O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX

O café foi o principal produto de exportação da economia brasileira durante o século XIX e o início do século XX, garantindo as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da República Velha.

As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará. A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.

Entretanto, sua produção em escala comercial para exportação ganhou força apenas no início do século XIX. Tal dimensão de produção cafeeira só foi possível com o aumento da procura do produto pelos mercados consumidores da Europa e dos EUA.

O consumo de café no continente europeu e no norte da América ocorreu após a planta percorrer, desde a Antiguidade, um trajeto que a levou das planícies etíopes africanas até as mesas e xícaras dos países industrializados do século XIX. Mas para isso foi necessária uma expansão de seu consumo pelo Império Árabe e pelo mundo islâmico, sendo posteriormente apresentada aos europeus, que tornaram seu consumo mais expressivo por volta do século XVII.

A produção do café no Brasil expandiu-se a partir da Baixada Fluminense e do vale do rio Paraíba, que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A cafeicultura no Brasil beneficiou-se da estrutura escravista do país, sendo incorporada ao sistema plantation, caracterizado basicamente pela monocultura voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo em grandes latifúndios.

Nessa região do Brasil, a produção cafeeira beneficiou-se do clima e do solo propícios ao seu desenvolvimento. O fato de ser rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as zonas de mineração contribuiu também para a adoção da lavoura cafeeira, já que parte das terras estava desmatada, facilitando inicialmente a introdução das roças de café e beneficiando o escoamento da produção através das estradas existentes.

Os capitais iniciais para a produção do café vieram dos próprios fazendeiros e comerciantes, principalmente os que conseguiram acumular capital com o impulso econômico verificado após a vinda da Família Real ao Brasil, a partir de 1808.

As técnicas de produção de café eram simples. Inicialmente se desmatavam terras onde era necessário expandir as áreas agricultáveis para a colocação das mudas da planta. Estas demoravam cerca de cinco anos para começar a produzir. Nesse tempo, outras culturas eram plantadas em torno dos cafezais, principalmente gêneros alimentícios. Para a conservação das plantas, eram necessárias apenas enxadas e foices. A colheita era feita manualmente pelos escravos, que, após essa tarefa, colocavam os grãos do café para secar em terreiros. Uma vez seco, o café era beneficiado, retirando-se os materiais que revestiam o grão através de monjolos, máquinas primitivas de madeira formadas por pilões socadores movidos a força d’água.

Após esse processo, o café era transportado nos lombos das mulas para o porto do Rio de Janeiro, de onde era exportado. Mas o aumento da produção cafeeira e os lucros decorrentes dela levaram ao início do processo de modernização da economia e da sociedade brasileira.

Um dos exemplos mais marcantes dessa modernização esteve na construção de ferrovias para o transporte do café, o que aumentou a velocidade do transporte e interligou algumas regiões do Império, principalmente após a expansão das lavouras para as terras roxas localizadas no chamado Oeste paulista, intensificada após a década de 1860. Tal situação levou ainda ao fortalecimento do Porto de Santos como principal local de escoamento da produção.


Embarque do café no Porto de Santos, em fotografia de 1880 feita por Marc Ferrez (1843-1923)

Em 1836 e 1837, a produção cafeeira superou a produção açucareira, tornando o café o principal produto de exportação do Império. Os grandes latifundiários produtores de café, os chamados “Barões do café”, enriqueceram-se e garantiram o aumento da arrecadação por parte do Estado imperial.

Surgiram ainda os chamados comissários do café, homens que exerciam a função de intermediários entre os latifundiários e os exportadores. Além de controlarem a venda do produto, garantiam aos latifundiários acesso a créditos para a expansão da produção e também viabilizavam a compra de produtos importados.

O café foi, dessa forma, um dos principais esteios da sociedade brasileira do século XIX e início do XX. Garantiu o acúmulo de capitais para a urbanização de algumas localidades do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e cidades do interior paulista, além de prover inicialmente os capitais necessários ao processo de industrialização do país e criar as condições para o desenvolvimento do sistema bancário.


​Por Me. Tales Santos

exibeGaleria(177)

Investigando

1. Quais são os principais produtos exportados atualmente pelo Brasil? Pesquise.

2. O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX?

Fim do complemento.

LEGENDA: Colhedores de café. Óleo sobre tela de Clóvis Graciano, produzido no século XX. Graciano foi pintor, desenhista, gravador, figurinista e ilustrador. Em suas obras destacavam-se os temas sociais.

FONTE: CLÓVIS GRACIANO. COLHEDORES DE CAFÉ. SÉCULO XX. PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO, SÃO PAULO (SP).

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Novo centro político-econômico

Considerando a riqueza que o produto gerava, o escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948) comparou os pés de café a uma árvore que "dá ouro em bagos vermelhos". E como dinheiro e poder estão geralmente associados, os cafeicultores tornaram-se o grupo mais rico e influente da sociedade brasileira na época, de tal forma que o centro do poder político e econômico do país transferiu-se do nordeste para o sudeste do território brasileiro.

Inicialmente, o café era cultivado na Baixada Fluminense e no vale do Paraíba (que abrangia áreas das províncias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). A partir de 1870, as fazendas de café expandiram-se para o oeste da província de São Paulo, onde se encontrava um tipo de solo extremamente favorável ao seu desenvolvimento: a terra roxa.

Considerando essa "marcha para o oeste", é possível dizer que a lavoura cafeeira está diretamente vinculada à história de várias cidades paulistas, como Campinas, Ribeirão Preto, Araraquara e São José do Rio Preto.



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O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX
O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX
O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX
O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX
O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX
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O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX
O que mudou em relação aos produtos exportados pelo país no século XIX


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1. História : Ensino médio 907

Pedestres caminham na região do Pelourinho, em Salvador, Bahia. Fotografia de 2013 de Sérgio Pedreira (Pulsar Imagens).

Diretora editorial: Lidiane Vivaldini Olo

Gerente editorial: Luiz Tonolli

Editor responsável: Kelen L. Giordano Amaro

Editores: Luciana Martinez, Ana Pelegrini, Carlos Eduardo de Almeida Ogawa

Editor assistente: Adele Motta

Assessoria técnico-pedagógica: Gabriel Farias Rodrigues, Giordana Cotrim

Gerente de produção editorial: Ricardo de Gan Braga

Gerente de revisão: Hélia de Jesus Gonsaga

Coordenador de revisão: Camila Christi Gazzani

Revisores: Carlos Eduardo Sigrist, Cesar G. Sacramento, Luciana Azevedo, Sueli Bossi

Produtor editorial: Roseli Said

Supervisor de iconografia: Sílvio Kligin


Page 3

Capítulo 15 - Período regencial, p. 190

Cenário político: Os grupos partidários do período regencial, p. 191

Período regencial: As regências que governaram o império, p. 192

Revoltas provinciais: Contestações ao governo central e às condições de vida, p. 196

Oficina de História, p. 204

Capítulo 16 - Segundo Reinado, p. 205

Política interna: O jogo político entre liberais e conservadores, p. 206

Praieira: A revolta liberal pernambucana, p. 208

Modernização: O impacto das transformações econômicas, p. 209

Oficina de História, p. 216




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Page 4

Investigando

1. Qual o sentido da expressão "concorrência econômica"? Você sabe como essa concorrência pode afetar os valores dos produtos que você consome? Pesquise.

2. Na sua opinião, a economia de um Estado só pode se desenvolver à custa de outras economias? Debata esse assunto com seus colegas.

Fim do complemento.

1. Cf. NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1983. p. 57-92; VAINFAS, Ronaldo. Mercantilismo. In: Dicionário do Brasil colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 392-393.




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Cultivo da cana-de-açúcar

Para colonizar o Brasil, os portugueses decidiram implantar a produção açucareira em certos trechos do litoral, uma vez que o açúcar era um produto que tinha grande procura na Europa. Por meio da cultura da cana, seria possível promover a ocupação sistemática da colônia.

Ao implantar a empresa açucareira na colônia, Portugal deixava a atividade meramente extrativista e predatória (a exploração de pau-brasil) e iniciava a montagem de uma organização produtiva dentro das diretrizes do sistema colonial. A produção de açúcar para o mercado europeu marcaria a história colonial do Brasil.

No Brasil, o primeiro estabelecimento de produção de açúcar (engenho) foi instalado na região de São Vicente.

FONTE: ALBUQUERQUE, MANOEL MAURÍCIO DE ET AL. ATLAS HISTÓRICO ESCOLAR. 8. ED. RIO DE JANEIRO: MEC/FENAME, 1986. P. 14. CRÉDITOS: SIDNEI MOURA




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Page 6

b) Os princípios básicos do mercantilismo.

6. (UFRJ)

A primeira coisa que os moradores desta costa do Brasil pretendem são índios escravizados para trabalharem nas suas fazendas, pois sem eles não se podem sustentar na terra.

GANDAVO, Pero Magalhães. Tratado descritivo da terra do Brasil. São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1982. p. 42 [1576] (adaptado pela instituição).

Nesse trecho percebe-se a adesão do cronista ao ideário dos colonos lusos no Brasil de fins do século XVI.

Com base no texto, e considerando que em Portugal prevalecia uma hierarquia social aristocrática e católica, explique por que, ao desembarcarem na América portuguesa da época, os colonos imediatamente procuravam lançar mão do trabalho escravo.




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- administrativas - relacionamento com os governadores das capitanias e controle dos assuntos ligados às finanças;

- judiciárias - direito de nomear funcionários da Justiça e alterar penas;

- eclesiásticas - indicação de sacerdotes para as paróquias.

Para o desempenho de suas funções, o governador-geral contava com três auxiliares principais:

- o ouvidor-mor, encarregado dos negócios da Justiça;

- o provedor-mor, encarregado dos assuntos da Fazenda;

- o capitão-mor, encarregado da defesa do litoral.

Os governadores-gerais tiveram, no entanto, problemas no cumprimento de suas funções. Além da dificuldade de comunicação entre as capitanias, o governo-geral muitas vezes enfrentava a oposição de poderes locais, especificamente dos "homens-bons". Essa expressão era aplicada aos homens de posses, proprietários de terra, de gado e de escravos. Nas vilas e cidades em que residiam, eram eles que formavam as câmaras municipais.

As câmaras municipais, encarregadas da administração local, foram sendo estruturadas paralelamente à formação das primeiras vilas. Sua atuação abrangia setores como o abastecimento, a tributação e a execução das leis. Além disso, organizavam expedições contra os indígenas, determinavam a construção de povoados e estabeleciam os preços das mercadorias.

Os três primeiros governadores-gerais do Brasil foram Tomé de Sousa, Duarte da Costa e Mem de Sá.



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Em destaque - Vivência religiosa

No texto, o historiador Luiz Mott descreve alguns aspectos religiosos observados entre a população brasileira da época colonial.

No Brasil colonial, seguindo o costume português, desde o despertar, o cristão se via rodeado de lembranças do Reino dos Céus. Na parede contígua à cama, havia sempre algum símbolo visível da fé cristã: um quadrinho ou caixilho com gravura do anjo da guarda ou do santo; uma pequena concha com água-benta; o rosário dependurado na cabeceira da cama.

Antes de levantar-se da cama, da esteira ou da rede, todo cristão devia fazer imediatamente o sinal da cruz completo, recitando a jaculatória [oração curta]: pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, amém. Os mais devotos, ajoelhados no chão, quando menos recitavam o bê-á-bá do devocionário popular: a ave-maria, o pai-nosso, o credo e a salve-rainha. Orações que via de regra todos sabiam de cor. [...]

Na parede da sala de muitas casas coloniais, saindo do quarto, lá estavam para ser venerados e saudados os quadros dos santos. [...]

MOTT, Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o calundu. In: SOUZA, Laura de Mello e (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v. 1. p. 164-166.

1. Com base no texto, como você definiria a vivência religiosa dos colonos? Justifique com exemplos.

2. Na sua opinião, qual é a intensidade das vivências religiosas na sociedade atual? Comente o tema.

Fim do complemento.




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33

Açúcar

A implantação de um negócio lucrativo

Os colonos que vieram com Martim Afonso de Souza plantaram as primeiras mudas de cana-de-açúcar e instalaram o primeiro engenho da colônia em São Vicente, no ano de 1533, na região do atual estado de São Paulo.

A partir dessa época, os engenhos multiplicaram-se pela costa brasileira. A maior concentração deles ocorreu no Nordeste, principalmente nas regiões dos atuais estados de Pernambuco e da Bahia.

Em pouco tempo, a produção açucareira superou em importância a atividade extrativa do pau-brasil, embora a exploração intensa dessa madeira tenha continuado até o início do século XVII.




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36

Mão de obra

A escravização de milhões de africanos

Além de experiência produtiva e recursos financeiros, a economia açucareira necessitou de recursos humanos, isto é, de mão de obra para executar as tarefas nos engenhos.

No início, o colonizador utilizou-se do trabalho do indígena escravizado, que foi uma solução relativamente barata e em quantidade suficiente para atender à demanda de mão de obra na colônia. Entretanto, principalmente a partir do começo do século XVII, houve predomínio da escravidão africana em relação à indígena em áreas agroexportadoras.

A mão de obra africana acabou constituindo a base das principais atividades desenvolvidas em todo o período colonial. Foi utilizada na produção de açúcar, na mineração, em outros cultivos agrícolas (arroz, tabaco e algodão), bem como na criação de animais, no transporte, no comércio e no serviço doméstico.




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b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.

c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.

d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.

e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

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CAPÍTULO 4 - Escravidão e resistência

Os responsáveis pelo tráfico negreiro trouxeram para o Brasil cerca de 4 milhões de africanos durante mais de três séculos de escravidão.

Devido, em grande parte, a essa migração compulsória, o Brasil tem atualmente uma das maiores populações de afrodescendentes do mundo.

Como se desenvolveu esse "infame comércio"1 de escravos? Quem eram esses africanos arrancados de suas sociedades? Quais foram suas estratégias de resistência à escravidão?

LEGENDA: Obra Jogar capoeira, pintura criada por Johann Moritz Rugendas em 1835. A capoeira é uma manifestação cultural afro-brasileira que envolve dança e luta. Para muitos escravos e libertos, a capoeira era uma forma de expressar sua cultura e de enfrentar os agentes do regime escravocrata. No Brasil, a capoeira é praticada há mais de 200 anos e, devido à sua história, tornou-se um dos símbolos da identidade nacional.

FONTE: JOHANN MORITZ RUGENDAS. JOGAR CAPOEIRA, OU DANÇA DA GUERRA. COLEÇÃO BRASILIANA ITAÚ, SÃO PAULO

Treinando o olhar

1. Em sua interpretação, quem são os personagens representados?

2. Há mulheres representadas na obra? O que elas estão fazendo?

3. Que instrumento musical aparece na obra? Qual é sua função na capoeira?

1. Cf. RODRIGUES, Jaime. O infame comércio. Campinas: Ed. Unicamp, 2005.



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2. Explique a que se referem as palavras "desgraçados" e "horror" nos primeiros versos do poema.

3. De acordo com a pintura, que condições os africanos enfrentavam na viagem para a América? Descreva alguns elementos da obra e compare com o texto deste capítulo.

Fim do complemento.

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Diversidade

Povos africanos e suas condições de vida

Por meio do tráfico negreiro, chegaram ao Brasil homens e mulheres de diversas regiões da África. Entre os principais grupos africanos trazidos para o Brasil, destacaram-se:

- os bantos - originários da África central, geralmente de Angola e do Congo; foram levados principalmente para Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais;

- os sudaneses - provinham das regiões africanas de Daomé (Benin), Nigéria e Guiné, na África ocidental; foram levados principalmente para a Bahia.

Nos séculos XVII e XVIII, os africanos de origem sudanesa eram comprados por um preço maior, pois muitos senhores no Brasil os consideravam mais fortes e inteligentes que os demais. Entretanto, esses escravos também foram os líderes de muitas revoltas, especialmente nos séculos XVIII e XIX.

Devido a isso e a limitações impostas aos traficantes no século XIX, os africanos bantos passaram a ser mais procurados. Os senhores os consideravam "mais pacíficos e adaptados ao trabalho".




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Page 13

- Confrontação, boicote e sabotagem - alguns se rebelavam e agiam com violência contra senhores e feitores; boicotavam os trabalhos, reduzindo ou paralisando as atividades; sabotavam a produção, quebrando ferramentas ou incendiando plantações. Na produção do açúcar, por exemplo, a sabotagem dos escravos era uma ameaça constante. Pedaços de madeira em brasa lançados nos canaviais provocavam incêndios; pedaços de ossos, ferro ou pedra jogados na moenda do engenho por vezes inutilizavam o maquinário, comprometendo a produção e até mesmo arruinando a safra.

- Negociações - as "negociações" entre senhores e escravos também faziam parte do cotidiano escravista. Segundo os historiadores João José Reis e Eduardo Silva, muitos escravos faziam acordos de cumprir as exigências de obediência e trabalho em troca de um melhor padrão de sobrevivência (alimentos, vestuários, saúde) e da conquista de espaço para a expressão de sua cultura, organização de festas etc.5

Glossário:

Quilombo: palavra de origem africana que significa população, união.

Fim do glossário.

LEGENDA: Comunidade remanescente de quilombo Kalunga Vão do Moleque durante um festejo. A comunidade está localizada no município de Cavalcante (GO). Fotografia de 2015.

FONTE: RICARDO TELES/PULSAR IMAGENS

Boxe complementar:

Investigando

- No mundo atual, existem casos de trabalhadores submetidos a condições análogas à de escravidão. Que mecanismos podem ser acionados para acabar com essa situação de violência? Há organizações e projetos que combatem o trabalho escravo em nosso país? Pesquise.

Fim do complemento.

5. Cf. REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

51

Boxe complementar:



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Page 14

Escravos domésticos

Os escravos domésticos eram escolhidos entre aqueles que os senhores consideravam mais bonitos, dóceis e confiáveis. Muitas vezes recebiam roupas melhores, alimentação mais adequada etc.

Boçal e ladino

Outro fator que distinguia os escravos era o processo de "adaptação" cultural. Tinha menor valor o boçal, designação dada ao escravo recém-chegado da África, que desconhecia a língua portuguesa e o trabalho na colônia. Em contrapartida, o ladino era mais valorizado: o escravo que entendia a língua portuguesa e já havia aprendido a rotina do trabalho.

Sobre a distinção entre os escravos, o jesuíta Antonil, que viveu no Brasil no início do século XVIII, apresentou a seguinte visão:

Uns chegam ao Brasil muito rudes e muito fechados e assim continuam por toda a vida. Outros, em poucos anos, saem ladinos e espertos, assim para aprenderem a doutrina cristã, como para buscarem modo de passar a vida. [...] Os que nasceram no Brasil, ou se criaram desde pequenos em casa dos brancos, afeiçoando-se a seus senhores, dão boa conta de si, e levando bom cativeiro, qualquer deles vale por quatro boçais.

ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1997. p. 89.

Glossário:

Eito: roça ou plantação onde trabalhavam os escravos.

Fim do glossário.

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Boxe complementar:



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Lideranças de Ganga Zumba e Zumbi

O primeiro líder a se destacar em Palmares foi Ganga Zumba (que quer dizer "grande senhor"), que governou o quilombo de 1656 a 1678. Pressionado, porém, pelos ataques frequentes dos colonos, Zumba firmou com o governador de Pernambuco um acordo de paz que previa liberdade para os negros nascidos em Palmares, com a condição de serem devolvidos aos colonos os escravos recém-chegados ao quilombo.

Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba, não concordou com essa condição e liderou um grupo que se opôs ao acordo. Zumba acabou destituído e assassinado, e Zumbi passou a liderar Palmares, comandando a luta contra vários ataques dos brancos.




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Interpretar fonte - Negociação e conflito

Leia, a seguir, trechos do tratado proposto por um grupo de escravos rebeldes a um senhor de engenho de Santana de Ilhéus, Bahia, em aproximadamente 1789.

Tratado proposto a Manuel da Silva Ferreira pelos seus escravos durante o tempo em que se conservaram levantados (cerca de 1789).

Meu senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos, a saber:

Em cada semana nos há de dar os dias de sexta-feira e de sábado para trabalharmos para nós não tirando um destes dias por causa de dia santo.

Para podermos viver nos há de dar rede, tarrafas e canoas. [...]

Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com a nossa aprovação. [...]

Poderemos plantar nosso arroz onde quisermos, e em qualquer brejo, sem que para isso peçamos licença, e poderemos cada um tirar jacarandás ou qualquer pau sem darmos parte para isso.

A estar por todos os artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para o servirmos como dantes, porque não queremos seguir os maus costumes dos mais engenhos.

Poderemos brincar, folgar e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos impeça e nem seja preciso licença.

In: REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 123-124.

- Com relação ao documento, identifique: quem o elaborou; quando foi elaborado; a quem se destinava; quais são as principais reivindicações dos escravos rebelados; o que se oferece em contrapartida.

Fim do complemento.

Glossário:

Tarrafa: espécie de rede de pesca circular, com pequenos pesos distribuídos em torno da circunferência.

Fim do glossário.



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Em destaque - Culturas africanas

Apesar de terem chegado ao Brasil sob as mais penosas condições, os africanos participaram intensamente das vivências culturais brasileiras. Essa participação deu-se por meio de um processo contínuo, rico e diversificado, sendo marcante, por exemplo, na literatura, na língua falada, no vocabulário, na música, na alimentação, na religião, no vestuário, nas técnicas e na ciência.

Vejamos o que diz sobre o assunto o etnólogo francês Pierre Verger:

[...] Na Bahia [...] os africanos provenientes da região do golfo de Benin puderam dar continuidade aos cultos dos antigos voduns e orixás, semelhantes aos dos atuais habitantes do sul do Daomé e sudoeste da Nigéria. As especialidades culinárias da Bahia levam, ainda, nomes pertencentes aos vocabulários iorubá e daomeano. No resto do Brasil, por outro lado, são mais aparentes as influências banto do Congo e de Angola.

A permanência visível de costumes africanos na cultura baiana pode ser explicada, em parte, pela concentração, no último século da escravidão, de africanos de uma mesma procedência da África nessa região do Brasil. Enquanto, no Rio de Janeiro, desembarcavam africanos de todas as nações, muitas vezes inimigos uns dos outros, na Bahia chegavam escravos jejes (daomeanos), ussás e nagôs provenientes da Costa da Mina, que mantinham identidades culturais e eram unidos entre si.

VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo: do tráfico de escravos entre o golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos, dos séculos XVII a XIX. São Paulo: Corrupio, 1987.

Espalhadas por todas as regiões do país, as culturas africanas integram o modo de ser, pensar e viver da população brasileira. Do mesmo modo, o trabalho do africano e de seus descendentes marca a economia brasileira no passado e no presente.

LEGENDA: São Mateus, obra em madeira produzida por Mestre Valentim (1745-1813), escultor e urbanista descendente de africanos, que trabalhou no Rio de Janeiro. Pertence hoje ao Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

FONTE: RÔMULO FIALDINI/TEMPO COMPOSTO

- Segundo Pierre Verger, o que teria favorecido a manutenção das identidades culturais africanas em certas regiões brasileiras e em outras não?

Fim do complemento.



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Destruição de Palmares

Em 1687, o governo e os senhores de engenho contrataram o bandeirante Domingos Jorge Velho e seus comandados para destruir Palmares. Em 1692, cercaram e atacaram o quilombo com o objetivo de prender os seus membros. Liderados por Zumbi, os quilombolas defenderam seu modo de vida, e os bandeirantes foram derrotados. Milhares de pessoas morreram nesses confrontos.

Em 1694, o governo enviou cerca de 6 mil homens para ajudar os bandeirantes comandados por Jorge Velho em novo ataque ao quilombo. Os quilombolas não tinham armas nem munição suficiente, mas ainda assim resistiram durante um mês. Ao final do combate, o quilombo foi destruído e sua população, massacrada.

Zumbi conseguiu escapar ao cerco, mas foi preso e morto em 1695, após muitas perseguições. Cortaram-lhe a cabeça, que foi exposta em praça pública em Recife.



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Resistência quilombola

Foi frequente, no continente americano, a formação de grupos de escravos fugidos como forma de resistência à escravidão. No Brasil, esses grupos recebiam o nome de quilombos ou mocambos, e seus membros eram chamados de quilombolas ou mocambeiros.

A resistência quilombola foi uma forma de luta escrava frequente e importante em vários períodos e regiões da América portuguesa. Do século XVII até os anos finais da escravidão, muitos africanos e seus descendentes fugiram e se reuniram nessas comunidades, construindo histórias de luta pela liberdade.

Vários estudos históricos sobre quilombos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco mostram que, embora a população dos quilombos fosse composta principalmente de africanos e seus descendentes, havia também entre eles indígenas ameaçados pelo avanço europeu, soldados desertores, pessoas perseguidas pela justiça ou simples aventureiros e comerciantes.

A vida nos quilombos estava ligada a atividades como: agricultura, caça, criação de animais, mineração e comércio. Seus integrantes sustentavam-se por meio de alianças "clandestinas" com escravos de ganho ou libertos e homens livres, principalmente comerciantes.




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Luta dos africanos

As diversas formas de resistência à escravidão

Os africanos trazidos para o Brasil e seus descendentes não ficaram passivos à condição escrava. Analisando as formas de resistência empregadas pelos cativos, autores de obras mais recentes mostram que os africanos reagiram à escravidão na medida de suas possibilidades, ora promovendo uma luta aberta contra o sistema, ora até mesmo se "adaptando" a certas condições, mas propondo formas de minimizar seus aspectos mais perversos mediante negociações com os senhores.

Vejamos algumas das formas de resistência vivenciadas por eles:



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Page 21

Investigando

- Existem vendedores de rua na cidade onde você mora? Eles comercializam comidas? Quais?

Fim do complemento.

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LEGENDA: Obra do pintor alemão Emil Bauch, de 1858, que retrata escravos de ganho no Rio de Janeiro.

FONTE: EMIL BAUCH. REPRESENTAÇÃO DE ESCRAVOS DE GANHO NO RIO DE JANEIRO. 1858. COLEÇÃO PARTICULAR

Escravos do eito

Os escravos que trabalhavam nas lavouras eram chamados de negros do eito. Assim como os que lidavam com a mineração, viviam sob a fiscalização do feitor e trabalhavam até 15 horas por dia. Quando desobedeciam às ordens, podiam sofrer vários tipos de castigo, geralmente aplicados em público, para que os outros escravos também se intimidassem - era o chamado "castigo exemplar".

O excesso de trabalho, a má alimentação, as péssimas condições de higiene e os castigos que sofriam deterioravam rapidamente sua saúde. Muitos escravos morriam depois de cinco a dez anos de trabalho.




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Quilombo dos Palmares

Palmares, considerado o quilombo mais importante de nossa história, recebeu esse nome porque ocupava uma extensa região de palmeiras. Situava-se no atual estado de Alagoas, que, na época, fazia parte da capitania de Pernambuco.

Em Palmares, os quilombolas criavam gado e cultivavam milho, feijão, cana-de-açúcar e mandioca, além de realizar um razoável comércio com os povoados próximos.

Apesar das várias expedições militares organizadas para destruí-lo, o quilombo resistiu por 65 anos (1629-1694), chegando a ter, segundo um governador da capitania de Pernambuco do período, aproximadamente 20 mil habitantes. Esse número provavelmente era menor; acredita-se que tenha sido aumentado pelo governador para justificar o fracasso das primeiras expedições militares enviadas contra o quilombo.



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- Violência contra si mesmos - algumas mulheres, por exemplo, provocavam abortos para evitar que seus filhos também fossem escravos; outros cativos chegavam a praticar o suicídio, enforcando-se ou envenenando-se.

- Fugas individuais e coletivas - as fugas eram constantes. Alguns escravos fugidos buscavam a proteção de negros livres que viviam nas cidades; outros, para dificultar a captura e garantir a subsistência, formavam comunidades, chamadas quilombos, com organização social própria e uma rede de alianças com diversos grupos da sociedade.



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Rousseau. São Paulo: Abril, 1978. Coleção Os Pensadores.

SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil (1500-1627). São Paulo/Belo Horizonte: Edusp/Itatiaia, 1982.

SARAIVA, José Hermano. História concisa de Portugal. Lisboa: Publicações Europa-América, 1996.

SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa . São Paulo: Difel, 1995.

SOUZA, Iara Lis C. A independência do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do ouro. Rio de Janeiro: Graal, 1986.

SOUZA, Laura de Mello e et al. 1680-1720: o império deste mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SOUZA, Laura de Mello e (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v. 1.

SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.

TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

TUSELL, Javier et al. Historia del mundo contemporáneo. Madri: Ediciones SM, 1997.

VAINFAS, Ronaldo (Dir.). Dicionário do Brasil colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.




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1615

Os franceses são expulsos do Maranhão.

1620

Publicação dos primeiros jornais semanais na Europa.

1621

Fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.

1624

Os holandeses invadem Salvador, capital da colônia.

1625

Os holandeses são expulsos da Bahia.

1630

Os holandeses iniciam a invasão de Pernambuco, de onde são expulsos somente em 1654.

1637

O holandês Maurício de Nassau chega ao Brasil e inicia sua administração.

1640

D. João IV restaura o trono português, pondo fim ao domínio espanhol.

1642-1689

Revolução Inglesa, dividida em quatro etapas: guerra civil (1642-1648), república de Cromwell (1649-1658), restauração monárquica (1660-1688) e Revolução Gloriosa (1688-1689).

1644

Maurício de Nassau se desentende com a Companhia das Índias Ocidentais e deixa o cargo de governador das áreas nordestinas conquistadas pelos holandeses.

1648

Vitória dos luso-brasileiros contra os holandeses na primeira batalha dos Guararapes (a segunda foi em 1649).

1651

O inglês Oliver Cromwell promulga o Ato de Navegação, com o objetivo de desenvolver a marinha inglesa.

1654

Os holandeses rendem-se aos luso-brasileiros na Campanha da Taborda.

1661

Início do reinado de Luís XIV, o Rei Sol, símbolo do absolutismo monárquico francês, estendendo-se até 1715.

Os holandeses reconhecem oficialmente a perda do nordeste brasileiro e assinam o tratado de paz de Haia.

1674

Bandeira de Fernão Dias Pais parte em direção ao sertão de Minas Gerais.

1684

Explode, no Maranhão, a revolta liderada pelo senhor de engenho Manuel Beckman.

1687

O físico inglês Isaac Newton (1642-1727) formula a lei da gravidade. É autor também das leis fundamentais da mecânica clássica (Física).

1689

Revolução Gloriosa, na Inglaterra. Guilherme de Orange assina a Declaração de Direitos. Ascensão da burguesia ao controle do Estado.

1690

O filósofo inglês John Locke publica Ensaio acerca do entendimento humano.

1690-1695

São encontradas as primeiras jazidas de ouro no Brasil.

1694

O bandeirante Domingos Jorge Velho (sertanista de contrato) destrói o quilombo de Palmares.

1701

É proibida a criação de gado em uma faixa de dez léguas a partir do litoral em direção ao interior do território brasileiro.



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Sugestões de pesquisa

Sites

- Ética e liberdade no ambiente de trabalho: https://youtu.be/6Fz0V0HNHMs

Vídeo que investiga as relações de trabalho a partir das vivências de trabalhadores. Programa do Canal Futura. Apresentado por Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia da USP.

- A longa jornada dos direitos trabalhistas: http:// www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2909:catid=28&Itemid=23

Texto ricamente ilustrado sobre a história dos direitos trabalhistas no Brasil. Publicado na revista Desafios do desenvolvimento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Autoria de Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC.

- Juventudes e trabalho: https://youtu.be/VzRtQhb8MXs

Vídeo sobre uma jovem que conseguiu abrir seu próprio negócio com o auxílio financeiro e administrativo de uma ONG. Programa Diz aí, do Canal Futura.

- Mercado de trabalho para jovens: http://www2. camara.leg.br/camaranoticias/tv/materias/PARTICIPACAO-POPULAR/489019-MERCADO-DETRABALHO-PARA-JOVENS.html

Vídeo sobre a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Programa Participação popular, da TV Câmara.

- Mulheres e o mundo do trabalho: http://www.pacs.org.br/2013/01/24/mulheres-e-o-mundo-dotrabalho/

Documentário sobre as desigualdades entre homens e mulheres no mundo do trabalho. Realizado pelo Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (Brasil, 2008). Direção de Márcia Shoo.

- História do emprego e relações de trabalho no Brasil: http://www.viarapida.sp.gov.br/Cadernos.aspx?CadernoID=3&ApostilaID=22&cadernoIndex=0& apostilaIndex=2&mostra=video

Vídeo sobre a história do trabalho e das conquistas trabalhistas no Brasil. Realizado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo do Estado de São Paulo.

- História da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT): https://youtu.be/x3a2PKNAYWM

Vídeo sobre o surgimento da CLT, conjunto de normas que regulamentam as relações de trabalho no Brasil. Série CLT 70 Anos, do Jornal da Justiça, realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho.

- Escravo Nem Pensar: http://www.escravonempensar.org.br/

Site de um projeto que visa combater formas atuais de trabalho escravo. O projeto procura discutir o tema por meio de ações educativas.

LEGENDA: Uma equipe de chefs de cozinha prepara diversos pratos em restaurante durante horário de almoço.

FONTE: JETTA PRODUCTIONS/GETTY IMAGES




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