses do nosso povo.

O falso desejo de governar de alguns políticos os torna ávidos pelo dinheiro de acordo com a citação de (O Príncipe Maquiavel)

Ultimamente nossa sociedade tem sido vitima da falta de ética, moral e conduta, de alguns servidores públicos, deixando o povo a mercê das consequências impostas pela ilegalidade destes, usurpando o dinheiro publico que é direito do cidadão usufruir do mesmo através de recursos administrados pela gestão publica.

Segundo dados do site G1 o prefeito de Canaã dos Carajás foi afasto por improbidade administrativa, pelo fato de irregularidades na contratação de um escritório de advocacia, sendo um valor de R$1.479.127,28, pagos em 84 parcelas pela prestação de serviços para a prefeitura municipal de Canaã dos Carajás. Alega-se que este valor é pago pelo serviço de apoio jurídico dado a prefeitura.

É tão caro assim um apoio jurídico?

Infelizmente a veracidade da frase de (O príncipe Maquiavel) esta contida nos acontecimentos de nossa cidade.

Fontes e dados:

//g1.globo.com/pa/para/noticia/prefeito-de-canaa-dos-carajas-no-pa-e-afastado-por-suspeitas-de-improbidade-administrativa.ghtml

Querida Scarlat, que bom que eu pude lhe ajudar!

Eu li "O príncipe" quando estava no ensino médio, e reavivar as ideias de Maquiavel foi muito satisfatório, pois trata-se da nossa atualidade, o que vem  a ser deplorável, entretanto creio que o povo não está morto! Precisamos de pessoas idôneas no poder , e principalmente da participação da mulher do cenário político, afinal somos a maioria.

Parabéns Ana Cecília !

Suas idéias foram bem concatenadas.

Demonstrou  que  está  se preparando bem  para as tarefas.

É importante aspear as citações, quando as fizer.

Att Ceni

Boa noite!

Cara Colega Ana Cecília, considero uma ótima colocação sua, onde você cita um trecho do livro do historiador e poeta Nicolau Maquiavel: “Os homens são geralmente ingratos, volúveis, fingidos e gananciosos...” Pois retrata uma natureza do homem atual em meio a sociedade, mesmo sendo escrito em 1513 e publicado em 1532. Aliás essa grande obra vem transcendendo gerações e alcançou tão grande importância que é quase impossível se aprofundar em ética e política sem mencionar esse livro, esse autor ou também suas idéias.

Ana esse livro "O Príncipe" é muito bom, Maquiável não mediu palavras ao escrever o livro e por isso ele é muito impactante pois ele fala muitas verdades.

  Concordo com você Ana Cecília nossos políticos são cidadãos como nós ,portanto devem cumprir com seus direitos e deveres.Tem que serem punidos por suas irregularidades e cumprir suas penas como todos os cidadãos.

Olá Tutores e Turma de Administração Pública!

Observo que este Tema é um dos mais agradáveis e complexos que iremos trabalhar em nosso cotidiano e durante todo o curso. 

Certamente teremos que nos aprofundar um pouco mais sobre o conceito/entendimento de Política e Ética. Na verdade é bem mais amplo e complexo do que pensei. 

Observando a charge, que não é um exagero, mostra o que se vive a politica, os políticos brasileiros no cenário atual. A relação entre ética e política que deveria andar lado a lado, hoje parece impossível. Caminham juntos, ao menos é o que se mostra, a falta de ética e os políticos. Ex-presidente na iminência de ser preso, presidente investigado, prefeitos e vereadores afastados etc.

a falta de ética no exercício político junto com um trabalho mais eficaz no poder judiciário, apesar de também se mostrar contaminado, demostra de forma prática que a ética não tem sido vivida nos gestores do Brasil. 

O que se vive no país hoje, com dezenas de milhões de desempregados, educação, saúde, nos faz ver, entender que o exercício da ética tem que ser vivido com urgência em todo o país. 

Como foi citado por colegas o caso de Canaã, prefeito afastado, cito aqui Parauapebas que, por muitos anos, foi e ainda é uma das cidades com maior arrecadação no Pará, e a quantidade de vereadores cassados na ultima gestão mostra que os que deveriam representar e fiscalizar o executivo não o fizeram. 

O fato é que, ao meu entendimento, a falta de ética no meio político diz muito sobre a população brasileiro. Os políticos emergem da população, um país de população honesta, ética, certamente terá em seu governo pessoas com o mesmo perfil. 

Não se pode esperar muito das escolhas de uma nação para os cargos públicos quando sua grande maioria diz não gostar e se recusar a falar de politica. A melhor justificativa de sua grande maioria, " politica e religião não se discute". 

Olá João Batista!

 Anteriormente você compartilhou  a postura da senhora quanto ao seu candidato.  Enriquece muito o debate, até porquê são três interessantes ângulos  e mostram a necessidade de se exercer eticamente a gestão política em nossa sociedade.

 Levanta agora, enfaticamente, uma questão que outros colegas tem abordado de forma implícita .

 E aí gente, como fazer se a sociedade vive na contramão da ética e dela emergem seus políticos?  E a necessidade de se exercer eticamente a política? Como? Trazendo do micro para o macro: como você administraria uma empresa com esse perfil?

Tá aí o último dos quatro itens colocado neste forum para discutir.

 Att. Ceni

Boa tarde João Batista,

Concordo plenamente com você! Analisando a citação que você abordou em seu comentário que é "Os políticos emergem da população, um país de população honesta, ética, certamente terá em seu governo pessoas com o mesmo perfil", é lamentável que a grande maioria da nossa população não é honesta e nem eticamente correta, contudo a meu ver para melhorarmos o perfil de nossa sociedade, teríamos que ter uma educação de qualidade no ensino público e punições mais severas aos políticos que não cumprem as leis. Desta forma nossa política seria mais ética.

Ótimo texto João Batista! Para complementar deixo aqui a informação do Portal da Transparência Internacional, numa pesquisa sobre índice de percepção de corrupção, realizada com 180 países, o Brasil ocupa a 96° posição, já países como a Finlândia, Noruega e Suíça são os com menor índice. Ou seja, é evidente o estrago que a falta de ética na administração do dinheiro público causa, basta comparar de longe nosso país e a Noruega por exemplo, onde se encontra lojas que não possuem nem vendedor o cliente pega a mercadoria e deixa o dinheiro sem o menor problema. Esses são povos que fazem uso da ética e da política e seus princípios. 

Boa noite, João!

Seu ponto de vista é realmente bastante pertinente.

O debate ontem na apresentação da atividade multidisciplinar foi muito rico e pudemos ver que a moral de todos nós, cidadãos, é a grande protagonista da política. A maioria das pessoas, por acreditar que não se deve discutir o assunto, deixa de conhecer a importância da política para a nossa vida. 

Continuo acreditando que educação é a saída para a conscientização de todas as pessoas que fazem essa engrenagem funcionar, embora não seja algo tão fácil de mudar. Devemos acreditar na transformação e sermos multiplicadores de boa práticas.

Boa noite Joice!

     Assim como você acredito sim que a educação é uma das saídas para essa conscientização ética e política de nosso país. Contudo como educador não poderia deixar de ressaltar que a educação não se restringe apenas às unidades escolares em si, e aos profissionais que atuam diretamente com o aluno. É necessário que a visão de educação seja ampliada em nossa sociedade a ponto de entendermos que a "educação do lar" vem a ser a primordial peça a mover essa "engrenagem", principalmente no que diz respeito à formação do caráter e personalidade de nossas crianças, jovens e adultos.

     Portanto necessitamos não apenas aprimorar nosso discurso político mas contribuir de forma prática a partir de nosso círculo mais próximo de relacionamento: a família.

De fato cara colega, a política precisa ser vista com um assunto muito importante a ser estudado e discutido, pois atualmente a politica deste país é um péssimo exemplo de administração pública que banaliza o erro e a impunidade. 

Nossas crianças correm o risco de crescer assistindo a tudo isso como algo normal, sentindo-se confortáveis para também agirem sem ética, honestidade e princípios. 

Boa Noite Nobre colegas

Ética é um dos grandes capítulos em que se divide o pensar do ser humano desde os primórdios da filosofia, na Grécia Antiga. E desde essa origem a ética teve e tem uma íntima ligação com a política, chegando mesmo a uma quase identificação naquele momento da Antiguidade. É que ética é um conceito Iminentemente ligado ao coletivo seja esse coletivo a corporação (o caso das éticas profissionais), a nação ou a humanidade (onde se colocam todas as questões dos direitos humanos). Assim é que a filosofia política foi sempre tratada dentro do grande capítulo da ética que, com a física (e a metafísica) e a lógica, compunham o quadro geral da filosofia na Antiguidade.

   O conceito de ética é também algo estreitamento vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da história. As éticas de hoje são em vários aspectos profundamente diferentes das antigas, e a forma de encarar a escravidão é provavelmente o exemplo mais conspícuo dessas diferenças que abrangem muitos outros aspectos relevantes. Os antigos não conheciam, por exemplo, nenhuma ética da humanidade e um dos seus princípios de virtude era o de fazer o mal aos povos inimigos.

   Quanto à política, a sua ideia se desdobra em dois conceitos diferentes que convivem quotidianamente na opinião dos cidadãos e na motivação da ação dos políticos: um é o de que a política, a mais nobre das ocupações humanas, é o empenho na realização do bem comum, do bem da coletividade ao qual se aplica como a um propósito final; é a concepção de Platão e de Aristóteles, dos filósofos pregos que a explicitaram na sua polêmica de afirmação da filosofia (que se confundia para eles com a política), contra o pragmatismo dos sofistas e dos retóricos que ensinavam a linguagem eficaz para o manejo das assembleias e das funções políticas. O outro é o de que a política é a arte e a sabedoria de conquistar e de manter estável o poder; o fazer o bem; nesta visão, não é propriamente um fim, mas um meio de ganhar o apoio dos cidadãos para a conservação e a estabilização do poder, empregado em paralelo com outros meios também válidos, como o marketing, o controle da mídia, o clientelismo, o populismo e até mesmo a mentira, a violência e a corrupção. Este é o conceito derivado das interpretações mais correntes dos conselhos de Maquiavel e é o que melhor se enquadra nas concepções da ciência política moderna, entendida a ciência como conhecimento neutro, isto é, destacado de qualquer consideração de natureza ética.

   Ambos os conceitos são correntes no mundo e nos tempos, tendendo a prevalecer, no geral, o "realismo" do segundo. Assim é que, entre nós, contemporaneamente, a virtude mais popular da política é a esperteza, que a linguagem simples tem chamado de "jogo de cintura", juntamente com a coragem, macheza ou ousadia; qualidade das quais nasce a confiança no político, como alguém capaz de bem dirigir o povo com pulso e habilidade. A ideia do bem, entretanto, estará sempre presente e importante, a fazer a crítica permanente do pragmatismo, impedindo o poder de violar certos limites ditados pela ética e levando-o mesmo a fazer concessões a muitas de suas postulações, ainda que vistas frequentemente como românticas ou quixotescos. E o propósito do bem, a sua busca pela política, tende a ganhar dimensão de hegemonia nos momentos de crise grave que abale os fundamentos éticos da sociedade, gerando verdadeiros momentos revolucionários que operam profundas transformações político-sociais.

   As relações da ética com a política se dão principalmente em três vertentes, quais sejam, as relações de conflito, as de convergência ou encontro e aquelas que se desdobram numa dialética de condicionamento ou de iluminação.

Olá Miquéias!

Sua postagem traz muito conteúdo interessante. Desdobra-se desde a origem da Ética e da política, perpassa alguns âmbitos históricos e, obviamente, seu reflexo na sociedade.

Parabéns! Certamente fruto de muita pesquisa, no entanto, se faz necessário fundamentar suas colocações. Ex: onde fundamenta as três vertentes citadas no último parágrafos?

Att. Ceni

Boa tarde

O que querida professora me atentarei mais um pouco neste final... são tantas ideias que nos vem que por se falar de ética a grande imensidão do que e ser ético na política e política na ética são desdobramentos que pretendo me aprofundar...

abraços..

Grande dissertação, meu amigo.

O problema em nosso país vem de muito tempo. A prática dos privilégios acontece no Brasil desde a época colonial. Ficou explicita com a divisão das capitanias hereditárias, pois os donatários que receberam as terras eram os nobres e os amigos do rei português. O que podemos notar é que a ética na politica brasileira sofreu uma grande influência de Portugal. E isso continua enraizado até hoje. 

É intrigante e ao mesmo tempo frustrante saber que em nossa sociedade como um todo, se faz presente o apadrinhamento político-social. Vale ressaltar que, infelizmente, este agravante político-social não encontra-se apenas no âmbito político; ele esta inserido de forma destruidora em vários meios sociais e contribuem de maneira assustadora para as desigualdades não só de nosso país, mas de todo o globo.

A corrupção no meio político é apenas a ponta do iceberg de todo um processo cultural em que nosso país foi e está imerso.!!!!

Boa tarde meu nobre colega

De  fato Leandro são conceitos memoráveis historicamente ditos mais temos que nos reportarmos o quanto o Brasil  já evoluiu em termos de política não as partidárias mais sim as grandes conquistas que o povo já consegue ver que em outrora não se via e claro que temos muito que evoluir neste contexto e isso só será possível quando nossos governantes levarem a serio a educação neste país e ai entra a ética como conceito de melhores dias a futuramente.

Ética e política.

Segundo Max Weber, na política não existe uma ética absoluta. O que há é a divisão entre duas éticas distintas. A ética da convicção e a ética da responsabilidade. Onde a ética da convicção é aquela que o homem faz o que sempre acha correto. (Ex: o político que fala: - Eu vou fazer o correto e se eu não ganhar as eleições, paciência...). Já a ética da responsabilidade é aquela que o homem não só pensa se está fazendo o certo, mas se a consequência daquilo que ele está fazendo é correto. Embora, esse princípio defenda que o que importa são os resultados, não os princípios. Se analisarmos a ética da responsabilidade, podemos ir de encontro com a ideia de Maquiavel que fala: que os fins justificam qualquer meio que se usa. Mas a pergunta que fica, é: qual o limite desses meios? De toda forma, o próprio Weber reconhece que “ninguém pode determinar se deve agir de acordo com a ética da responsabilidade ou de acordo com a ética da convicção, nem quando de acordo com uma ou com outra” (WEBER, 1979, p. 96).

Ética é o costume aceito por uma sociedade ou grupo social. Pode ser definido também como conjunto de práticas e valores que de tanto serem repetidos, se tornam hábitos e normais. Levando isso em consideração, podemos dizer que quando uma empresa é favorecida pelos meios políticos e ganha todas as obras de prestação de serviço público em determinada área, em troca de dinheiro sujo (propina), quem não pega fica fora do time, logo essa passa a ser a ética do sistema. Quem não lembra da delação do Joesley, onde ele comprou “1829” políticos brasileiros. Dessa forma, o que importa é entender o jogo que estar sendo jogado no cenário atual da administração pública. Qual é a ética desse jogo? Creio que para mudar a situação da política brasileira, não podemos mudar apenas nossos representantes, é preciso criar uma nova ética para o meio político, pois as regras da atual, não condiz com a necessidade do povo.

Constantemente somos enganados pela nossa própria percepção em virtude do anseio de uma representação política equivocada. A culpa é nossa também! Em meio a tantos escândalos, algumas pessoas limitam sua visão e resolvem não enxergar o que está debaixo do seu nariz. Elegemos candidatos para fazer leis e representar o povo, que nem o básico dos princípios elementares da cidadania conseguem cumprir. O que podemos esperar de representantes que desrespeitam até a constituição? Esse país só vai mudar quando tivermos ética, princípios. Quando se fala em ética, fala-se em ética de verdade. Leis que sirvam para todos. Pois o princípio da isonomia não é respeitado aqui. Um político corrupto, consegue cumprir pena em casa de praia, isso quando cumpre. Mas o pobre que furtou um quilo de arroz passa anos em regime fechado. Onde está a isonomia aí? Ambos cometeram crime e devem pagar. Porém, o que é mais grave, nem sempre é o mais punível.

Oi Leandro. A ética-moral,  é só uma: a promoção da dignidade humana e do bem comum, que são ideais universais e que fundam os direitos humanos, expressos na Declaração Umiversal dos Direitos Humanos, que é soberana sobre todas as nações. Quanto a falta de ética na política é por falta de respeito aos princípios éticos universai, por falta de uma boa formação moral. 

Certo, professora. 

O propósito foi expor uma parte do fascículo, com mais precisão nos pensamentos de Weber sobre ética, no qual achei válido compartilhar com os colegas. Mas de antemão, farei uma nova postagem abordando o conceito de ética, tomando a DUDH como base. Obrigado pela dica!  

achei interessante sua colocação Leandro ainda mais o ultimo parágrafo quando você cita "a culpa e nossa também", um dos maiores culpados por toda essa situação que vivemos politicamente e o eleitor, que por sua vez vende seu voto, não procura adquirir conhecimento tornando-se facilmente manipulado e corrompido o que resulta naquela velha frase "o politico e o espelho de eleitor", enquanto não mudar a forma de pensar do eleitor não mudará a forma de agir dos políticos.

Ética e política.

Essa relação adquiriu formas e valores diferentes ao longo do tempo. Veio de uma forte ligação na antiguidade, até uma ruptura no início da modernidade que prevalece até os tempos atuais.

Uma característica da ética na antiguidade é a sua indivisibilidade com a política. Platão e seu discípulo Aristóteles, defendem que a ideia de constituição do estado é seguida pelo princípio de que a mesma deve ser dirigida por governantes sábios, justos e virtuosos. Esses filósofos da antiguidade, não separavam a ética da política. Sendo a primeira da esfera individual e a segunda exterior ao indivíduo. Com isso nota-se a fusão dos dois conceitos.

Uma ruptura entre a ética e a política foi promovida por um dos maiores pensadores do período renascentista e início da modernidade. Aquele que é considerado, o pai da ciência política, Nicolau Maquiavel. O argumento dele, era baseado em que a perspectiva do indivíduo e a perspectiva do estado são distintas e que nem sempre o que é bom para o indivíduo é igualmente adequado para o Estado. Ele não rejeitava os princípios éticos. Mas defendia a política como um campo específico do saber. Com a ruptura promovida por ele, a ética vai cada vez mais se distanciando do campo da política e os filósofos modernos e contemporâneos vão cada vez mais tratando a ética de forma independente da política.

A dignidade humana é a base fundamental, convertida em norma de ética. O que significa dizer que, os direitos humanos, entendidos, eticamente, como a garantia da dignidade humana, se configuram em conteúdo fundamental de uma ética universalmente válida.

Embora nem sempre exista um encontro entre as práticas políticas e os princípios éticos, a verdade é que a sociedade está cansada de tantas notícias envolvendo escândalos de corrupção e posturas não adequados com nossos representantes políticos, tanto na esfera do poder executivo quanto do legislativo, e clama por uma sociedade mais justa. A sociedade está cada vez mais disposta a se mobilizar pela moralidade pública. Escândalos de corrupção envolvendo as mais importantes empreiteiras do país na famosa operação Lava-Jato, os esquemas de corrupção conhecido como mensalão, e até mesmo as manifestações que culminaram com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, culpada por crimes de responsabilidade fiscal, demonstram o quanto a população está disposta a tomar as ruas se for preciso para acabar com a corrupção que assola o nosso país.

A corrupção fere os critérios éticos básicos de honestidade e respeito, transparência e dignidade. Produz ineficiência, causa dano à sociedade, prejudica a coletividade, significa uma ruptura com a cidadania. Alguém que exerce cargos públicos e que faz negócios com o governo, o faz no “interesse público”. Se há um desvio desse princípio, a credibilidade e honestidade são perdidas.

Se vivemos uma crise ética no meio político, precisamos ampliar essa discussão e procurar medidas inovadoras para o aperfeiçoamento de nossos valores éticos e morais.

Oi Leandro,

Muito boas as suas colocações.

Interessante a questão levantada por você no final. Vale a pena levar adiante, porque há necessidade de se exercer eticamente a política, questão a ser discutida. 

Bom dia! A Relação entre ética e política é algo que em tese deveria estar ligadas entre sim uma vez que a ética é um conjunto de regras morais que rege as condutas dos indivíduos, e a política é constituída por esses indivíduos de uma determinada sociedade, porem dentro da politica podemos encontra dois tipos de ética, a “ética no comportamento do político” e a outra é a “ética nas prioridades das políticas”, vejamos alguns exemplos. A falta de ética no comportamento do político: Quando o político aceita dinheiro ou algum bem de valor financeiro, para aprovar, votar ou decretar um projeto de lei que beneficia alguma empresa e não a sociedade. Esse é um exemplo bem comum em nossa realidade atual onde diariamente vemos nos noticiários políticos sendo investigados e condenados por recebimento de propinas. A falta de ética nas prioridade políticas: Quando o político cria ou aprova projetos de leis que não traz nem um benefícios a sociedade e deixam de criar ou votar em projetos de leis que beneficiam a sociedade. É comum ver nos noticiários deputados ou vereadores votando o aumento de seus próprios salários enquanto isso a ficam parados os projetos de políticas públicas das áreas de segurança, saúde e educação. Bom seria se todo os indivíduos que estão nos poderes políticos do nosso país, praticassem o exercício da ética em suas atitudes e em seus mandatos, certamente haveria uma política mais justa e que beneficiaria toda a sociedade.

Olá Gleinison

Bom já estar participando.  Tem muito que refletir nessa temática. É muito necessário fundamentar suas colocações .

Ao analisarmos o conceito de Política e Ética, onde “Ética é o conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade” e “ Politica é a ciência da governança de um estado ou nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses”. Neste contexto a Ética norteia a conduta do individuo no exercício da Politica, onde os interesses e as necessidades comuns da sociedade são atendidas.

Todavia, quando os governante não seguem o que preconiza os princípios éticos e valores morais, a sociedade paga um alto preço, pois, ao invés da geração do bem comum é causado um mau comum, que consiste nos incontáveis casos de corrupção, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e tantos de outros crimes cometidos no âmbito do exercício politico, mergulhando o pais numa profunda e imoral crise politica. E as consequências no entanto, é sofrida pela sociedade com a falta de oportunidade de emprego, falta de segurança pública, saúde e tantos outro problemas sociais que o pais enfrenta. Tendo em vista que, se todo esses milhões públicos desviado tivesse  o seu destino correto consequentemente a sociedade usufruiria de uma melhor qualidade de vida.

Também não podemos deixar de mencionar o Poder na relação entre Politica e Ética, de maneira que entendemos como poder a soberania que o Estado (governo) exerce sobre a sociedade. No caso do Brasil regido pelo sistema politico Democrático, esse poder emana da vontade do povo que exerce o direito de escolha dos representantes que irão governar o país, sendo assim, um Poder legitimo “que repousa não mais na violência e nem no privilégio de classe, mas no mandato do povo” (ARANHA E MARTINS, 2009 P.268).

E ao confiarmos tal poder,  acreditamos que nossos direitos sociais, assim como os demais  garantidos por Lei serão efetivados através das Politicas públicas eficientes, que configura-se no exercício Ético da politica, com vista nos interesses do coletivo.

 Infelizmente não, pois a prática da politica da boa fé, dos interesses coletivos, da responsabilidade social. Está sendo substituída pela “Politicagem” do benefício próprio, da troca de favores, da corrupção, das fraudes em licitação. A “Politicagem” do enriquecimento ilícito, do uso dinheiro público para fins pessoais, da compra de voto. Na verdade, a “falsa politica,  onde predomina os interesses particulares sobre os coletivos” (ARANHA E MARTINS, 2009, P.267). Causando um descredito e uma desconfiança exacerbada com politica atual.

Muito interessante sua postagem Monica. E é neste sentindo que a política brasileira está falhando. Pois estão simplesmente agindo por e com interesses políticos e individuais. Deixando para trás, os princípios éticos. E na ausência deles, perdem-se os interesses coletivos, o bem comum a todos. Olhar para com todos de forma igualitária e que atendam os anseios da população em si.

bom dia!

primeiramente gostaria de frisar que dificilmente ética e política andam juntas no brasil. Basta ter acesso as informações que percebemos o tanto que a politica em nosso País e fragilizada e desprovida de ética, pois os interesses privados vem a frente do coletivo.

Não podemos deixar de ressaltar nesse tema tao polêmico um fator importantíssimo que reflete diretamente no tema em questão, A maior  parte das pessoas que estão no poder de governabilidade  exercido pela politica, não tiveram formação alguma intelectual ou acadêmica para exercer um determinado cargo na politica publica. Mutas vezes os gestores de uma cidade, estado ou País nunca leram o código de ética do administrador, e esse e som um exemplo que posso citar, então o que esperar de tais pessoas que governam o País... muitas vezes estão no poder por amizade (serem conhecidos na cidades), alguns trabalhos sociais no período próximo a eleições, compra de votos dentre outros fatores.

Portanto, e muio difícil esperar atitudes éticas de nossos governantes sendo quem muitas vezes os mesmos nem sabe o verdadeiro sentido dessa palavra , nunca leram nem vão ler um código de ética, porque provavelmente não terão formação acadêmica por exemplo para exercer uma função de gestor publico, e aquela velha história " política sem faz com muito dinheiro e nenhum escrúpulo".

Olá Robson!

Infelizmente essa é a realidade em muitos lugares do país e profundamente lamentável.  Daí a necessidade de uma abrangente conscientização da sociedade. Por essa razão o tema é bem propício e precisa ser bastante discutido.

Caminhe no debate abrangendo os 4 itens propostos para discussão na plataforma.

Boa noite Robson. 

Este seu texto reflete mesmo a realidade brasileira. Onde pessoas sem qualificação alguma ascendem a cargos públicos importantes e estratégicos, principalmente, no Poder Executivo. Porém é tão ou mais grave ainda um profissional, que em tese, deveria conhecer e honrar seu código de ética profissional faltar com tal compromisso. 

Boa noite

Geralmente falar sobre ética na politica e um assunto muito delicado, onde ética tem haver com moral, valores, atitudes dos seres humanos, estas julgadas como certo ou errado, bem ou mal.

Já a politica esta relacionada à forma de administrar  uma determinada  cidade\ pais\estado, em geral dos  bens públicos; este se estivesse sendo administrado visando o bem da população em geral e não o bem individual daqueles membros que estão governando, faria com que a politica fosse ética, ou seja, falta moral para esta minoria governante que estão em posse do poder para nos representar e não para desvia dinheiro publico.

Porem Maquiavel diz que: “os políticos não podem ser bons moralmente porque os seres humanos como tais, como cidadãos, ou simplesmente como seres humanos, fora da política, não são bons”, como a nossa colega @Scarlet também menciona que “O cidadão eleitor é o principio da política e da ética”.

Como nossa colega @Lauana mencionou a atual situação do mundo e que por parte do sistema econômico, (capitalismo) as pessoas só visam o lucro, bens, lazer, e outros subterfúgios que o poder aquisitivo pode agregar. Para isto agem de maneira contraria a alguns valores, como desviar dinheiro publica, como a citação da colega @Andreia “ escritório de advocacia”, onde escritório foi utilizado para o fim de fraudar as licitações, ou ainda o exemplo do colega @João batista quando diz que: algumas pessoas “ votam por interesses pessoais”, ou seja vendem seu voto. O que faz referencia novamente ao que Maquiavel diz.

 uma boa politica, caso haja um politico ético, que não ceda ao benefícios que este poder oferece, do dinheiro, das regalias, dos lazeres, e se fixasse em resolver os problemas sócias da população, como:

Fome, miséria, falta de moradia, emprego, saneamento, saúde, educação de qualidade, uma melhor condição de vida para a população em geral ao invés de pensar somente nele.

Isto sim seria ser ético, analisando os meios a chegar a esta finalidade claro.

Como nos disse Santo Agostinho: "O que seriam os reinos, ou seja os governos sem ética, senão um bando de ladroes".

Afinal, não existe uma ética da mentira. O que nós podemos ver é que ética e política se desgarraram, cada qual caminha para lados distintos. E assim, temos como consequência esse nebuloso resultado.

Olá Gerson !

 Muito bom, você tem acompanhado o debate e já interagindo.

Aguardo sua postagem incluindo todos os itens indicados no Fórum Temático.

Continue postando e interagindo com os colegas.

BOM DIA, 

  • A política é a atividade que diz respeito à vida pública. Portanto politica e o fato de administrar governar determinada cidade. ética e caracterizado como o estudo do comportamento humano.
  • Dentro da politica ética faz referencia a decisão tomada por determinado individuo, se esta decisão e correta moralmente, onde muitas das vezes muitos políticos deixam de ser éticos e pensar somente em si; muitos utilizam o “poder” a “autoridade” para se beneficiar, deixando seus eleitores em péssimas condições, como desemprego, falta de condições dignas para viver, como saúde, educação, moradia.
  • Os políticos eleitos poderiam valorizar o voto ganho e tomar atitude de exercer o poder de governar de forma justa, pautada nos valores, na ética, na moral, se possível buscar formação para que possa agir de forma justa, dando ênfase nos que precisam.

O cidadão brasileiro tem uma mania peculiar, que é procurar tirar vantagem de tudo e de todos, sempre com a intenção de se dar bem em "cima do outro".

Lei de Gerson: “tenho que tirar vantagem de tudo e de todos; do contrário serei engolido pela situação ou pelos outros concorrentes”

A lei de Gerson explica bem o que e isso. Com os políticos não é diferente, e até mais acentuado o fato de se querer tirar vantagem do próximo, no caso os cidadãos brasileiros. Eles geralmente criam um grupo de pessoas onde por mais que exista um ou dois que não se corrompa o meio obriga-os a faze-lo, com o tempo os mesmos passam a ter as mesmas atitudes de tal grupo visando assim atender somente os interesses privados, e com isso provavelmente os conceitos de ética que conhecemos não será posto em pratica, o resultado disso tudo e um País que se falta de quase de tudo, não se tem saúde de qualidade, educação, saneamento básico, estrada dentre outras coisas que acabam prejudicando a papulação.

Oi Robson,

Faça as leituras indicadas na  plataforma. Muito importante aprofundar no assunto e abordar os aspectos indicados.

Na verdade as pessoas se corrompem por falta de princípios éticos. Quem é eticamente correto faz o que é certo. Em tese, ninguém pode obrigar ninguém. Por ex.  o dinheiro e nem poder  corrompem, mas as pessoas se deixam corromper por falta de princípios éticos.

Vai em frente, mas leia sobre.

Professora, colegas boa tarde. Espero poder contribuir e aprender com a discussão deste tema tão caro em nossa sociedade.

Até agora, com a ajuda dos textos e das postagens dos colegas, estou entendendo que Ética e Política partilham o mesmo fundamento que é a busca do bem comum. 

Por ética entende-se como a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade e por política a forma pela qual os homens vivem e se organizam em sociedade buscando o bem comum ou o maior interesse da "Polis". Dessa forma, se tirarmos as reflexões e fundamentos éticos do meio das ações políticas, transformamos esta em outra coisa. 

Com base nestas reflexões queria compartilhar com os colegas e professora uma inquietação:

Será que existe de fato ou suficientemente amadurecendo em nossa sociedade um sentido de UNIDADE? Como está o nível de nossas reflexões teorico filosóficas sobre nossa nação, pais ou povo? O que nós dá unidade? Como lutar por um bem comum se talvez o bem que almejamos não seja de fato comum a todos? 

Desculpem se sai do tema proposto.

 Oi Marcus  Wilke,

Trabalhar  Ética e Política  traz a tona  reflexões tão abrangentes, para a real situação da nossa sociedade-nação, que pode inclusive fazer um link  e incluir seus questionamentos. Por que?  A ética fornece fundamentos para a sociedade, estabelecendo um ideal-universal de conduta que promove a dignidade humana. A consciência ética-moral numa sociedade promove o bem comum a todos. Enfim, há muito o que pensar.

 Mas realmente você deve se ater aos 4 itens propostos para discussão no Fórum.

Muito bem caro colega Wilke. E sua postagem me fez pensar algo de analise. A partir do momento que os gestores públicos agem em seu beneficio próprio, pensando mais no "eu", em interesses individuais ou ate mesmo que beneficie poucos e que estejam diretamente ligados a eles, o mesmo deixou de agir com ética e moral. E assim, estabelecendo uma política sem ética, sem moral e sem princípios. Deixando o mesmo de agir em bem comum para todos e por todos. E cada vez mais, é isto que temos visto em nossos dias atuais. Nossos políticos estão simplesmente agindo e atuando sem os princípios éticos e morais que regem a cidadania. Na política brasileira não existe mais ética e moral. Perderam-se, todos os princípios e assim uma nação inteira padece com a ausência deles....!

Falta ética no exercício político, pois a mesma foi criada e fundamentada em princípios éticos e morais para administrar, gerir e governar bens comuns a toda a sociedade.

Há ausência de ética na política, porém não em sua totalidade, nos primórdios, a ética, moral e política eram sinônimas, a política surge em tentativa de se manter o bem comum a todos, com a formação da Polis nas civilizações antigas. Etimologicamente Ethos é termo grego clássico que significa morada, habitat. Política vem de Polis, em grego significa cidade.

            No decorrer da história há uma distorção de valores, em meio ao individualismo absoluto, a corrida para aumentar a produtividade, bem como competitividade acirrada, onde tais, tomam conta dos costumes dsociedade, causando uma crise ética na política. Não há ética mínima concernente a cada cidadão, não somente aos políticos, mais a cada pessoa individualmente, tornando não só a política sem ética, imoral e muitas vezes ilegal, mais as ações de quem compõe a sociedade.

Atualmente a relação à que fazemos a política está destinada ao poder e corrupção, o Brasil vive uma crise ética profunda na política e as instituições públicas estão afundadas por corrupção e nossos sistemas padecem com total descaso pelos administradores públicos. Um individualismo denominado “Lei de Gerson,” tomou conta do pensamento de muitas pessoas e se fez parte da cultura dos mesmos, onde: “Tenho que tirar proveito de tudo e todos, do contrário serei engolido pela situação ou pelos concorrentes”, (Este é o velho jeitinho brasileiro).

O preço que pagamos por benefícios imediatos é grande, se levarmos em consideração o quanto poderíamos ganhar se construíssemos uma sociedade baseada em ganhos coletivos e não individuais, como exemplo disso temos desde a venda do voto a troca de favores dos políticos com os grandes empresários. Desta maneira perdemos bens comuns a todos como infraestrutura (rodovias de qualidade, energia elétrica para todos, escolas dignas, moradia, saneamento básico e a lista é imensa) e organização dos sistemas (como o da saúde pública, educação e o direito à moradia e tantos outros essenciais a vida humana).

 Contudo, o filosofo Aristóteles diz que somos políticos por natureza, temos necessidade em estabelecer uma harmonia entre a vida individual e coletiva. Então o que nos falta é atuarmos mais como cidadãos em busca dessa harmonia, quando sairmos da zona de conforto e deixarmos nossos próprios interesses de lado e tomarmos a iniciativa de avaliar, fiscalizar e de fato participar da vida pública daremos passos largos a uma política com ética. Sobretudo isso só se dará mediante a mudança de atitude de toda a sociedade em geral, não só das pessoas que estão a frente da política e para isso é necessário que haja educação de todo o povo, não só da minoria, como disse o educador Paulo Freire “A educação transforma pessoas”.

Fonte: Assmann, Selvino José, 2° edição, 2012. Fascículo FILOSOFIA E ÉTICA.

//educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacoes/corrupcao-raizes-do-brasil.htm? Acessado em 10/03/2018

Olá Andréia,

Boa participação até aqui.

Esta é sua primeira postagem, pois a anterior foi comentando a da Luana, certo?. Na próxima  

aprofunda mais os itens propostos que foram menos trabalhados, ok?

Bom dia!

Fazendo um apanhado sobre as postagens dos colegas, noto que triste realidade essa que o aluno Wellington expõe com tais dados, vejo o quanto estamos longe de estarmos numa felicidade plena na Polis em que vivemos, como se refere Ana Cecilia em sua postagem segundo Aristóteles e Marilena Chauí  e compreendo e sinto na pele a indignação da Ana Cleide, quando se manifesta em relação ao cenário politico atual. 

Porém essa Crise Ética se dá segundo Assmann em nosso fascículo, pela ausência de clareza a respeito do nosso futuro como espécie, e por isso a respeito do sentido de nossa existência isso faz com que deixemos de agir eticamente e passemos a nos defender pela sobrevivência.

Identifico uma crise ética instalada em maior parte de nossa sociedade, algo que vem das esferas maiores e alcança a pessoas comuns em seu dia a dia, talvez por estarmos sem referências de lideres éticos acabamos perdendo a noção de bem comum e mergulhamos em um individualismo egoísta. 

Desta forma a politica atual tem andado em direção contraria aos princípios éticos e morais, mas assim como surgirão jargões que nos envergonham no decorrer de nossa historia, como o do "jeitinho brasileiro" também surgirão alguns que representam a quem não compactuam com tais façanhas, como o "sou brasileiro e não desisto nunca", este sim se refere a milhões de brasileiros que se levantam ao amanhecer para ir trabalhar em recompensa de 01 salário mínimo. E é neste lema que devemos acreditar e lutar para que haja um país justo com dignidade e direitos iguais como rege a Declaração Universal dos Direitos Humanos como memora a professora Regina.

Lutar averiguando, fiscalizando, protestando e se posicionando frente à direitos que são de bens comuns a todos.

Grata!

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Andréia, gostei muito de sua postagem, concordo com o principio de que se buscarmos conquistas coletivas teremos melhores resultados.

Para acrescentar segundo Albert Camus " Não há vergonha em preferir a felicidade, mas por outro lado como vou justificar a minha indiferença em relação ao outro. 

então podemos entender que a felicidade construída sobre a infelicidade aleia é indigna, ou seja não é merecida e portanto imoral. se aplicarmos esse principio ao detentor do poder publico, ou seja ao que administra os recursos coletivos a seu favor, encontraremos grande demérito em tal ato. atitudes como esta gera descredibilidade junto a população.

Boa noite.....! 

 Andreia, gostei muito da sua postagem. A mesma deixa bem claro a falta de ética no exercício politico de nossos administradores públicos. Enquanto houver os interesses individuais ou interesses que beneficie uma minoria. Teremos essa desigualdade social que assola a maioria de nossa população. Nosso país tem muitos problemas sociais e que necessita serem resolvidos de forma igualitária, e não tão somente uma determinada classe ou a um determinado setor. 

QUERIDA TURMA DO POLO DE CANAÃ DOS CARAJÁS

Olá  gente querida!

Esse alô é para dar um grande alerta pra vocês que ainda não estão participando do Fórum Temático:

  • estão  faltando apenas  11 (isso mesmo – ONZE) dias para encerrar a oportunidade de sua participação no Fórum Temático:
  • até  as 23:55h do dia 25|03|2018.  Se houver postagem após esse horário, infelizmente, não será aceita.
  • outra coisa:  participar do Fórum Temático DURANTE (veja aspectos avaliativos do Fórum),  para ter uma avaliação positiva e não ao apagar das luzes.
  • deixar pro final tudo pode acontecer:  algum imprevisto  inesperado,  a  Internet te deixar na mão (isso acontece muito – e não vai ser desculpa aceita), etc, etc, etc.....

Então, vamos lá. Participe!  Comece hoje, agora. Não deixe pra amanhã.

Vamos Juntos!!!!! 

Olá caros colegas e tutoras....!

Bom dia a todos!!!

1-    Não agiu de forma correta. Faltaram-lhe a ética e a moral. Pois Arnaldo usou de cunho pessoal para favorecer um determinado setor por ter alguém responsável pelo mesmo tão ligado a ele de forma direta. Deixou de exercer o profissionalismo, que é bem claro quando nos diz que; temos que priorizar o bem-estar comum de todos. Ao mesmo tempo em que Arnaldo não fez um levantamento sobre as necessidades de todos os setores do hospital para assim fazer a ratificação dos recursos destinados a entidade. Como também feriu o principio da Impessoalidade, favorecendo mais um setor e a responsável pelo o mesmo. Esquecendo-se, que todos os setores tem o mesmo grau de importância e necessidades de serem bem atendidos financeiramente para seu bom funcionamento.

2-    Arnaldo não cumpriu com o que está explicito no artigo citado no enunciado da questão a ser debatida. Mesmo não tendo tempo suficiente para realizar o diagnostico sobre a real situação das necessidades da entidade que o mesmo assumiu. Arnaldo teria que se resguardar de alguma forma, com relatórios ou outro procedimento adequado a sua profissão que lhe dessem certo tempo de analise critica para assim fazer o levantamento pretendido e necessário para a devida distribuição de recursos de forma correta e coerente com a situação da unidade hospitalar. Pois o favorecimento de poucos, gera uma catástrofe de consequências com muitos.

OBS: Caros colegas, tutora e professora, desconsiderar a postagem que fiz com relação ao tema proposto. Pois, cometi um engano na hora da postagem colocando o que seria da disciplina de Seminário Integrador na disciplina de Filosofia e Ética. Por favor, desconsiderem e me desculpem! Foi um grande engano na hora da postagem!.

Boa tarde, Colegas e tutores!

....Contudo, há uma falta de ética no exercício da política no meio social. Em que sentido se dá essa falta de ética? 

 Para Nicolau Maquiavel é impossível ter ética na política uma vez que a política é feita por homens, e a natureza do homem é má, sendo assim todas as suas atitudes tende a ser más, e movidos por desejos e ambições desenfreadas os alguns homens políticos fazem de tudo para ser torna ““o príncipe”, ou seja se alcançar o poder e se manter no poder uma vez conquistado, e para isso usam de ferramentas e práticas não ética com argumentos de que “os fins justificam os meios”. Em nossa realidade atual podemos observar o caso do assassinato do prefeito Jhones Willian da cidade de Tucuruí no interior do estado em 2017, onde as investigações apontam que a família dos seu vice prefeito podem ter sido os mandantes do homicídio, nesse caso o ex-prefeito assassinato fez acordos e alianças durante a campanha para obter financiamento e apoio político em troca de beneficiar as empresas daqueles apoiadores, mas alguns acordos não foram cumpridos então se deu o acerto de contas como aponta as investigações. E com essa tragédia o vice prefeito assume o poder o que poderia ainda ser mais vantajosos para os esquemas dos seus apoiadores. Assim como em Tucuruí e comum vermos pessoas que fizeram "pactos com diabo" para chegar ao poder, fazem acordos imorais e antiéticos para se chegar ao poder e ficam presos em uma teia de corrupção onde colocam em riscos até a própria vida, e contudo isso que sofre é a sociedade pois para que o agente político possa honra suas alianças tem que desviar verbas dos serviços básicos da sociedade.

Para Maquiavel o “Príncipe” é todo aquele que conquistou, de alguma forma, autoridade legítima sobre outros seres humanos, ou seja, é todo aquele que detém o poder, e como um líder, ou seja, como um gestor de uma organização em nossos dias, um líder capaz de revolucionar dependendo atitudes, podendo ser positivas e ética ou negativas e imorais.

Sobre tudo é bom acredita que ainda aja homens políticos que atuem de forma ética e dentro dos valores morais em prol da sociedade. Kant afirma que é necessário tomar decisões como um ato moral, ou seja, sem agredir ou afetar outras pessoas, e bom seria se os governantes praticassem a lei universal de Kant, “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade”.

 Olá Glenilson.

Muito boa a sua finalização, nunca se deve generalizar. Certamente há políticos com princípios éticos.

Nas suas duas postagens ficou um pouco a desejar a abordagem sobre a natureza ética da política. Ao comentar a postagem de colegas tenta trabalhar isso de forma fundamentada. 

Há uma relação entre ética e politica nas escolhas e deliberações que devem ser feitas para a sociedade, porém enquanto a ética se refere à ação individual, a política se refere à ação coletiva. A justiça tem que ter ética, pois se não haver irá ter discriminação por parte dos atuantes na área da justiça e alias sem ética o mundo não é nada. Para Aristóteles só existe política com ética, quando elas se separam há uma quebra dos valores que regem a vida na cidade e irá reinar uma comunidade onde o que se verá é a troca de favores em nome de benefício individuais. Nesse sentido se da à falta de ética na politica quando os interesses individuais são colocados acima do coletivo.

Olá Caio,

Bem interessante sua colocação onde enfatiza que, irá reinar uma comunidade onde o que se verá é a troca de favores em nome de benefício individuais. Realidade já vivida, principalmente no quesito, Política...quem manda é quem tem o poder nas mãos e quem tem o poder nas mãos é quem tem mais Dinheiro, acredito que seja por isso, a busca incessante pelo poder de ter PODER , de está acima de todos.

Triste realidade.

Como transformar um Paìs onde a Sociedade convive com problema hisórico de currupção que parece ser cultural e também institucional, o que devemos fazer para que a ética seja um tema sempre recorrente na política, veja que diz a hisoriadora Adriana Romeiro:

 A corrupção sempre esteve presente na história do Brasil. Uma das razões é a distância de Portugal. Por estar longe do centro político, a vigilância era muito frágil e precária. É preciso lembrar que o Brasil sempre foi a terra de oportunidades. No início do século 17, em Minas, tem a chegada de milhares de camponeses analfabetos, que, em 10 anos, ficam muito ricos. São eles que integram a elite local e mandam na política e na economia. Eles viam o Brasil como uma terra a ser explorada, roubada e espoliada. O Brasil também foi até recentemente um país escravocrata. Para manter uma instituição como a escravidão por tanto tempo, é preciso que você não tenha o menor escrúpulo moral em relação ao outro.

A corrupção é um problema do mundo todo, mas, no Brasil, em razão do nosso passado colonial, isso é mais forte. O contexto colonial exigiu que os brasileiros de modo geral soubessem desenvolver estratégias e artifícios para burlar o pacto colonial. As nossas elites passaram a perna nos portugueses. Havia esse divórcio entre a sociedade e o Estado, que só aparecia para cobrar impostos e barrar toda a iniciativa privada. A classe política reflete a mentalidade que está aí desde o século 16. Da mesma forma, no passado, a corrupção só pôde existir porque estava disseminada na sociedade.

Fonte de pesquisa:

//www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/08/13/interna_politica,891482/corrupcao-esta-enraizada-no-brasil-desde-o-periodo-colonial-revela-hi.shtml

Olá João. 

É fato que a corrupção, a impunidade, a desonestidade, a injustiça e tantos outros vícios vergonhosos, sobretudo no tocante das atividades políticas, têm raízes históricas. No entanto, acredito que a história deve servir como parâmetro para que erros do passado não se repitam, e não para que tentem explicar que o problema da política brasileira é uma questão de cunho histórico. A história não pode ser usada para justificar uma grande quantidade de políticos que se acomodaram a ditar a política com base na falta total de moral e ética.

Os filósofos e a ética na política.

Sócrates era um pensador livre, não defendia nenhuma forma utópica de governo humano, mas acreditava que todas elas deveriam ser questionadas. Dizia que "a virtude não nasce da riqueza, todavia é da virtude que nascem as riquezas e os bens para todos os homens, tanto individual como coletivamente" (PLATÃO, 2009 p.36).

Platão é extremamente utópico, para ele o governo de um rei-filósofo seria o ideal, por entender das coisas do Estado e não governar por ambição, vingança, desfrute, cobiça, etc..

Em Aristóteles a ética adquire caráter prático, pois o mesmo afirma que o exercício da práxis política deve visar o bem comum de uma comunidade, onde cada um cuida ao mesmo tempo de si e dos outros (MARCONDES, 2007 p.85).

Já Maquiavel, nos apresenta uma visão desencantada da prática política, pois na concepção dele, quem está no poder deve exercê-lo com autoridade, sendo que "é melhor para o príncipe ser temido do que amado" (MAQUIAVEL, 2007 p.80).

Os pensadores iluministas, dentre eles: Locke, Montesquieu, Diderot, Rousseau, Voltaire e Hobbes, são os responsáveis por questionar o chamado "direito divino dos reis", estabelecendo as bases para se pensar as relações entre governantes e governados por meio de um contrato social. Também, defenderam a separação entre Igreja e Estado, a instituição de três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), e o reconhecimento das liberdades individuais, da propriedade privada e da liberdade de expressão (CHAUÍ, 2002 p.400).

A seu modo, Kant, teve contribuição importante para este debate. De acordo com o que ele diz devemos agir de tal maneira que usemos a razão humana para guiar nossas atitudes para com as outras pessoas (ASSMANN, 2009 p.94).

Marx introduziu a noção comunista de materialismo histórico. Em suas palavras: "O proletariado utilizará seu poder político para arrancar pouco a pouco todo o capital da burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado, isto é, do proletariado organizado como classe dominante" (MARX; ENGELS, 2009 p.59).

Outrossim, para Foucault, as relações de poder não se encontram necessariamente atreladas ao exercício da política governamental. Reconhece que existem uma série de instituições -- famílias, escolas, hospitais, prisões, entre outras -- nas quais o poder é exercido por meio da disciplina. Portanto, para ele: "A disciplina é uma técnica de exercício de poder" (FOUCAULT, 1979 p.105).

REFERÊNCIAS:

ASSMANN, Selvino José. Filosofia e ética. -- 2º ed. reimp. -- Florianópolis: Departamento de Ciência da Administração/UFSC, 2012.

CHAULÍ, Marilena. Convite à filosofia. -- São Paulo: Editora Ática, 2002.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. -- Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

MACHIAVELLI, Nicoló di Bernardo dei. O Príncipe. -- Porto Alegre: L&PM, 2007.

MARCONDES, Danilo. Introdução à história da filosofia. -- Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.

MARX, Karl; FRIEDRICH, Engels. Manifesto do partido comunista. -- Porto Alegre: L&PM, 2009.

PLATÃO. Apologia de Sócrates. -- São Paulo: Martin Claret, 2009.

A falta de ética na política é causa de pobreza.

A política é tida como uma prática associada a um sentido ético do existir humano (ARANHA; MARTINS, 1992 p.126). A ela estão ligadas atividades práticas da vida cotidiana, por exemplo, o cuidado com a saúde e o acesso a educação. Neste caso, é inevitável que estejamos, de algum modo, dependentes das ações de políticos, pois são eles os responsáveis pela administração dos serviços públicos.

No Brasil, observamos cotidianamente o quanto a falta de ética na política tem provocado problemas de muitas facetas. Mesmo com bilhões de reais pagos em forma de impostos pelos cidadãos anualmente, constata-se  que há falta de médicos e remédios suficientes nos hospitais públicos e nos postos de saúde, de materiais didáticos e manutenção nas escolas, bem como, de investimentos na segurança pública e no saneamento básico.

Ao passo que o país enfrenta grave crise econômica, com fechamentos de lojas, restaurantes, academias, empresas de prestação de serviços, indústrias, entre outros empreendimentos comerciais, provocando elevação no índice de desemprego, se torna importante que os serviços públicos sejam mantidos e/ou até mesmo ampliados, tendo em vista amenizar o sofrimento dos mais pobres.

No entanto, o que acontece de fato é o que nos diz Milton Santos: "uma naturalização da pobreza, que seria politicamente produzida pelos atores globais com a colaboração consciente dos governos" (Santos, 2010 p.73).

Nessa situação, cabe-nos, enquanto cidadãos, exigir maior transparência nos gastos públicos, sendo assim, poderemos cobrar que seja praticada a ética na governança pública.

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. -- São Paulo: Moderna, 1992.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. -- 19º ed. -- Rio de Janeiro: Record, 2010.

É possível sim que haja uma relação entre pobreza e ética em nossa sociedade. principalmente a pobreza produzida e reproduzida historicamente por anos de exploração do trabalho. 

Quando falo em pobreza, falo de várias de suas faces, desde a carência do conhecimento cientifico, a desnutrição do pensamento filosófico do qual padecemos até a pobreza que oprime a reprodução da própria vida. A exploração dessas pobrezas é sistemática e intencional por parte da "classe política" que quer manter o status quo do modo atual de ser fazer política desligada dos princípios éticos. 

Boa noite colegas e tutores,

Partindo do conceito de que a política é uma atividade que visa o interesse coletivo, social, e que essa exerce sua função baseada nas leis. Leis que por sua vez são criadas a partir de princípios éticos, assim, conclui-se que a política é fundamentada pela ética. A política parte inteiramente de princípios éticos, embora usualmente a teoria difere com a prática de fazer política, o que se afirma é que conceito e prática andam em lados opostos.

Atualmente a falta de ética na política tem acarretado grandes matérias em jornais, revistas, sites entre outros meios de comunicação, à exemplo do citado pelos colegas participantes deste fórum, sobre o caso de corrupção envolvendo o Prefeito de Canaã dos Carajás, além de outros casos como a devolução de milhões aos cofres públicos do Ex-prefeito de Parauapebas, o processo Lava Jato, entre outros. Como dito antes, a ética aparenta ter deixado de contextualizar indiretamente o conceito política. O que se vê e o que se pensa é bem apresentado na imagem do fórum.

Ao descrever sobre a necessidade de exercer eticamente a política, tópico cobrado aqui no fórum, é importante ressaltar um dos princípios básicos do poder público, que é a impessoalidade, ao se falar de política, é necessário que os pensamentos sejam voltados ao coletivo, no social e não em interesse inteiramente pessoais.  Aplicar uma política com ética é buscar aplicar de forma correta as escrituras frias do nosso ordenamento jurídico, que como afirmo acima é baseado nos princípios éticos.

Boa noite caros colegas, tutora e professora!

Quando se trata da relação entre ética e política não há respostas fáceis.

Esta concepção sobre a relação ética e política desconsidera que a moral também é um fator social e como tal não pode se restringir ao santuário da consciência dos indivíduos. Em outras palavras, embora a moral se manifeste pelo comportamento do individuo, ela expressa uma exigência da sociedade (um exemplo disso é a adoção dos diversos “códigos de ética”). Ou seja, não leva em conta que a política nega ou afirma certa moral e que, em ultima instancia, a política também é avaliada pelo comportamento e entendimento moral das pessoas. Alias, se a política almeja legitimidade não pode, entre outros fatores, dispensar o consenso dos cidadãos; o que pressupõe o apelo a moral, a ética.

Ambas se relacionam com escolhas e deliberações que devem ser feitas, porém enquanto a ética se refere a ação individual, a política se refere a ação coletiva. E, em se tratando de políticos e política brasileira. Não existe a presença da ética em ambos, não em sua totalidade de políticos. Mas em sua grande maioria sim.

A falta de ética no exercício político é algo notório aos olhos e ao saber de todos. Pois, os interesses pessoais dos nossos políticos estão acima de qualquer causa que eles tenham que promover a população em geral. A ética não existe em nosso meio político. Já se houve tempos em que pensávamos que os tais políticos eram homens bons, de caráter, e que realmente queriam chegar ao poder ou estar com o poder público em suas mãos, ao seu controle para promover causas sociais, para junto a população adquirirem bens comuns a todos. Mas, com os desfechos das investigações que vem ocorrendo, já algum tempo por diversos setores judiciais em nosso país. Percebemos que, a falta de ética no cenário político, não é de tão somente de nossos dias atuais. Mas sim, de tempos atrás também. Pois, este mal já está arraigado aos políticos e as formas de se fazer política no Brasil. E todo esse cenário que nos encontramos, deixa claro que; tanto quanto os políticos, quanto a política e o sistema de nossa política brasileira não tem princípios éticos e muito menos agem com integridade. Deixando eles, a ética ausente no comando político público.

E, por fim, vemos que há uma necessidade emergencial de se exercer eticamente a política. As grandes necessidades da população em si por políticas públicas de qualidade são gritantes. Pois, a falta de investimentos de forma correta e necessária tem feito nossa população em sua maioria padecer de grandes e essenciais necessidades humanas. Tais elas vão desde uma educação publica de qualidade, a saúde publica, moradias dignas, segurança publica de qualidade, lazer, etc., isso é primordial a existência do ser humano enquanto vivos aqui na terra.

Olá Dayane,

Você condensou todos os itens do fórum numa só postagem, Tudo bem, mas será interessante aprofundar mais por conta da avaliação e o comentar a pastagem de um colega.

 Boa Noite,

“a moral existe para se viver melhor” todos nós necessitamos da moral e da Ética. E a aplicação desses valores morais e éticos na política significaria que o “viver melhor” se estenderia para todos de uma sociedade.

Não costumamos falar de Ética e Moral no nosso dia-a-dia, tampouco no que a falta dela no exercício politico implica. E que a maioria das mazelas sociais que estamos vivendo atualmente emana do desrespeito sem medida a esses princípios tão valiosos para o convívio humano.

 Ética e moral desconsideradas, não somente pelo Poder Público, recaindo uma parcela de responsabilidade para sociedade “que quando identificam politica com politicagem, podem está expressando um desalento da ação dos homens públicos; ou reforçam a postura interesseira do eleitor que sempre espera tirar proveito pessoal da escolha do candidato”. Mas, neste contexto, apontar culpados não irá resolver muita coisa.

O Fato é: os cidadãos perplexos com tantos escândalos imorais na Politica, estão a cada dia perdendo as esperanças. Esperança de um pais melhor para se viver, com mais segurança e respeito com as pessoas. Com mais  compromisso ético e solidário no exercício politico. Compromisso e solidariedade que fazem a Democracia econômica, Social, Jurídica e Politica efetivas no país.

Contudo, a mudança é necessário e com urgência! Não somente no exercício politico. Mas um esforço conjunto entre o Estado e sociedade de fiscalizar incansavelmente a efetivação das ações de politicas públicas,  elaborar Leis mais inflexíveis para que não faça valer a pena a prática de crimes envolvendo a “coisa Pública”.

 Referencias:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992.

Como você citou na sua postagem Mônica não é comum falarmos em ética e moral no nosso dia a dia. Essa é a mais pura verdade que não se fala nesse assunto, com isso observamos varias condutas de cidadãos  que nos levam a acreditar que não são apenas os "políticos" que usam condutas contra a moral e a ética. E a mudança que você citou ser urgente só começará ocorrer quando as pessoas de bens se posicionarem em vez de se omitirem em relação aos problemas que ocorrem no nosso meio politico e social.

Olá, Mônica, boa noite!

Interessante esse posicionamento onde cita os princípios morais, que representam a essência do homem. Realmente é importante notar que a falta de ética não é cometida somente por políticos, mas pelo cidadão em geral, que comete rotineiramente pequenos desvios como, troca do voto, irregularidades na rede de energia, furar filas, tudo isso também é corrupção e é de escandalizar. As pessoas precisam compreender isso e deixar de acreditar que somente os agentes políticos são os responsáveis pelo caos social.

De fato, é preciso mudança de postura de todos os envolvidos nesse processo.

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Olá, professores! Olá, pessoal!
Boa noite.

Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, autoras do livro Temas de Filosofia, disponibilizado para leitura complementar nesta disciplina destacam que: a política é atividade que diz respeito à vida pública... É a arte de governar, de gerir os recursos da cidade”. Entendemos que é a política que norteia os interesses da coletividade, mas a falta de ética que se enraizou transformou a política em sinônimo de falcatrua.

Parte dos agentes públicos pouco se preocupam com o bem estar social e, na maioria das vezes, priorizam interesses individuais. Acredito que a ausência de ética se dá porque a moral das pessoas foi pervertida, e também, porque os indivíduos têm certeza da impunidade. É claro que isso tem mudado aos poucos, e nos últimos quatro anos vimos alguns políticos afastados, presos, realmente recebendo alguma punição. Mas muito ainda precisa ser feito.

É interessante lembrar que alguns cidadãos também se desviam de princípios morais, e vemos isso quando descumprem leis, sonegam impostos, etc.

O brasileiro precisa de educação política desde cedo, os cidadãos precisam conhecer como funciona essa engrenagem, talvez assim teremos políticos mais justos e cidadãos mais conscientes e conhecedores de seus direitos.

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Oi Joice, concordo com você que desde de criança é importante a educação politica. Mais ainda: desenvolver os princípios éticos  para fundamentar a  política e todo o fazer social.

Boa noite, caros colegas e tutores!

Ética x política

Ao falar do assunto abordado neste fórum, surge-me as seguintes perguntas: Mas o que está errado na relação entre ética e política? Porque as mesmas pessoas que proclamam por ética na sociedade são as que ao encontra-se no estado de desenvolver política não agem de forma ética? A grande maioria das pessoas em si não são éticas, como desejar que essas ao ocuparem funções políticas possa exerce-las.  O que se percebe é que as pessoas não aprenderam a pensar no coletivo, no social, e sim em si próprias. É comum políticos tomar decisões baseados em suas vontades, que na grande maioria são estritamente pessoais, em benefício próprio e não em benefício de uma sociedade. 

A política como dito no meu comentário anterior tem uma grande relação com a ética, haja vista, que é uma atividade que deve obedecer um ordenamento jurídico, esse regido por princípios éticos de uma sociedade. Os mesmos políticos que criam o ordenamento jurídico, baseando-se na ética, são os mesmos que ao aplicar a política desviam-se das condutas éticas. Então percebe-se que a ética é compreendida, mas não é aplicada.

Verdade Winton. E o que é pior, ao tomar posse os políticos fazem juramentos que inclui código de ética a ser evidenciado em toda a sua gestão pública.

Boa noite!

  A ética e a política deveriam andar juntas pois estão relacionadas com o bem estar social e a dignidade humana, mas infelizmente o que mais vemos nos noticiários são escândalos como corrupção, desvios, superfaturamentos e etc. E de fato já está mais que comprovado que o nosso sistema político está fracassado e com isso o povo que deveria ser beneficiado com o dinheiro que é entregue em impostos, na verdade é o que mais sofre.

  Existe uma teoria de Nicolau Maquiavel que descreve essa realidade onde diz que os políticos não podem ser moralmente bons pois os simples cidadãos que compõe a sociedade, fora da política não são bons. E observando nossa sociedade dos dias atuais podemos afirmar que, não diferentemente da política o que mais predomina é o individualismo ou seja grande parte das pessoas comuns buscam seu próprio benefício mesmo que isso prejudique o outro.

  Bom, o que fazer então, baixar a cabeça e seguir “sobrevivendo” ou entrar nesse “jogo sujo”? Nenhuma das alternativas! Devemos seguir em frente e não se conformar pois a política não é sinônimo de corrupção, o que acontece é que a pessoa do administrador público em grande parte das vezes, é que está se deixando levar pela ambição e toma decisões sem qualquer ética e moral, perdendo sua responsabilidade original dentro de seu dever como gestor.

  Assim como a filosofia nos sugere, devemos ser pensadores, críticos e melhor ainda sermos autocríticos só assim vamos saber que nós temos o poder de mudar uma má cultura política e social de um país, como o pensador Michel Foucault nos alerta: Se não formos capazes de mostrar que é possível mudar a nós mesmos em primeiro lugar, se não conseguirmos mudar o exercício de poder em que estamos pessoalmente envolvidos, como podemos pretender que os outros venham a mudar a situação em que vivemos?

   Se cada um de nós como um todo, melhorarmos nossas relações sociais do cotidiano ou seja ser mais éticos nas urnas, no trabalho, escola, em casa ou qualquer outro lugar, daqui um tempo os próximos políticos que assumissem poderiam estar adestrados com uma conduta mais ética onde o bem estar de todos seria prioridade e com isso o povo que hoje é tão sofrido poderia no futuro gozar de um país mais humano e justo.

Wellington, boa noite!

Realmente a sua fala no que diz respeito ao individualismo é um fator intrigante na sociedade, muitos se compadecem do próximo outros se fazem como o intertexto de Bertolt Brecht descrito abaixo, por isso a importância da sociedade em se aglomerarem de forma organizada para brigarem pelos seus direitos.

INTERTEXTO

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários


Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis


Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados


Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando


Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."

Bertolt Brecht

Fonte: //www.pensador.com/frase/NTczNjMz/

Olá Ceni Rangel,

Sim, eu acredito que uma mudança de cultura, através de novas atitudes, pode ser nossa maior ferramenta para a mudança política e social!

Olá Ceni Rangel,

Sim, eu acredito que uma mudança de cultura, através de novas atitudes, pode ser nossa maior ferramenta para a mudança política e social!

Olá Ceni Rangel,

Sim, eu acredito que uma mudança de cultura, através de novas atitudes, pode ser nossa maior ferramenta para a mudança política e social!

Olá Ceni Rangel,

Sim, eu acredito que uma mudança de cultura, através de novas atitudes, pode ser nossa maior ferramenta para a mudança política e social!

Olá Ceni Rangel,

Sim, eu acredito que uma mudança de cultura, através de novas atitudes, pode ser nossa maior ferramenta para a mudança política e social!

   O povo brasileiro passa por um período político único, no qual em meio a tanta falta de ética e de moral no cenário político é possível pensar em um país melhor, num país que comece a compreender que os políticos não são pessoas que surgem de outros planetas e que chegam ao comando do poder.

   A sociedade deve entender que a política somos todos nós e que o político de hoje nada mais é do que o cidadão que cresceu no mesmo contexto moral e ético de todos aqueles que tanto repudiaram os escândalos noticiados no cenário político. O sentido da sociedade é formar cidadãos morais e éticos para que possam representar todos com dignidade e com o verdadeiro significado de representatividade.

Verdade Rayssa e para soma com sua postagem segundo Immanuel Kant “Esclarecimento é à saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. O homem é o próprio culpado dessa menoridade e a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem”. Essa menoridade citada por Kant é a falta de conhecimento do homem que o deixa apenas sob o entendimento. Ele diz que devemos busca uma maioridade, porém ninguém gosta de assumir responsabilidades, pois é mais fácil colocar a culpa em outra pessoa. Partindo desse principio observamos que todos nós cidadãos temos nossas responsabilidades e muitas vezes nos omitimos em tomar determinadas atitudes deixando sempre outras pessoas fazerem isso, pois caso dê errado já temos quem culpar. A atitude de chamar a responsabilidade de cidadão para si e que está faltando em nosso meio.

Como o próprio tema descreve a política deveria ser por natureza ética, pois os políticos que criam as leis e normas, que fiscalizam e julgam essas leis e normas criadas por eles, a sociedade é cobrada com base fundamentadas nessas leis e normas. Entendemos que os políticos deveriam ser moralmente éticos em cumprir suas atividades de forma que a sociedade confie na prática política.

Ao longo da história, segundo os estudiosos e filósofos como Platão tinha a ideia de que “a cidade deve ser dirigida por governantes sábios, justos e virtuosos”, Diniz nos diz que “Até o início do século XVI, política e moral não constituíam campos separados; ao contrário, eram tratadas de forma indistinta, sendo as avaliações dos fatos políticos afetadas por julgamentos de valor... Maquiavel rompe com essa forma de subordinação da política aos ditames da moral convencional e afirma que a política tem uma lógica própria e razões nem sempre compatíveis com princípios consagrados pela tradição (DINIZ, 1999, p. 61).”

Porém o que o vemos hoje no atual cenário político é uma enorme discordância entre prática política e os princípios morais. Podemos dizer até que a ética não se enquadra com os nossos representantes políticos, tornando essa relação cada dia mais estreita de uma forma que fica difícil de acreditar que no meio de tantos realmente haja algum político ético, que todos ou a maioria se deslumbram pelo poder e pelos privilégios que o cargo público lhe oferecem, como, isenção de impostos, aposentadorias especiais, salários altíssimos e uma carga horária bem reduzida.

Tantos benefícios oferecidos que exercer eticamente a política se torna algo fantasioso, ficando somente em papéis ou belos discursos.

A falta de ética leva a corrupção, ao desvio de verbas. A necessidade de se exercer eticamente a política é a necessidade de administrar de forma correta essas verbas, investindo em uma educação de qualidade, melhorando a saúde pública e consequentemente o bem estar social, diminuindo assim a violência, a criminalidade e a intolerância

Referências: //www.sabedoriapolitica.com.br/etica-e-politica/

Olá Jackeline. Na verdade a falta da ética na política, como também nas demais áreas, causa uma série de consequências que leva a sociedade a pagar um preço muito alto.

Olá Ceni Rangel,

Infelizmente a falta da ética na política, como também nas demais áreas, causa uma série de consequências que leva a sociedade a pagar um preço muito alto. Sua colocação é nossa triste realidade de país,pois o que vemos é um país rico de pobreza. Uma desigualdade social lamentável, onde temos pouco com muito e muitos com quase nada, restando assim, caos na saúde, pessoas morrendo em filas de hospitais aguardando algum procedimento, educação fragilizada, onde o apreço para transmitir conhecimentos para os estudantes foi trocado por estatística, bem-estar social, segurança lesada.

Realmente Tutora Ceni, aprofundando mais a leitura do tema, qualquer um que detenha o poder pode se corromper, pois intrinsecamente somos individualistas e egoístas, e se temos a oportunidade de experimentar o poder, esses comportamentos se afloram, seja um político, um empresário, um líder religioso, dentre outros, que tenham alguma forma de influência social.      

Boa noite, prezados colegas e professora.

Conforme o solicitado, segue a minha segunda postagem sobre o tema abordado.

A política tem como objetivo concretizar a vida justa e feliz. Uma vez que isso significa que a vida propriamente humana é digna de seres livres, então é indissociável da ética. Para os gregos, a ética existia inserida na comunidade política. Para Aristóteles, “o homem é um ser político por natureza, pois não consegue viver sozinho e assim realiza a sua felicidade plena na polis”. Sendo assim, quem age buscando o bem comum vive feliz.

Platão e Aristóteles afirmavam que a ética e a política deviam permanecer ligadas, e com base nessa teoria, Marilena Chauí nos diz que “Somente na cidade boa e justa os homens poderiam ser bons e justos; e somente homens bons e justos são capazes de instituir uma cidade boa e justa”.

A ética é a parte da Filosofia que estuda os juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. A ética, portanto, é o estudo dos valores que regem a conduta humana subjetiva e social.  É o parâmetro que temos para julgar as ações que beneficiam ou prejudicam a vida humana neste mundo e nesta sociedade.

 Em contrapartida, as éticas de hoje são em vários aspectos profundamente diferentes das antigas, hoje o que temos são aumentos de ganhos salariais acompanhados de atos de nepotismo intoleráveis, quando os maus políticos percorrem sinuosos caminhos para incluir nos benefícios e benesses dos quais se fazem possuidores parentes e amigos, desperdiçando iniquamente o suado dinheiro do povo, que deveria estar sendo canalizado para geração de empregos e projetos sociais.

A obra A República de Platão nos afirma que “o homem justo em nada diferirá da cidade justa e será semelhante a ela”, assim se estamos em uma situação de abandono e descaso, pois único objetivo dos nossos governantes é alcançar um mandato que lhes permita legislar para seu próprio benefício ou de grupos hegemônicos, ou administrar bens públicos, para retirar deles o que puderem, para si e para seus aliados.

 Desse modo, todos nós temos o dever de nos opor a esses desmandos, pacificamente, com ações populares que levem o Legislativo a criar leis inspiradas em princípios éticos universais e o Executivo e o Judiciário a obedecê-las, priorizando os interesses da coletividade, elaborando medidas voltadas para a desconcentração da renda e a geração de empregos. O povo brasileiro necessita e merece seguir a sua vocação de grande potência mundial, com cidadãos felizes e sem a miséria física e moral a que são submetidos, com ética na política.

Oi Ana Cecília, você tem razão em suas colocações. Mas para isso precisa-se resgatar os princípios éticos em todas as áreas da sociedade. 

Boa noite!

  Os termos utilizados muitas vezes pelas pessoas como “Eu vendo meu voto, é o máximo que eu consigo com a política mesmo” e “Eu no lugar daquele político roubava também, não sou bobo” nos demonstra a triste situação de decadência que vive o nosso sistema político e em conjunto a falta de esperança do povo, por melhoras significativas.

  Apolítica é uma ferramenta para organização da sociedade, visando atender as necessidades básicas de cada cidadão, no entanto o que vemos é estruturas e serviços em estado crítico, principalmente nas áreas de educação, saúde e segurança.

  Basta pesquisar um pouco para se encontrar números negativos que reforçam e comprovam a falta de responsabilidade e compromisso ou seja a verdadeira falta de ética para com a população, por parte do governo:

  • Educação – 39%  das escolas municipais de ensino fundamental tem bibliotecas; nas particulares é de 82%, diz Censo Escolar 2017;

No Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos, segundo IBGE 2017;

No Brasil tem quase 25 milhões de jovens de 14 a 29 anos fora da escola, segundo IBGE 2017.

  • Saúde – 76% dos hospitais públicos não tem condições de atender pacientes com AVC, segundo pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM);

Brasil desativa 10 mil leitos pediátricos em 6 anos ( Jornal O Estado de S. Paulo 2017)

Em 15 anos, governo retém R$ 31 bilhões em gastos para saúde (Estadão/Broadcast 2018)

  • Segurança – O Brasil em 2017 registrou o maior número de mortes violentas do mundo, 70,2 mil mortos -12% do total do planeta, segundo informe da entidade Small Arms Survey;

No Brasil acontece 1 roubo ou furto de veículo a cada minuto; Rio de Janeiro lidera o ranking (Jornal Folha de S. Paulo 2017).

  Isso tudo nos traz revolta, tristeza, sensação de impunidade e abala toda uma nação, mas temos que acreditar em um “amanhã” melhor pois se desistirmos do nosso país quem vai lutar por ele.

REFERÊNCIAS:

m.oglobo.globo.com

g1.globo.com

exame.abril.com.br

m.folha.uol.com.br

odia.ig.com.br

www.estadao.com.br

 Olá professora Regina Márcia e demais colegas,

Acredito que no cenário político em que se encontra nosso país, não é muito difícil responder tais perguntas e/ou questionamentos.

Respostas curtas: (Cenário Político atual do Brasil)

  • Em que sentido se dá essa falta de ética.

Resposta: Ganância pelo poder e dinheiro.

  • As relações entre ética e política.

Resposta: Nenhuma, vendo que Política é antônimo de Ética.

  • A natureza ética da política.

Resposta: Não há ética na política.

  • A falta de ética no exercício político.

Resposta: Algo muito comum, chegando até ser incomum.

  • A necessidade de se exercer eticamente a política.

Resposta: Sonho distante.

Bem pessoal, infelizmente esta é nossa realidade política. Não deveria, se caso nossos representantes usassem os regimentos corretos para executar as atividades a eles atribuídas.

Oi Ana Cleide, entendo sua indignação e compartilho com ela. Contudo, apesar do caos político e ético em que o Brasil se encontra, a política permenece, por natureza, ética, pois, o ordenamento jurídico da sociedade é feito com base no princípio universal de promoção da dignidade humana e do bem comum, veja o artigo 5 da constituição. Assim, não podemos generalizar a falta de ética na política, pois, ela está na conduta de alguns políticos, ainda que da maioria. Outra coisa, não podemos nos excluir desse processo como se não tivéssemos nada a ver com isso, pois, somos nós que elegemos os políticos e, portanto, somos co-responsáveis pelo que eles fazem. Portanto, a falta de ética na política não está só na conduta antiética dos políticos corruptos, mas, na nossa omissão diante da corrupção deles. E mais, quem se omite, está eticamente impedido de criticar, pois, a omissão é uma forma de autoexclusão. Repense suas respostas. 

Ana Cleide,

Infelizmente esta é nossa realidade, um individualismo e egoísmo exacerbado sobretudo no exercício politico que gera um descaso com os interesses coletivo, trazendo sentimentos de impotência e desesperança para sociedade. mas não podemos aprender a conviver com ela,  pois, ainda somos a maioria os que sonha com um país mais justo e igual para todos, e acredito que num esforço conjunto para resgatar os valores os princípios éticos esquecidos podemos mudar esta realidade.

Bem,

Acredito que todos já estejam cansados das notícias referentes a política. O assunto Política se tornou algo tão banal, sem credibilidade, o sentido se perdeu completamente. Infelizmente essa é nossa realidade.

Sabemos que  POLÍTICA é a arte ou ciência de governar, organização, direção e administração de nações ou Estados; ciência política. Porém graças a falta de ética, compromisso, moral, decência, comprometimento, responsabilidade e todos os substantivos que compõem o Código de Ética, a política perdeu seu prestígio, sua essência, através de pessoas corruptas, que pensam somente em si próprio. 

Ana, a política nunca vai perder sua essência e seu propósito por conta da corrupção dos políticos, ela vai permanecer como a atividade de organização da vida social através da elaboração de seu ordenamento jurídico, tendo por base, a promoção do bem comum e da dignidade humana. A corrupção sim será banida do seio da política e da sociedade. E esse processo já está em curso em nosso país pela operação lava jato, muitos políticos corruptos já foram julgados, condenados e estão presos, cumprindo suas penas. Repense essas questões

  Regina,concordo com você que "a política não vai perder sua essência e seu propósito por conta da corrupção dos políticos" .Mas ainda caminhamos lentamente,uma vez que alguns políticos foram julgados, condenados e estão  cumprindo suas penas.Outros encontraram uma "brecha" na lei e cumprem suas penas em domicilio, ao meu ver não deveriam ter esse direito.

Realmente professora Regina, a ética não vai perder sua essência, isso é fato. Porém, discordo que a corrupção irá ter fim algum dia, pelo simples fato das leis brasileiras serem muito falhas, sei que a operação Lava Jato já julgou e condenou muitos políticos corruptos, no entanto, em meu ponto de vista, são penas fora do comum pelo tamanho da gravidade dos fatos, afinal, são delitos que acaba abalando todo um país.

Sei também que nós como eleitores temos uma parcela de culpa neste cenário, ainda arrisco em dizer que não seria uma parcela significante, no contexto em que não temos escolhas de mudanças, as opções que temos são exatamente escolhidas não por mérito e sim por quem tem mais dinheiro par bancar a política. O que resta para nós é apenas escolher o menos pior para nos representar.

Vale ressaltar, que a essência da política jamais será perdida, porém, será abalada por atos impróprios dos nossos governantes. As pessoas se corrompem facilmente, a maioria das pessoas que entram nesse meio, já é com intenções de se dá bem. As que entram com propósito de fazer a verdadeira política, não tem na maioria das vezes apoio dos parceiros. Afinal. a união é que faz acontecer.

Cara Ana Cleide, boa tarde

Colega concordo com você que a política no Brasil está descreditada e que são tantos e tão frequentes os deslizes cometidos nessa área, que, para a maioria do eleitorado, nós, fica difícil separar o joio do trigo. Afirma-se também que na vida pública não há gente séria, e que todos os políticos são iguais. No entanto, há uma minoria de homens e mulheres íntegros, que, por ser minoria, ressentem-se da insuficiência de poder decisório para fazer valer seu ponto de vista. Creio que você mesma talvez conheça algum desses exemplos.

É seu direito acreditar que a corrupção não terá fim. Porém, é meu direito discordar de sua opinião, mesmo respeitando-a. Sabemos que as leis do Brasil são falhas, trazem lacunas que favorecem os que têm dinheiro e não ajudam os mais necessitados. Estamos em ano eleitoral, e para o cargo supostamente mais importante do governo. Daqui há alguns meses poderemos perceber que temos sim, parcela de culpa como eleitores, eu mesma, por ter mudado de cidade não fiz  e não faço questão de transferir meu título de eleitor, por enquanto, por decisão minha. Sou uma das que está desacreditada da política partidária, mas que tem esperança de uma renovação no cenário político. Veremos nas propagandas políticas, quem não desligar sua TV ou rádio, a "qualidade" dos candidatos que se filiam em partidos. Muitos são alienados do conceito que temos o privilégio de estudar. E essa alienação é contagiosa para a maioria dos brasileiros, que são desinformados e acabam por eleger candidatos despreparados para governar cidades, estados, municípios e até o país.

Olá Jackeline,

Realmente, percebo que foi muito severa minha afirmação de que a corrupção não terá fim, na verdade, ainda tenho esperança e fé que um dia esse cenário irá mudar. Acontece que estamos tão calejados de tantas barbaridades no meio político, que acabamos perdendo a esperança. O que realmente eu acredito pé que se o povo se unir para mudar esse cenário, com certeza teríamos mudanças radicais. Porém, a desunião começa sim por nós, e temos uma  parcela de culpa bem razoável neste contexto.

Com tantos casos de corrupção envolvendo o dinheiro público, a sensação que temos é realmente essa Ana Cleide, que é pouco o que o Poder Judiciário através de suas operações estão fazendo para combate a corrupção. E o que mais impressiona, é que simultaneamente a essas operações e várias prisões de políticos corruptos, acontece milhares de outras denúncias de casos de corrupção. Dando a entender que não está surtindo os efeitos esperados no comportamento do político quanto a suas condutas morais e éticas. E isto evidencia que somente a ação do Judiciário não irá resolver a questão da falta de ética na politica, mas, essas ações já é um grande passo para as mudanças necessárias no nosso país, pois, nos mostra a quem estamos confiando o destino da Nação e a importância das nossas escolha serem pautadas nos princípios éticos e morais.

Concordo com você Ana Cleide! A política em nosso país anda em lados opostos a seus princípios. Já tivemos no decorrer de nossa historia grandes manifestações de união do povo e conquistas significativas na política, como a das Diretas Já, Os Caras Pintadas, as manifestações para Impeachment da Dilma e atualmente temos acompanhado a Operação Lava Jato, onde o poder Judiciário tem feito uma varredura no sistema de corrupção . Com tudo isso, ainda considero "o caminhar de formiguinhas", nossas leis são muito ferrenhas para quem vende produtos na rua sem registro , porém muito brandas para quem rouba milhões de reais dos cofres públicos, assim nossa geração não conseguira ver mudanças significativas. Falam em tantas reformas no Congresso Nacional, porém nunca ouvimos falar uma vez sequer de Reforma Política. Quando houver uma reforma na política e melhora das leis anticorrupção aí sim nossas chances de viver numa sociedade digna aumentarão.

Em toda a história da democrática e da formação política do Brasil seus políticos tem agido com falta de ética em suas ações políticas. O cenário político brasileiro tem sido dominado pelos interesses particulares de seus representantes, neste contexto a esfera pública confunde-se com a espera da vida privada.Esta separação má realizada entre o que é público e o que é privado tem influenciado nosso modo de viver a séculos.

Raimundo Faoro na Obra “Os Donos do Poder” que tenta demonstrar, entre outras coisas, como tem sido difícil para os brasileiros lidarem com os limites destes dois universos. No início de sua obra o autor assevera que “Os reis portugueses governavam o reino como a própria casa, não distinguindo o tesouro pessoal do patrimônio público” (FAORO, 1958, p. 11).

Em pleno século XXI, este ainda é um hábito muito comum tanto da maioria dos políticos quanto da maioria da população brasileira, gerando um círculo vicioso que resiste a mais de cinco séculos. Assim, temos ainda uma noção de “Política” deturpada do seu sentido grego, ou seja, a Política como uma forma dos homens viverem em sociedade em busca de um bem comum, além de almejar o maior interesse da Polis contrapondo-se, sempre, ao interesse particular de cada cidadão.

Da forma como foi concebida a noção de Política predominante em nosso país, ela é incompatível com a ética, pois adota princípios antagônicos desta. Seguem hábitos políticos identificados por Maquiavel no século XVI, que indicavam que “não seria possível combinar ética e política”.

Felizmente, me parece, que no bojo da crise política, ética e moral vivenciado atualmente pela sociedade brasileira está tomando corpo em nossa um novo padrão. Uma nova forma de encarar a política. Este fenômeno pode favorecer um amadurecimento da noção do que seja a política e do papel do político em nossa sociedade. Considero que a diminuição do uso de termo como, “ele rouba mais faz!” seja um bom indicador desse novo padrão.

Fonte: 

FAORO, Raimundo. Os donos do Poder. Formação do patronato Político Brasileiro. 1958.

Filosofia e Ética / Selvino José Assmann. – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.

Concordo com o que você diz Marcos Wilk, na concepção de Platão, o governo da sociedade teria rígidas divisões  hierárquicas, a partir de três classes: pessoas comuns, guerreiros e guardiões do Estado. Esta última classe, receberia educação exclusiva para governar com sabedoria. Seria o governante uma espécie de rei-filósofo, bastante diferente dos reis portugueses da Casa dos Bragança, nenhum pouco aprimorados na governança do antigo Império Português, do qual o Brasil foi parte.

Contudo, houve um período, no governo de D. José I, de 1750 a 1777, no qual o soberano português reconheceu sua incompetência para governar e legou a administração do Império Português ao nobre Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, ilustre Primeiro Ministro da Coroa Portuguesa, responsável pela expulsão dos jesuítas do Brasil, pela criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e pela intensificação da cobrança do quinto (Imposto cobrado sobre o ouro) nas Minas Gerais.

Reconhece-se, com isso, que sempre é possível se administrar de maneira eficiente, quando há administradores competentes.

REFERÊNCIAS:

GOMES, Laurentino. 1808 -- São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.

MIORANZA, Ciro. Atlas básico de filosofia. -- São Paulo: Escala Educacional, 2007.

Querida turma

         Temos praticamente 3 (três) dias para o encerramento do Fórum Temático de nossa Disciplina. Parabenizo os que estão participando ativamente, certamente enriqueceram seu conhecimento, mas lamento pelos que não o fizeram.

Queria pedir um favor a vocês, para o bem de todos (lembra alguma coisa?):  Incentive seus colegas a participarem. São 36 alunos de Canaã dos Carajás que nada fizeram no Fórum. Eles serão bem prejudicados também na avaliação final, pois o Fórum vale 2,0 e a tarefa 2,0. Que tal fazer contato agora com seus colegas? Use a rede social e dê um alô urgente. Conto com sua força!

    O  que podemos dizer nos dias de hoje é que houve uma ruptura entre a política e a ética,ou seja,elas caminham em lados opostos.Enquanto os políticos do nosso país só pensam em seu próprio bem estar, a ética diz que temos que pensar no bem de todos.E nós eleitores somos os culpados de estarmos vivendo essa situação que hoje assola nosso país,pois quando elegemos nossos governantes,nos  acomodamos,nos conformamos com o pouco que eles fazem por nós.Não  cobramos que sejam éticos,muitas vezes ouvimos de alguns cidadão:''ele roubou,mas fez alguma coisa".      

   Os políticos não foram eleitos para roubar e sim para trabalhar pelo povo e para o povo, ou seja,estão no poder por acreditarmos que iriam saber administrar nossos impostos com honestidade e lealdade.Porém,não é isso que acontece.Vemos  obras grandiosa superfaturadas e, o pior de tudo, inacabadas.A  corrupção anda de mãos dadas com nossos políticos.E nós,cidadão brasileiros precisamos acordar.Temos que ir atrás de nossos direitos, assim como elegemos nossos gestores temos que cobrá-los em relação à ética de sua administração.

   Assim,temos que nos incomodar com a falta de respeito que existe com nossa nação.Temos que nos unir e ir aos órgãos competentes cobrarmos a transparência do uso de nossos recursos.Juntos somos fortes,podemos ser a mudança de um mundo melhor para as gerações próximas.

Olá Margareth, Sua colocação é bem coerente e verdadeira, no quesito de que elegemos os governantes para administrar o nosso país e os impostos pago por nós cidadãos, de forma ética, honrada, legal , trabalhando para gerar bem estar, saúde, educação, uma vida de qualidade para a população, sociedade geral. Porém, o que vemos são governantes que só pensam apenas em seu próprio bem.

Margareth, concordo com você que precisamos votar com responsabilidade e não esquecer de acompanhar o trabalho dos candidatos eleitos, mesmo não sendo o candidato para o qual votamos. quero reafirmar a parte em que você relata sobre a não aceitarmos a falta de respeito que os nossos gestores tem para com o nosso dinheiro e que realmente não devemos aceitar essa falta de etica na gestão de nossos recursos. afinal eles foram eleitos para com o dinheiro de nossos impostos fazer valer a nossa constituição e garantir o acesso de todos aos direitos que temos enquanto cidadão. porque se é pra pagar imposto por tudo e ainda pagar por saude, educação, e segurança por exemplo, vamos cancelar os impostos afinal a gente esta pagando duas vezes pelas mesmas coisas e muito caro por sinal.

Muito bem concordo com o seu ponto de vista. Precisamos ser mais reativo com alguma opiniões e não se calar, debater e correr atras do que é o certo. Daquilo que é nosso por direito, sem deixar de infringir os direito morais e éticos. 

Boa tarde Tutora e colegas,

1. As relações entre ética e política.

Para ASSMANN (2012), “Ética é o estudo do comportamento humano, investigação sobre o que é bom e o que é mau, e sobre o modo de se estabelecerem, histórica e teoricamente, normas válidas para todos.” E para GRÜTZMANN, “ética significa ainda o modo de ser de certa pessoa, seus hábitos que determinam grandemente seu ‘caráter’. [...] é algo que precisa ser adquirido e ensinado até que se transforme em um hábito comum, já que não se trata de algo inato.”

De acordo com ARANHA (1992), “A política é a atividade que diz respeito à vida pública. Etimologicamente, polis, em grego, significa "cidade". A política é portanto a arte de governar, de gerir os destinos da cidade. O homem político é aquele que atua na vida pública e é investido de poder para imprimir determinado rumo à sociedade, tendo em vista o interesse comum.”

Ambas estão relacionadas com escolhas e deliberações que devem ser feitas, porém, a ética refere-se à ação individual, enquanto a política refere-se à ação coletiva. Como bem é tratado na leitura obrigatória, para a política o que vale mais é a eficácia, o bom resultado, e não o cumprimento de princípios. O que vemos na política de hoje é fruto das (poucas e difíceis) escolhas que temos nas urnas. Os candidatos, em época de campanha, tentam de todo modo nos convencer de que suas atitudes ao serem eleitos, serão as melhores para a população. Tentam de toda forma ser e agir com ética. No entanto, estamos nos tornando eleitores sem candidatos por “já não sabermos o que é bom e o que é mau”. De escolhermos os melhores entre os piores. A realidade política do Brasil grita por mudança.

 2. A natureza ética da política.

Para responder a esta questão segue a visão de ARANHA (2016) que conceitua “Ética ou filosofia moral como a reflexão sobre as noções e princípios que fundamentam a vida moral. Esses dependem da concepção de ser humano tomada como ponto de partida. A autora ainda nos remete ao significado de política, como já mencionado, “a arte de governar, de gerir o destino da cidade. Ao acompanharmos o movimento da história, constatamos que essa definição adquire nuanças as mais diferentes, conforme cada contexto temporal/espacial, obedecendo às especificidades de cada época e sociedade, bem como variam as expectativas a respeito da atitude do agente político.”

Maquiavel propôs a “concepção grega do ‘bom governante’ onde as ações serão alcançadas na busca do bem comum, ou seja, surge uma nova moral da política, centrada em critérios de avaliação do que é útil à comunidade: se o que define a moral na política é o bem da comunidade, constitui dever do príncipe manter-se no poder a qualquer custo”. Daí nos leva à reflexão de que, nos reportando aos dias atuais, muitos políticos agem de forma inescrupulosa para manter-se no governo, aparentemente, esqueceram que para atingir a moral política visando o bem comum devem agir conforme suas normas de conduta para beneficiar a sociedade em geral.

3. A falta de ética no exercício político.

Em nosso país, atualmente, estamos vivenciando vários escândalos envolvendo políticos de todas as esferas jurídicas (federal, estadual e municipal). Está havendo uma desordem jurídica, uma distorção de valores, de conceitos, e, principalmente, a desvalorização da democracia. Como pauta ASSMANN (2012), “o Brasil vive uma crise ética profunda na política, pois, as instituições públicas foram tomadas por uma corrupção sistêmica desencadeada pela cúpula política do país.”

Há um excesso de políticos partidários que ainda não aprenderam o conceito de poder, quando se trata de um “conjunto de relações palas quais os indivíduos ou grupos interferem na atividade de outros indivíduos ou grupos”, é preciso usar corretamente do que dispõe para mudar de forma positiva a nação. Usam de forma equivocada do poder e dos recursos públicos de modo em que predominam seus interesses próprios e não os coletivos.

A política trata de relações de poder. Onde este “é a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos.” Todavia, o que vivenciamos na realidade são efeitos da falta de ética com a confiança depositada pela população quando elege um candidato que promete priorizar a saúde pública, escolas e creches de qualidade, segurança pública, bom retorno à população dos impostos pagos até por eles mesmos, dentre outros aspectos. Ao contrário disso, vemos na figura anexa à atividade, políticos “governando” de tornozeleiras eletrônicas. Somos surpreendidos com a imagem de nosso dinheiro saindo de meias de políticos ou sendo carregados em maletas, negociados como se fosse propriedade particular de governantes que agem de má fé. Não falta ética na política. Falta políticos com ética para, de fato, exercer a política com caráter e honestidade.

4. A necessidade de se exercer eticamente a política.

 De acordo com Maquiavel, “os políticos não podem ser bons moralmente porque os seres humanos como tais, como cidadãos, ou simplesmente como seres humanos, fora da política, não são bons”.

Ao contrário da atual realidade em nosso país, é urgente e necessário que a imagem da política seja reconstruída, que haja de fato o empenho na realização do bem comum, do bem da coletividade ao qual se aplica como a um propósito final. Os políticos e os cidadãos, que os elegem para essa, que é uma das mais nobres ocupações humanas devem fazer jus às necessidades da população. Nós, cidadãos comuns, precisamos nos conscientizar de cobrar e fiscalizar as ações dos políticos, pois eles estão no cargo de mandato temporário. Fora dele, voltam a ser cidadãos, como nós. A política, sendo, sendo arte de governar, e a ética, normas e princípios que fundamental a vida moral, pode ser aprendidas e exercida por todos, cada um de acordo com sua função. À família e à escola cabem o dever de ensinar os princípios morais e éticos que moldam o caráter do indivíduo.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia / Maria Lúcia de Arruda    Aranha, Maria Helena Pires Martins — São Paulo: Moderna, 1992.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia, volume único. Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins — 6. Ed. – São Paulo: Moderna, 2016.

ASSMANN, Selvino José Filosofia e Ética / Selvino José Assmann. – 2. ed.  reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012. 164p.: il.

GRÜTZMANN, Lidiane. Fundamentos filosóficos da administração. Lidiane Grützmann. Curitiba: InterSaberes. 2014.

olá Jacqueline!

Sua postagem é muito interessante e contribuiu para que tenhamos em mente, conceitos que possam nortear nossas ações. Porém, é importante ressaltar que a questão da falta de comportamento ético não está apenas entre as pessoas que exercem cargos públicos, mas em toda a sociedade, essas são o reflexo da degradação social que vivemos. Isso nos leva a refletir da necessidade da sociedade resgatar seus valores éticos, pois a partir disso, será possível mudar o cenário político. 

A falta de ética no exercício da política se dá através da inobservância do princípio universal de gerar o bem comum. Causada pela necessidade do ser humano de buscar sempre mais e mais para si mesmo. De acordo com Albert Camus, é injustificável viver indiferente ao outro, e fazer o outro sofre a única maneira de se enganar. Maquiavel e Hobbes concordam que por natureza os homens tendem para o mal enquanto Rousseau afirma que é da natureza humana fazer o bem, porém ambos aceitam que só nos tornamos morais depois de estabelecida uma lei. Sendo moral aquele que cumpre as normas e imoral aquele que não as cumpre. Nossa politica, ou as normas de conduta que regem a nossa convivência considera o resultado da natureza humana previstos Maquiavel e por Rousseau, considerando moral aqueles que tendem para o bem e imoral aqueles que tendem para mal. Devemos observar que existem muitas regras diferentes sendo as normas aplicadas em diferentes comunidade, sendo assim o que considerado moral em um lugar pode ser imoral em outro mesmo sendo praticado pelo mesmo individuo. Segundo Platão a única solução segura e definitiva é alcançar uma verdade universal, neutra, independente de qualquer interesse de parte. E só então colocada em pratica. A política cria normas de convívio que são excelentes enquanto projetos, mas quando chega o momento de pôr em pratica o detentor do poder pode optar por seguir as normas ou não, como quando um agente de transito faz vista grossa por uns trocados e deixa passar uma inflação de transito, ou um secretario de meio ambiente que ordena a um fiscal fazer um relatório alterado para que uma grande empresa imobiliária comercialize uma área de APP em troca de uma grana preta. Em uma aplicação mais enraizada aqueles que criam a norma já visão ser privilegiados por ela, a exemplo dos políticos que usam as leis de proteção a parlamentares para cometerem crimes e saírem ilesos.

A charge retrata a situação atual da política no Brasil, onde temos muitos exemplos, na esfera municipal, estadual e federal, de políticos envolvidos, investigados e condenados em vários escândalos, de esquema de pagamento de propinas, fraudes em licitações, caixa 2 de campanha eleitoral, entre várias outras formas de desvio do dinheiro público.

A corrupção banalizou-se e permeia os três poderes, quase que diariamente um novo escândalo ganha as manchetes nas mídias, e isso tem um custo altíssimo para a sociedade, para a implantação de políticas sociais, atinge diretamente a oferta de bens e serviços públicos, reflete na diminuição da qualidade de serviços públicos essenciais como educação, saúde, meio ambiente, cultura e muitos outros, e pode influenciar diretamente no crescimento econômico do país.

Os gastos excessivos com a construção de estádios de futebol para a Copa do Mundo, por exemplo, e obras que nem se quer chegaram a ser finalizadas, utilizando recursos que poderiam servir de benefícios para a sociedade em geral.

Por isso é fundamental e urgente uma discussão sobre uma moralidade pública de modo a instigar nossos representantes, e a sociedade como um todo, valores como a honestidade, o sentido de responsabilidade social. Só conseguiremos mudar essa realidade quando houver garantia à população de uma boa educação, o que trará consciência e resultados éticos muito mais satisfatórios que os presenciados atualmente, pois não se aprende mais a ética durante o período escolar.

O fortalecimento dos valores éticos é sem dúvida uma ferramenta fundamental para combater a corrupção, assim como o conjunto de regras e normas que permeiam a Administração Pública devem ser instrumento para combater e corrigir a falta de ética na política, pelo menos em parte.

Além disso, o cidadão precisa querer conhecer mais da politica, dos serviços da vida pública, participar das audiências públicas, dar sua opinião, ter atitude, cobrar um governo onde a sociedade participe mais, cobrar mais atuação da associação do seu bairro, por exemplo. A partir do comportamento individual de cada um, pois da mesma forma que fazendo nada, por achar que sozinho você não vai mudar o país, se cada um pensasse em agir corretamente, e buscar ter o conhecimento político do que foi planejado para o seu bairro, por exemplo, se de fato está sendo executado e de que forma isso está sendo feito, fazendo o correto, pode-se provocar outras pessoas a fazê-lo também.

No Fascículo Filosofia e Ética (p. 150), Da Matta em uma análise sobre o desafio ético brasileiro, faz referência ao bordão "rouba, mas faz" como sendo este o melhor exemplo dessa ética dúplice que tem permeado o pior ângulo da vida publica brasileira.

Ao relacionarmos ética e política percebemos que ética parece funcionar mais como figura de retórica, onde tudo se vende inclusive os valores e princípios éticos. Dessa forma a ética passa de valor, a uma arma política inclusive dos não éticos, o que dificulta para a maioria do eleitorado separar o joio do trigo. A falta de ética se encontra no país inteiro, desde o seu maior comandante ao mais humilde cidadão. Aos gestores públicos, falta o respeito aos princípios éticos ou por vezes nem princípios éticos estes tem, muitas vezes por falta de uma boa formação moral.

Dessa forma, nós enquanto sociedade, temos que entender que a política somos todos nós, e que nós temos que lutar para formar cidadãos morais e éticos que possam nos representar (verdadeiramente representar) com dignidade. Para que a ética possa ser exercida na política hoje, é preciso uma mudança de mentalidade e consequentemente de atitude da própria população, sendo fiscalizadores do bom andamento da política. Além disso, a ética deve permear todas as relações cotidianas; seja em casa, no trabalho ou na comunidade. Tem-se que avançar como sociedade, refazer os conceitos, as relações sociais para compreender que o bem comum só será garantido com a participação de todos os cidadãos.

Fonte:

- ASSMANN, Selvino José. Filosofia e Ética. 2. ed., 2012.

- Texto: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. Unidades III- Moral e IV- Política.

A falta de ética na política se dá pelo fato de estarmos vivendo uma crise ética na sociedade. O ser político – cidadão – não está sendo ético, acarretando sérios problemas sociais como já sabemos. Mas, antes de tudo, é necessário que se faça uma reflexão sobre o que vem a ser ética, para se poder dizer exatamente o que falta.

Schroeder define ética “como sendo o refinamento ente o bem e o mal, o ideal de como melhor agir e de como melhor ser”.  Observa-se, por esta ótica, que sabendo-se que a política “é a atividade de organização social”, o comportamento do indivíduo, ser político, precisa ser pautado na ética, demonstrando valores como: justiça, honestidade, integridade.  

Segundo Cherchi, (apud Medeiros) “a ética na política, diz respeito à conduta de cidadãos investidos em funções públicas, que como agentes públicos são responsáveis por manter uma conduta ética compatível com o exercício do cargo público para os quais foram eleitos”.

 Sendo assim, é evidente que a política é por natureza ética, pois visa o bem comum da sociedade, porém, está sendo deturpada pelas ações dos indivíduos que evidenciam comportamentos antiéticos. Então para se exercer eticamente a política é imprescindível que se resgate os valores éticos, que infelizmente estão perdidos.

REFERÊNCIAS

SCHROEDER, Ivanir – A responsabilidade e o desfio na formação de um administrador, 2004, p.3

MEDEIROS, Alexsandro M. – Ética e Política, 2016.

//www.sabedoriapolitica.com.br/etica-e-politica/

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Ética e Política. Olá, professores e colegas!

Falar de ética e política não é tarefa simples, e, estabelecer relações entre elas é mais complexo ainda, principalmente, quando analisamos a realidade atual da política brasileira, usando o senso comum, não há possibilidades destas terem algum tipo de ligação, pois a mesma é feita por indivíduos que desconhecem o termo ética, e utilizam de meios fraudulentos para manterem-se no poder e conseguir enriquecimento (ilícito), sendo assim, a política não está sendo usada em benefício comum, mas sim, individual, ou de um pequeno grupo (político), enquanto a sociedade padece com as mazelas e um mar de problemas sociais, como, “insegurança” pública, má qualidade na saúde e educação, fome, violência, desigualdade, má distribuição de renda, etc., estes são os frutos da falta de ética no exercício político. A referida questão (ética e política) despertou, no decorrer dos séculos, a atenção de vários estudiosos, originando diversos conceitos que divergem um do outro. Entre os diferentes pensamentos pode-se citar as versões de Aristóteles e Maquiavel. Segundo Aristóteles (apud COTRIM & FERNANDES, pg.310, 2010) a política era uma extensão da ética, só que aplicada a vida pública, ou seja, para ele, são/seriam dois termos inseparáveis, levando em consideração, que, é preciso que o indivíduo político tenha ética em sua vida particular e dessa forma dissemine-a na vida pública. Já Maquiavel (apud Cotrim e Fernandes, 2010, p 318), expõe/propõe que ética e política são dissociáveis. O autor destaca que política deve ter como finalidade a sustentação do poder do Estado, podendo o governante usar de todo e qualquer artifício para conservar seu poder, segundo ele, “os fins justificam os meios”. Sendo assim, a luz de Maquiavel, o senso comum não está incorreto, vive-se tempos de total desesperança devido a ‘amoralidade’ política em que se encontra o país. Diante do exposto é essencial, que a ética se faça presente no exercício diário não só político, mas na ação de cada cidadão, só assim, a política será de fato ação transformadora da sociedade, seja pela utopia, pela reforma ou pela revolução (ARANHA, 1992).

Ref. Bibliográfica

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia / Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins — São Paulo: Moderna, 1992. ASSMANN, Selvino José. Filosofia e Ética 2. ed. reimp. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/ UFSC, 2012. COTRIM, Gilberto; & FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. – 1 ed. São Paulo: Saraiva 2010.

Quando nos reportamos á foto, acima, apresentada no tema desse Fórum temático, observamos que a sociedade precisa, urgentemente, rever seus valores. Cada indivíduo precisa refletir sobre suas ações e buscar corrigir sua postura como ser social e político. Pois, o que está sendo mostrado, (indivíduos com tornozeleiras eletrônicas, evidenciando “dívidas” com a justiça) é um reflexo da degradação social, atualmente. É um indicativo de que a sociedade precisa de ética, e além disso precisa evidenciá-la através de suas ações. A falta de ética na política se dá no sentido de o indivíduo, por não ter valores – honestidade, justiça e respeito ao próximo – querer se beneficiar da a coisa pública, aquilo que visa o bem comum. E isso é preocupante, pois, os representantes públicos são o reflexo de toda sociedade. Isso quer dizer que a sociedade precisa mudar, não apenas os políticos.

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Concordo você Vanusa. Não podemos esperar mudanças repentinas do dia para a noite na "grande política" se não iniciarmos hoje mudanças na "pequena política" aquela do dia-dia. Ações que parecem bobas como respeitar a ordem de uma fila e o parar no Sinal vermelho, mas que se refletem nas licitações fraudulentas ou nos desvios dos recursos da educação.   

A certeza da impunidade, por certo, estaria na base da prática dessas ilicitudes. A sociedade, por outro lado, não recrimina com a veemência necessária quem pratica desvios no exercício da função pública. Essa particularidade fica bem nítida, na seguinte constatação: se um cidadão retira o dinheiro da bolsa de alguém, na rua, é taxado de ladrão e poderá ser linchado de forma implacável. Já o cidadão, que retira o dinheiro da merenda escolar destinado às crianças carentes, é qualificado apenas de ímprobo. Não recebe o repúdio da população com a mesma ênfase dispensada ao batedor de carteira. Mesmo que passe cinco dias preso, consegue ser eleito, sendo, surpreendentemente, indicado pelos eleitores para conduzir os recursos públicos. Nesse cenário de indigência cívica, a imprensa, mesmo com eventuais excessos, cumpre um grande papel, informando ao público as irregularidades. A ausência de governantes, que sirvam de paradigma para a nação, explica a ausência de bons exemplos a serem noticiados.

Para tratar sobre etica e política e suas relações, natureza e a falta de ética, primeiro, cabe uma explicação sobre a diferença entre moral e ética. De acordo com Romano, professor de ética da Unicamp, a ética é a atitude que se mostra, o que é visível, é agir conforme as regras determinadas pelo coletivo. "A pessoa pode agir em termos éticos sem ter moral. Apenas porque tem medo da pressão externa."

            A moral, explica o professor, é o que pensa a pessoa em seu íntimo, os valores que a pessoa tem. "Significa que, se agir errado, a pessoa pode se arrepender no seu íntimo. Isso é ter moral." Ou seja, a ética é uma questão coletiva, e a moral, individual.

            Já na politica brasileira as condutas apontadas como éticas estão: “promover a defesa dos interesses populares e nacionais” e “exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular”. Mas os dias atuais prenunciam o despertar de um novo desses momentos críticos, e em todos os pontos do país explode o debate sobre as definições da ética e da política, em busca da justaposição dos conceitos como exigência da própria sobrevivência nacional. Ao mesmo tempo, cresce a exigência de formulação de um novo projeto político e econômico para uma nova etapa do desenvolvimento nacional.

            Há uma diferença nítida e essencial entre os valores básicos que fundam uma e outra das éticas em confronto: a do socialismo sobre a justiça, a igualdade e a fraternidade, a do capitalismo sobre a utilidade dos resultados em termos de bem-estar material. A liberdade é valor essencial de ambos, apesar das impugnações e mesmo imprecações de lado a lado.

            Acontecimentos recentes com denúncias de corrupção nos mais altos escalões do governo, do legislativo e do meio empresarial vêm causando perplexidade pelo alcance e a dimensão de casos que, se de um lado, sempre se suspeitou que ocorressem, por outro lado, nunca se pensou que tivessem essa magnitude e que pudessem causar os prejuízos que concretamente causaram.

           Que desafios trazem para a sociedade brasileira as consequências desses processos que se tornaram parte de nosso dia? Um ponto positivo é certamente o aumento da consciência ética do cidadão brasileiro, ou seja, a percepção da importância de uma postura mais ética. Além disso, a certeza da impunidade das elites, muito comum em nosso contexto.

          Corrupção fere os critérios éticos básicos de honestidade e respeito, de transparência e dignidade. Produz ineficiência, causa dano à sociedade, prejudica a coletividade, significa uma ruptura com a cidadania. A corrupção no serviço público viola um dos princípios mais básicos da ética na política, que remonta à “Alegoria da Caverna” de Platão, a distinção entre o público e o privado

Fonte de pesquisa: //g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1280472-5601,00-PARA+VOCE+O+QUE+E+A+ETICA+NA+POLITICA.html

//www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/des_etic/3.htm

//politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/crise-da-etica-e-sociedade-brasileira/

O sistema político brasileiro se tornou uma máquina onde quem tem dinheiro compra uma cadeira no poder para quem tem fama, e o mesmo deve pagar a sua dívida com juros altíssimos dando aos que compraram a cadeira lucro por seu investimento através dos recursos arrecadados pelo governo que só aumentam a cada dia. Em contrapartida a população recebe cada vez menos. Existem verdadeiras quadrilhas especializadas em roubar dinheiro dos cofres públicos, são os homens de confiança não de que tem o nome de que está no poder, mas de quem comprou a cadeira para eles.

Os eleitores já perderam a esperança e dizendo: “ se não pode com eles junte-se a eles” vendem o seu voto, sem considerar o real valor que tem. O sistema tornou-se tão corrupto que aqueles que tem moral são sufocados até a morte de seus valores ou empurrados para fora dessa gigantesca roda do poder corruptor. E se perpetuam no poder os imorais. Porque eles procuram garantir a heteronomia das massas, privando-os de sua capacidade de ser autônomo pela provocação de sua permanência na ignorância. E assim cada um que abre mão de sua autonomia tem sua parcela de culpa. Segundo Albert Einstein: “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade”. Se cada um escolher fazer o que é certo apesar das barreiras impostas em seu caminho poderemos juntos fazer a diferença. Então a mudança depende de cada cidadão um dia de cada vez.

Boas colocações Idenir,

Concordo com  suas colocações e complemento dizendo que a falta de ética é da natureza do ser humano, porém ela pode ser adquirida e colocada em pratica.

....Rousseau faz por meio de suas descrições do ―homem natural‖ e do ―verdadeiro estado de natureza‖ é salvaguardar a natureza do homem, ao garantir a possibilidade, ao menos teórica ou ideal, de um homem e de uma sociedade melhor constituídos. Pois considerar que a corrupção está presente na natureza humana, equivaleria a aceitar a situação de corrupção e de opressão vivenciada pelos povos ao longo de sua sociabilidade, ao passo que a compreensão segundo a qual o homem nasce livre, a-moral, e ainda dotado do sentimento de piedade, fundamento para as noções de pertença e de virtude - aliados à perfectibilidade, esta capacidade inata de se aperfeiçoar, para o bem ou para o mal - garante a Rousseau a possibilidade de desnaturalizar o mal-estar vivenciado pelos homens no seio das sociedades historicamente constituídas. E permite ainda, atribuir este mal-estar às escolhas assumidas por estes em suas construções sócio-político-morais.

Referência:

NATUREZA, ÉTICA E SOCIEDADE

EM ROUSSEAU (Evaldo Becker -NEPHEM/UFS)

Boa colocação Ildeni. 

Mas se você observar, nós eleitores, votamos em pessoas pra nos representar, somos traídos. 

O vereador, tem o papel fundamental de fiscalizar o executivo, além de outras atribuições, estão lá representando o pai de família que tem suas ocupações, trabalho, filhos etc. Não temos culpa se quem escolhemos se corrompe e só pensa em ficar rico. 

É comum vereadores, prefeitos, saírem de uma gestão de 4 anos com o patrimônio absurdamente maior do que se poderia. Seus salários são incompatíveis com o patrimônio. Todos sabem mas nada é feito. 

Como diz o certo ditado, andorinha só não faz verão. Na verdade essa andorinha, um de nós, pode ser alvejada rapidinho, se começar mexer demais onde "não se deve". Quero dizer que é muito perigoso, a coisa está tão feia que se eu, você começar a denunciar, pode ser perseguido e morto. 

A melhor chance que temos é a união. Unidos pelo objetivo comum. Anti corrupção e pela ética na política.  Assim as chances são melhores. 

Podemos agir eticamente na escolha de nossos candidatos e, se, do nosso meio surgir um, que acreditemos. 

Concordo com sua colocação, é fato que existe uma cadeia circular, onde um pequeno grupo coloca alguém no poder, através de seus investimentos financeiros, na expectativa de receber exponencialmente mais do que investiram, e a participação da sociedade se dá no momento da venda ou troca de votos.

Percebe-se, com isso, que a sociedade é quem mantém esse círculo vicioso. Uma vez que, deixarem de vender seus votos e analisarem criteriosamente seus candidatos, com impessoalidade e pensando no bem comum, certamente, essa situação começará a mudar.

Vemos a importãncia da ética não apenas nos políticos, mas também e especialmente, na sociedade, pois é desta que surgem os politicos.

A ética e moral, são duas palavras que devem sempre andar juntas, elas fazem a mudança na política, porque o agir ético faz uma diferença na sociedade e também no círculo familiar porque é a partir desse ponto que realizar de modo correto (integro), ao invés do mais fácil ou rápido.

Na antiguidade  Aristóteles que o integra definitivamente na filosofia usando ainda o adjetivo ethiké (ethiké procede do substantivo ethos conforme nos ensina Carlos Ferraz, 2014) que qualifica um determinado tipo de saber surgindo a expressão ethiké pragmateia, que se pode traduzir tanto como o exercício constante das virtudes morais, quanto como o exercício da investigação e da reflexão metódica sobre os costumes.

A ideia de constituição da polis é perpassada pelo princípio de que a cidade deve ser dirigida por governantes sábios, justos e virtuosos.

Com base na ideia de Aristóteles, a percepção da falta de conhecimento hoje dos nossos gestores públicos atinge a população diretamente com a falta de recursos básicos, falta de planejamento de curto e principalmente a longo prazo, deixando de pensar no bem em comum.

 Por isso, como observamos na imagem principal do fórum que todos os políticos estão possuindo uma tornozeleira eletrônica (ou seja, estão sendo investigados, não são cidadãos corretos e do bem), muito dos servidores públicos estão respondendo por algum ato de desonestidade que fez para com o povo, infringiu leis e deixou suas virtudes de lado para alcançar de forma rápida e fácil um status melhor no meio em que vive.

A relação entre Ética e Política. 

Segundo professor Joffrineto, a A política é uma atividade essencialmente ética. 

Penso que, o fato de que os políticos estarem agindo quase que exclusivamente fora da ética, não significa que a Política não consiga ter o vínculo direto com a ética. 

"A relação de ética e política pode ser o segredo da melhoria das condições de vida de toda uma população". 

Se formos observar o que todos os partidos políticos pregam, é eticamente lindo, perfeito, mas há, na prática, uma divergência no que se prega e o que se vive na política.

O resultado de tudo isso é um país mergulhado em problemas político e sociais. 

A necessidade de exercer eticamente a política é a mesma necessidade de sairmos dessa situação em que vivemos hoje, ou se muda isso ou não tem solução, visto que tudo que se vive, regras, leis que são criadas, vem desses mesmos políticos anti-éticos. 

Se os políticos continuarem agindo sem ética. Que esperança! que perspectiva podemos ter?

Diferente do que se pensa, nem todos os brasileiros são corruptos, boa parte dos eleitores votam acreditando na boa fé de seus representantes mas os mesmos, ao conseguir o cargo, não estão agindo com ética, com zelo, no cargo que ocupam. 

Primeiro o que significa a palavra ética? Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.

Hoje a politica, os cargos políticos não são vistos como uma maneira de ajudar o estado o povo, não é exercida com o objetivo de trazer o bem comum à sociedade. É vista como uma forma de obter vantagem perante a sociedade e o dinheiro público. Claro não vamos banalizar temos sim pessoas éticas e honestas na politica, mas com tantos escândalos, tantos desvios de recursos o povo esmoreceu e deixou de acreditar e isso torna mais fácil a falta de ética entre os políticos, pois nós como cidadãos temos que fiscalizar “ficar no pé” votar e cobrar, mas não fazemos isso, infelizmente nossa realidade é que as pessoas na sua maioria das vezes se corrompem não por serem más ou desonestas más por falta de conhecimento politico, devido à falta de ensino politico desde a infância. Eu acredito na ética política, existem muitas pessoas capacitadas pra isso, mas a fonte pra haver ética na politica esta em nós cidadãos eleitores, para ter ética temos que nos reeducar, educar a nova geração, estudando política e sendo honestos no nosso dia a dia, acompanhado os mandatos de seus governantes, fiscalizando, cobrando e denunciando, para que nas eleições elejamos aqueles que mereçam ocupar esses cargos.

“Pode-se fazer política com ética e respeito ao cidadão. Para tal, basta ter decência e caráter!”

Joel vieira caldas

“Falar em ética na política é uma ambiguidade, o fato é que a ética é um resultado de uma sociedade politizada.”

Lucas Alves Paulino

Infelizmente estamos vivendo uma realidade em nosso país de corrupção na política, onde a ética que teria que andar de “mãos dadas” com a política virou uma exceção. E quando se há ética entre alguns políticos na maioria das vezes eles são perseguidos por aqueles que não fazem uso da mesma! Não ficamos espantados quando vemos um político aético, ficamos admirados quando vemos um político ético e ele não esta fazendo mais do que a obrigação perante a sociedade, algo que teria que ser comum na nossa política.

Ate na nossa constituição atual a ética não se cumpre, um bom ex é o Art. 5º da CF.

 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Uma grande esperança é o Constitucionalismo do Futuro. Mas para chegarmos nesse constitucionalismo tem que haver muitas mudanças e a mudança está em nossas mãos. Aí sim teremos ética com política.

O Constitucionalismo do Futuro.

Constitucionalismo social, com os valores do constitucionalismo fraternal e da solidariedade, o “constitucionalismo do futuro” sem dúvida terá que consolidar os chamados direitos humanos de terceira dimensão as Constituições do Futuro terão que consolidar sete valores fundamentais supremos: a verdade, a solidariedade, o consenso, a continuidade, a participação, a integração e a universalização.

 Irei colocar só o ex: da Verdade

Por constitucionalismo da verdade, tem-se um comportamento ético e transparente do constituinte, ou seja, a constituição não poderá gerar expectativas falaciosas e, por conseguinte, o constituinte só poderá prometer aquilo que realmente puder cumprir. A Carta deve ter exequibilidade, na medida em que o excesso de protecionismo acabaria por caracterizar a Constituição como mera carta de intenções.

//felipenha.jusbrasil.com.br/artigos/114760861/constitucionalismo-do-futuro

Boa Tarde nobres colegas

        As relações ética e política sempre tiveram uma intensa relação dialética de conflito, na convivência, variando os termos e os temas desse confronto. Entre esses temas, sempre se ressaltou o da mentira política, como uma espécie de agressão mais aceitável aos princípios morais. Platão, por exemplo, dava aos médicos e aos políticos o direito ao uso da "mentira útil", aquela capaz de agir como um fármaco sobre os indivíduos e sobre a pólis em estado de doença. Modernamente, a polêmica da mentira e da verdade se tem situado em torno do conceito da "razão de Estado" que se originou nas relações de diplomacia entre os Estados monárquicos e se estendeu às relações governantes-súditos, significando projetos e informações que tinham de ser mentidos em segredo nos círculos mais íntimos do poder.

      Adolfo Vazquéz (2000) os princípios éticos evoluem devido a "necessidade de relacioná-los com as condições sociais as quais se referem, com as aspirações e interesses que os inspiram e com o tipo concreto de relações humanas que pretendem regulamentar".

      Durante a Idade Média a visão teocêntrica do mundo vez com que os valores morais da sociedade fossem substituídos. Essa começava a ser regida pelos valores religiosos, mais precisamente os católicos, que impuseram a dialética do bem x o mal vinculados a fé, e pelos Dez Mandamentos que são seguidos e respeitados até hoje, como: não matar, não roubar, etc.

Posteriormente, a visão iluminista transformou os valores éticos da sociedade, pois estes se tornaram secularizados. O fundamento ético passava a ser o próprio homem, e não mais Deus. Na concepção Kantiana (apud ARANHA, 1993), que é iluminista, o agir moralmente se funda exclusivamente na razão. Essa nova visão pressupõe o individualismo, uma vez que o homem é levado a agir seguindo a sua consciência, seus costumes ou a favor do que seria bom para si mesmo.

       Atualmente Habermas (1980 apud ARANHA, 1993) traz uma nova concepção para a ética. Sua teoria, influenciada por Kant, também pontifica a razão como fundamento básico, porém é uma razão comunicativa, onde o sujeito recorre à comunidade, ao diálogo, a interação social para chegar à razão. Dessa forma, é necessário o entendimento para se conseguir uma única conclusão entre os indivíduos do grupo social, conseguida através da utilização de argumentação racional.

         Por outro lado, a palavra "política" foi utilizada pela primeira vez por Aristóteles. Este disse que "o homem é um animal político, porque nenhum ser humano vive sozinho e todos precisam da companhia de outros". Dessa forma, "política se refere à vida na polis, ou seja, a vida em comum, as regras de organização dessa vida, aos objetivos da comunidade e as decisões sobre todos esses pontos". (ARISTÓTELES, apud DALLARI, 1999).

          Weber (1926) traz duas concepções de política. A primeira diz que "por política entenderemos tão somente a direção do agrupamento político hoje denominado 'Estado' ou a influência que se exerce nesse sentido". Nessa concepção, torna-se viável e tolerável o uso da força ou violência pelo Estado para a garantia do seu poder, soberania e ideais. Na Segunda, entende por política "o conjunto de esforços feitos visando a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado". Dessa maneira, para Weber "qualquer homem que se entrega a política aspira ao poder". O Estado consiste apenas em uma relação de dominação do homem pelo homem.

         A política resulta da própria vida em sociedade, das ações humanas e da necessidade de organização dessa sociedade, visando sempre ao bem comum, de tal modo que se atinja uma sociedade justa e livre.

        Entre a ética e a política parece não existir um ponto em comum, pois agir conforme os padrões políticos significa que as suas atitudes estão distantes dos valores éticos da sociedade. Essa afirmação parece ser contraditória, pois se uma aspira a uma vida justa e feliz, torna-se inseparável da outra. Porém, esta finalidade é mera teoria, pois a política, na prática, não realiza o bem comum, mas o bem dos próprios detentores do poder e seus apadrinhados.

       A prática dos privilégios acontece no Brasil desde a época colonial. Ficou explicita com a divisão das capitanias hereditárias, pois os donatários que receberam as terras eram os nobres e/ou os amigos do Rei português.

        Atualmente, as palavras mais ouvidas nos jornais televisionados são promessas não cumpridas, corrupção, má utilização ou desvio de dinheiro público, desonestidade, compra de votos e abuso de poder, contradizendo a vontade dos eleitores que escolhem seus representantes a espera de pessoas honestas e preocupadas com os inúmeros problemas sociais enfrentados pelo Brasil. Os cidadãos exigem um mínimo de postura ética dos seus representantes no poder, mas não há resposta a esse clamor, pois os compromissos assumidos durante as campanhas eleitorais são "esquecidos". E como sempre os eleitores ficando à mercê das injustiças praticadas pelo políticos.

Segundo SILVA (2011) “O universo da convivência ética do homem é definido, em sua essência e formas de representação, segundo a condição do pensamento político e econômico próprio da época em que este interage, consoante ao como este constrói sua moralidade enquanto ser individual e coletivo”. Por esta razão, a concepção de Ética assumiu diversos significado, ao longo da história, mas independente da época, foi sempre ser balizado por algum valor respeitado e desejado coletivamente.

Fonte de pesquisa:

//www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/des_etic/3.htm

A natureza ética da política tem sua origem na Grécia Antiga com os filósofos gregos, que despertaram o mundo para essa discussão. Para estes, ética e política se completavam e existia uma dependência entre elas, ou seja, a prática de uma só existia com a prática simultânea da outra numa relação de harmonia.

Segundo Aristóteles, o homem, como ser politico, se auto-realiza na polis, fazendo o bem para todos.

Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui das as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens ela se chama cidade e é a comunidade política. (Aristóteles, A Politica (1997) p. 1)

Na Idade Média, inicia-se uma ruptura nessa relação indissolúvel, o homem político passa a ser individualista, não existindo a preocupação com o coletivo nesta esfera, e sim, na esfera religiosa, sendo a ética limitada a vida cristã. Foi com essa divisão, que ética e política começaram a trilhar caminhos distintos. Neste contexto, surge Maquiavel, defendendo a existência de uma autonomia da política em relação a moral, ética e religião, fazendo uma distinção entre indivíduo e estado. Segundo Maquiavel, um príncipe não precisa, necessariamente, seguir a ética da tradição cristã, pois esta não é condição essencial para exercer política.

A partir daí, a ética se distanciou cada vez mais da política, até chegar nos dias atuais, no que denominamos de “crise da ética”. Onde a percepção de ética na politica é quase nula, que, para muitos, é impossível falar numa relação entre ética e política.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARISTÓTELESPolítica, Trad. Mário da Gama Cmy. 3. Brasília: EDUNB, 1997.

NICOLAU, Maquiavel - "O Príncipe", Edicota Difel (Brasi), 2002. 

           Estamos numa fase em que a ética, em todas as áreas, vem perdendo a sua força e, consequentemente, no meio político não é diferente, uma onda de imoralidade invade todas as esferas de governo. Inúmeros são os casos de corrupção relacionados aos representantes políticos, a situação está cada vez mais frequente que a sociedade clama por justiça.

      O descaso com o interesse coletivo causa revolta na população, os transtornos causados pelo uso indevido das verbas são incontáveis, a população passa por diversas dificuldades relacionadas à fome, ao desemprego, à habitação. O buraco deixado nos cofres públicos pelos desvios leva os mais vulneráveis a padecer em longas filas de hospitais e assistências sociais, procurando soluções para seus problemas sociais e de saúde. Sem falar nos altos impostos que são cobrados para cobrir os rombos e, até, para manutenção dessa conduta imoral.

             Os valores éticos parecem tão distante das atitudes dos políticos, que muitos deixam de vislumbrar uma solução para essa latente falta que a ética faz no exercício da atividade pública. Todavia, sabendo que a responsabilidade do agente público é defender o interesse coletivo, vale a pena insistir em resgatar a dignidade ética da vida pública, cobrando que cada político assuma a responsabilidade de agir eticamente.

Boa tarde

As concepções de ética, desde a antiguidade clássica, até os dias atuais, procuram demonstrar que o agir do ser humano em sociedade está ligado diretamente as suas condutas, as quais são sempre balizadas por um conjunto de regras morais, ligadas principalmente aos conceitos daquilo que se julga certo ou errado, entre outros.

Já que o homem vive em sociedade e que seu comportamento está intrinsecamente ligado a valores éticos, é neste contexto social, que em dado momento histórico e na impossibilidade de cada um por si só comandar o todo, atribuiu-se a alguém essa condição (de comandar o todo), a qual, após, vários processos históricos e ideias filosóficas, passou-se a chamar de representantes políticos, ou seja, pessoas investidas em alguma função típica do Estado (Executivo ou Legislativo) para atuarem, não em seu nome, mas em nome dos representados (ou seja em nome daqueles que os escolheram, caso o regime seja o democrático) e do qual, espera-se, no mínimo, que atuem segundo os valores éticos e morais que a sociedade deles espera.

Para Kant (1724-1804). Partindo de uma concepção universalista do homem, afirma que este só age moralmente quando, pela sua livre vontade, determina as suas ações com a intenção de respeitar os princípios que reconheceu como bons. O que o motiva, neste caso, é o puro dever de cumprir aquilo que racionalmente estabeleceu sem considerar as suas consequências. A moral assume assim, um conteúdo puramente formal, isto é, não nos diz o que devemos fazer (conteúdo da ação), mas apenas o princípio (forma) que devemos seguir para que a ação seja considerada boa. 

Imperativos da moral kantiana:  "Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre e simultaneamente como um fim em si mesmo e nunca simplesmente como um meio". "Age apenas seguindo as máximas que possas ao mesmo tempo querer como leis universais".

Fontes de pesquisa:

//sites.google.com/site/filosofiapopular/politica/o-que-e-politica

Político ético é aquele cujas ações são sempre direcionadas para a realização do bem comum. São atributos básicos na realização do seu trabalho: respeito ao dinheiro público; repúdio a qualquer ação ou liberação de verba com desvio de finalidade; compromisso com a verdade; não utilização do poder para perseguir adversários; observância integral dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Por outro lado, na sua pauta de trabalho, nunca deve constar a utilização do cargo com a finalidade de extração de proveito pessoal.

Política e ética apesar de distintas deveriam caminhar juntas mas a falta de ética na política brasileira chegou a um nível alarmante, o povo já está cansando de ser enganado em sua boa fé.

A ilustração do fórum é bem pertinente a nossa realidade, integrantes da vida pública sendo condenados, envolvidos em processos judiciais, alguns presos ou usando tornozeleiras eletrônicas

Em época de campanha eleitoral nos discursos dos candidatos a palavra ética é a que mais se sobressai, mas o que parece é que muitos nem sabem o seu real significado.

Falam em combater a corrupção, investir em áreas realmente importantes para a coletividade como saúde, educação, segurança, mas via de regra isso não tem ocorrido, a grande maioria após assumirem seus cargos forjam situações e se envolvem em negociatas pra tirar vantagem própria. Como que desconhecessem o teor da própria ética, numa total falta de respeito aos valores nela inseridos.

Para reverter esse quadro, precisamos fazer uma verdadeira revolução de mentalidade, a partir do próprio conceito de educação, que não deverá se restringir apenas à transmissão do saber, mas, igualmente, de valores de uma geração para a outra. Dentre esses valores, deve ser disseminado o pluralismo, o respeito ao dinheiro público, a supremacia do interesse coletivo, a justiça como virtude, a solidariedade, a igualdade, o pluralismo etc. A partir da propagação desses valores, será fácil a compreensão de que o mandato político é um instrumento para servir à coletividade e não ao bolso do representante eleito pelo povo, devendo ser exemplarmente punido aquele que comete ilicitudes no seu exercício.

A falta de ética na política não está apenas no desvio de recursos públicos e na corrupção de modo geral, falta ética também na postura dos políticos enquanto profissionais que administram o dinheiro do povo. Temos a sensação de que não existe critérios para se um político: pessoas de má índole, pessoas sem postura social, sem preparação intelectual e outras assumem cargos políticos. Um médico que se propõe fazer uma cirurgia sem ser cirurgião, estará agindo sem ética e colocando em risco a vida de uma pessoa, um político que se propõe representar o povo sem ter preparação, também é antiético colocando em risco o futuro de muitas pessoas. 

A falta de ética se dá por parte dos políticos que se aproveitam da nossa indiferença pelo assunto para cometerem os crimes de corrupção, desvio de verbas públicas, apadrinhamento, favorecimentos e outros absurdos. Também a falta de ética ocorre do despraro e falta de domínio do assunto pela população que também é antiética quando entende política como interesse individual.

Olá Paulo,

Interessante sua abordagem quando menciona a "falta de ética na política". Infelizmente, é uma realidade presente em nosso cotidiano, sobretudo, em nosso país. Para isto, temos a possibilidade de elegermos políticos que estejam comprometidos com a retidão dos atos e, portanto, sendo éticos na sua vida política. Conforme ARANHA (1992) o poder é "a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos (sobre indivíduos ou grupos humanos)". Dito isto, podemos ainda perceber a relavância do poder em nossas vidas, daí, a necessidade ainda mais de "ética na política" porque estes "efeitos" com estes políticos corruptos podem ser danosos à democracia. 

 Referências:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. Unidades III- Moral e IV- Política.

Abraços!

Hebber Kennady 

Boa noite, caro colega Wellington. Concordo plenamente com sua colocação, a educação com certeza é uma ferramenta para construirmos uma política mais ética, formando cidadãos com princípios morais e éticos desde a infância, tal conduta deve ser adquirida tanto na escola como também no lar.

Olá Professor e colegas, 

Acredito que a relação entre ética e política é histórica. Neste sentido, desde da antiguidade, esta relação tem sido intensamente debatida entre estudiosos que se debruçaram sobre esta temática. Quando os cidadãos investem em uma carreira pública e política esta relação se torna ainda mais evidente. Por isto, que quando dizemos que há "falta de ética na política" estamos tornando esta discussão ainda mais relacionada entre os aspectos necessários para a filosofia. Os escândalos e a repulsa de muitos tornam esta discussão ainda mais necessária, pois, conforme sabemos o poder também está impregnado nesta relação, conforme aborda nosso livro de leitura disponibilizado na disciplina. Deste modo, a filosofia possibilita ainda que a conduta do agente público, ou seja, sua conduta ética enquanto agente político pode dizer ainda mais sobre as formas como a sociedade observa os governantes. 

Hebber Kennady 

Olá tutor e demais colegas, 

A natureza ética da política se situa também do aspecto da ética moderna, na qual, temos uma compreensão acerca dos aspectos e dos elementos necessários para ser reconhecida e implementada enquanto próposito do bem da coletividade. Esta natureza ética, portanto, está intimamente ligada ainda aos fundamentos éticos da sociedade. 

Abraços!

Hebber Kennady

A falta de ética na política brasileira pode ser vista no sistema de previdência brasileiro. O trabalhador regular, cujo contrato é regido pela CLT, deve trabalhar por, ao menos, 30 anos, no  caso das mulheres,  para que possa se aposentar com o salário mínio vigente da época,  enquanto um parlamentar, que ao cumprir apenas dois mandatos, de apenas 8 anos, se aposenta com uma pensão  vitalícia que chega a ser trinta vezes maior que o salário mínimo. Ora, se nós que pagamos por toda a máquina pública, porque recebemos muito menos que aqueles que deveriam nos servir? – Meu questionamento a cerca, não só dos políticos, mas também da máquina pública, passam pelos problemas em que o cidadão enfrenta para ter acesso aos serviços públicos. Hospitais precários Brasil à fora, escolas com professores mal remunerados, falta de saneamento básico, estradas em péssimas condições, e muitos outros problemas que enfrentamos em nosso cotidiano.

Não bastasse a precariedade das obras, as poucas que são feitas, ou mesmo as emendas parlamentares que são redigidas, são medidas corruptas, que ferem a ética e as leis do nosso país. Quando um governante favorece determinada empresa ele fere a livre concorrência e afeta auto regulação do mercado, tornando nosso dia a dia mais caro. Nos últimos quatro anos assistimos a operação lava-jato trazer à tona um dos maiores esquemas de corrupção do mundo, na qual, agente públicos, obtém ilicitamente vantagens, para favorecer empresas em contrato superfaturados. Não bastasse, o fato de nos lesar economicamente, somos lesados no âmbito jurídico, por conta da diferenciação jurídica entre cidadãos e políticos. Os políticos possuem o foro privilegiado, que submete os processos no qual são arrolados, à instâncias superiores do judiciário. Porque dessa distinção?

A ausência de ética nesse ponto, no qual distingue cidadãos e políticos, produz situações  vexatórias, como o caso do Senador da República Aécio Neves, cujo primo, foi preso por receber R$ 2milhões de reais. A prisão foi pedida com base em uma gravação, na qual, o Senador, pede a quantia mencionada à empresa JBS, à título de propina, por operações fraudulentas. Um caso estarrecedor, diz respeito ao também Senador Zezé Perrella, cuja propriedade rural serviu de pista de pouso para um helicóptero com 450 quilos de pasta base de cocaína. Para complementar, o helicóptero, à época, pertencia ao filho dele, Cláudio Perrella, que é deputado estadual. São casos, em que, houve a prisão em flagrante, do helicóptero, mas não dos donos de todos os bens em questão.

Atualmente, o Rio de Janeiro, está sob intervenção federal, com o pretexto de diminuir o tráfico de armas e drogas, e reduzir a violência no Estado. Como podemos simplesmente julgar criminosos nas favelas e comunidades, quando, diante de nós, uma pessoa eleita pelo povo, se esconde atrás do seu cargo. Em um Brasil em que poucos possuem muito poder, em função do cargo, mas que deveriam prestar, de maneira ética, serviços ao povo. Como a charge apresentada no início deste fórum, estamos sendo governados, por pessoas que deveriam estar cumprindo penas por transgressões à lei.

Abaixo segue o documentário feita pela DCM Produções, com relação à apreensão de drogas na fazenda do Senador Zezé Perrella - //www.youtube.com/watch?v=JddP5krkfOY

//g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/brasileiro-marco-archer-e-executado-na-indonesia-diz-tv.html

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