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A TEORIA POLÍTICA DE ARISTÓTELES
Há várias definições para a Política, mas, em termos gerais, política significa a arte de administrar a chamada coisa pública, aquilo que pertence a coletividade (Estado/cidade), é também uma arte de negociação para compatibilizar nossos interesses particulares mediante as leis e regras da sociedade.
O termo tem origem etimológica no grego polítikos e politique- derivações da palavra grega pólis que significa cidade e sugere os sentidos de a arte de governar a cidade (coisa pública) e aquele que habita a cidade.
Em Aristóteles, a palavra política esta associada à vida em sociedade, por isso; o homem é um animal político por natureza, isto é; o zoon politikon, um animal político por natureza que fala e pensa e não consegue viver sem os outros, ou seja, só se realiza plenamente enquanto ser humano dentro do convívio social da polis (cidade), é o agente da polis ou polités (o cidadão).
Sinteticamente,
pode-se dizer que, na filosofia aristotélica, a política é o desdobramento
natural da ética. Ambas, na verdade, compõem a unidade do que Aristóteles
chamava de sabedoria prática. Enquanto a ética está preocupada com a felicidade
individual do homem, a política se preocupa com a felicidade coletiva da
cidade.
Se há uma teoria
política em Aristóteles, diríamos que ela se divide em ética (que
trata da felicidade individual do homem como membro da cidade) e a política propriamente dita, que
trata da felicidade coletiva da cidade. O objetivo mais imediato seria investigar
as formas de governo e as instituições capazes de assegurar uma vida feliz ao
habitante da cidade, ao polités.
Segundo o
filósofo, se alguém por natureza e não só acidentalmente, vive fora do Estado,
é superior ou inferior ao homem.
Nas palavras do filósofo: ‘’De fato, se cada
indivíduo isoladamente não é autossuficiente, consequentemente em relação à
cidade ele é como as outras partes em relação ao seu todo, e um homem capaz de
integrar-se numa comunidade, ou que seja auto-suficiente a ponto de não ter necessidade
de faze-lo, não é parte de uma cidade, por ser um animal selvagem ou um deus.
(...) [Política:1977, pp.15-16]
O objetivo primeiro da vida humana é a felicidade; logo, o Estado é viabilizar a felicidade de todos os cidadãos. Aristóteles divide as constituições possíveis de Estado em justas e injustas.
Dentro dessa perspectiva, pode-se imaginar que a tarefa da política investigar e descobrir quais são as formas de governo e as instituições capazes de assegurar a felicidade coletiva (bem comum).
Constituições de poder: justas e injustas.
Constituições
justas são as que servem ao bem-comum e não ao bem dos governantes.
Tais são: a
monarquia ou o governo de um só que cuida do bem de todos; a aristocracia ou o
governo dos virtuosos, dos melhores, que cuidam de todos, sem atribuir-se
nenhum privilégio; a república, isto é, o governo popular que cuida do bem de
toda a cidade (coisa pública).
Constituições injustas são as que servem ao bem dos governantes e não ao bem-comum. São elas: a tirania ou governo de um só que procura o interesse próprio; a oligarquia ou o governo dos ricos que procuram o bem econômico pessoal; a democracia ou o comando da massa popular que quer suprimir toda diferença social em nome da igualdade.
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Poder e política - estrutura da sociedade
1.1.1. O poder seria a capacidade de ter o controle sobre recursos, eventos e até mesmo pessoas
1.2. A natureza do poder
1.2.1. Todo poder nasce da desigualdade. É a desigualdade social que gera, mantém e reproduz as instâncias de poder. É preciso entender que o poder é manifestado de duas maneiras dentro do sistema ou de uma instituição : poder público e poder informal.
1.3. Socialização ou controle social
1.3.1. socialização é o nome dado ao processo de adaptação do individuo á sociedade ou ao grupo social a que ele pertence.Configura-se um sistema de coerção que empurra o individuo ás práticas consideradas socialmente corretas e desejáveis.
1.3.2. O processo de socialização pode ser esquematicamente atribuído a três fatores,que serão apresentados por seu grau de coerção social.Esses fatores são: costumes ou etiqueta,moral ou ética,e direito ou justiça.
1.3.2.1. costumes ou etiqueta:Todos os comportamentos exigidos pela sociedade,mas com certa flexibilidade
1.3.2.2. moral ou ética:Os comportamentos que devem ser seguidos quase sem flexibilidade.
1.3.2.3. direito ou justiça: entra na categoria máxima no processo de socialização,pois ele é a ultima palavra.
2. Política
2.1. exercício do poder pelo bem comum
2.2. O poder despótico
2.2.1. regime politico aonde o governante não responde as leis.
2.3. O poder político
2.3.1. o governo passou a ser compartilhado com o povo,e os cidadãos puderam usufruir de três direitos básicos.
2.3.1.1. isonomia:todos devem ser iguais perante a lei
2.3.1.2. isegoria:direito de expressão
2.3.1.3. isocracia:direito de todos postularem o poder.
2.4. regimes políticos
2.4.1. monarquia
2.4.1.1. É um regime ou sistema de governo que esta baseado na honra.
2.4.2. republica
2.4.2.1. a grande força motriz da república é a virtude,que é vista como correlata á democracia
2.4.3. tirania
2.4.3.1. sua sustentação se dá mediante o medo
3. Estado
3.1. o marxismo define o estado como um 'comitê' para gerenciar os negócios da burguesia.
4. Cidadania
4.1. É ter consciência dos direitos e dos deveres dentro de uma sociedade.Os direitos e os deveres são elementos jurídicos que emergem de uma base de valores comuns a uma nação,que transforma esses valores em leis.
4.2. ela é composta de alguns elementos que são desdobamentos ou releituras dos direitos fundamentais da cidadania grego-romana:isonomia,isegoria e isocracia.
4.2.1. Assim temos
4.2.1.1. direitos civis
4.2.1.1.1. liberdade de ir e vir,de ser ouvido,de ser informado,de organização e,principalmente,de se tratado com igualdade perante os princípios da lei
4.2.1.2. direitos politicos
4.2.1.2.1. liberdade de escolher governantes e representantes do povo
4.2.1.3. direitos sociais
4.2.1.3.1. garantia de segurança,de educação,etc